The Elementals: Encarnações

Cap 3 - S1

Chegando à mansão dos Ocean, o carro de luxo desliza suavemente pela entrada imponente, guiado pelo motorista experiente.

Enquanto observo as elegantes estruturas e jardins bem cuidados passarem pela janela, sinto uma mistura de nostalgia e excitação se espalhar por mim.

— Chegamos! — diz o meu tio Richard abrindo a porta do carro.

Após todos termos saído do automóvel, nos dirigimos para a entrada da nossa casa.

Entramos e mesmo à entrada separarmos-nos, cada um segue para seu próprio destino. Meu pai, Adrien, dirige-se para seu aposento, envolto em seus pensamentos, enquanto Yhelena e Richard trocam risadas animadas, dirigindo-se também para os seus aposentos. Observo-os por um momento, sentindo-me grato pela família que tenho e pelo amor que compartilhamos.

— Só gostaria que você fosse mais presente na família do nos seus negócios, pai — penso.

Ao abrir a porta do meu quarto, sou recebido pelo silêncio reconfortante e pela atmosfera familiar. A luz suave que vinha da iluminação no jardim, por causa da noite, se filtra pelas janelas, iluminando os móveis elegantes e as lembranças entrelaçadas que adornam as paredes.

Estendo a minha mão até o interruptor e acendo as luzes daquele cômodo. Então uma foto antiga me chama a atenção, capturando um momento de felicidade pura ao lado de Doris, minha antiga cuidadora. Seus olhos bondosos e sorriso caloroso me lembram de dias mais simples, de aventuras imaginárias, histórias na hora de ir dormir e abraços reconfortantes.

Adentro o lugar e fecho a porta, sentando-me a beira da cama e deixando-me envolver pelas lembranças desde dia, enquanto o tempo parece se dobrar sobre si mesmo.

— Este dia foi incrível! — penso — Descobrir mais sobre o meu pai, Nova Atlântida e os elementais. Foi como se eu tivesse aberto uma porta para um mundo totalmente novo e fascinante — continuo — É surpreendente pensar que meu pai é o elemental da água, uma entidade tão poderosa e mistériosa. E saber que ele e meus tios desempenham papéis importantes em Nova Atlântida, uma cidade subaquática magnífica. Isso tudo é simplesmente incrível. Tenho tanta sorte e azar de fazer parte desta família e deste legado, tipo, não que eu esteja reclamando, mas, com certeza a vida vai ficar mais puxado a partir de agora. Mas também, mal posso esperar para explorar mais sobre nossas origens e nosso propósito neste mundo. Quem sabe o que o futuro reserva para mim? Uma coisa é certa: estou pronto para abraçar meu destino e seguir os passos do meu pai, seja protegendo os oceanos ou governando o império da Ocean's Corporation.

De seguida, agora deitado sob minha cama, sinto o cansaço sob os meus músculos e os meus olhos se fechando, sentindo-me grato e inspirado pela jornada que está apenas começando.

No dia seguinte, acordo com um suspiro profundo e com o corpo pesado após uma intensa noite de sono no meu quarto.

— Meu Deus! — falo enquanto, devagar, viro o meu corpo para me sentar a borda da cama — Estou um bagaço! — dormi com a mesma roupa, desde a viagem que tive ontem, sem contar que o meu cabelo está todo bagunçado — Se Meu pai me visse agora, com certeza chamaria a minha atenção para ser mais cuidadoso — brinco, formando um pequeno sorriso em meu rosto.

De repente, sinto a fome me despertando, uma sensação voraz que parecia devorar até mesmo o cansaço. Então lembro que não tinha jantado na noite passada e o que eu estava passando era a consequência do que eu estava sentindo.

Assusto-me, quando ouço um rugido distante de um trovão que ecoava pelos corredores, acompanhado pelo batuque insistente da chuva contra as janelas.

— Não sabia que hoje seria um dia de chuva — murmuro.