The Elementals: Encarnações

Cap 7 - S1

À medida que nos aproximamos de Nova Atlântida, meu pai se levanta de onde estava sentado e segue em direção à cabine de controle, onde Eva está. Decido segui-lo para entender do que se trata.

Conseguimos sentir a eletricidade no ar enquanto nos aproximamos da colossal cúpula que abriga a cidade subaquática. A cor azul escura da cúpula impede-nos de ver o que há dentro da cidade.

Adrien se aproxima de Eva enquanto ela concentra sua atenção nos controles.

— Eva, como está tudo procedendo? — com sua voz firme, ele pergunta — Estamos nos aproximando como o previsto?

— Sim, Senhor Ocean. — Eva responde com confiança, com seu olhar concentrado no painel — Estamos nos mantendo na rota e tudo está ocorrendo conforme planejado.

Eva, então vira-se vira para o painel de comunicação e, com uma voz firme e segura, se identifica:

— Torre de Controle de Nova Atlântida, aqui Eva, Inteligência Artificial Imperial de Nova Atlântida, solicitando permissão para entrada na cúpula.

Sinto um calafrio percorrer minha espinha ao ouvir essas palavras. Eu nunca soube que Eva era uma Inteligência Artificial, muito menos a IA imperial de Nova Atlântida.

Olho para meu pai em busca de confirmação, e sua expressão tranquila parece confirmar o que acabei de ouvir. Ele acena com a cabeça em silenciosa confirmação, e um turbilhão de pensamentos invade minha mente.

"O que mais meu pai esconde de mim? Eva é um android? E qual será o papel dela como IA Imperial?"

— Autorização concedida para avançar em direção ao portão principal de Nova Atlântida — minha atenção é direcionada à uma voz que vem do comunicador — Boas-vindas, Eva, e saudações ao Imperador da Água.

— Imperador da água? A é verdade, é assim que chamam meu pai aqui — penso.

A cidade subaquática parece abrigar mais segredos e maravilhas do que eu jamais imaginei, e a jornada em direção ao portão principal de Nova Atlântida promete desvendar muitos mistérios.

Conforme o submarino avança, a escuridão dá lugar a uma luz brilhante que revela um majestoso portão na redoma. A estrutura reluzente reflete e difunde a luz, criando um espetáculo luminoso sob as águas cristalinas.

A sensação de entrar na imponente entrada de Nova Atlântida é avassaladora, e eu mal posso conter a empolgação ao ver o portão se aproximando rapidamente.

— Portões abrindo! — a voz do comunicador anuncia — Já podem entrar.

Minha mente está repleta de curiosidade e maravilha enquanto observo os portões se separarem, revelando um corredor de entrada majestoso.

É impressionante o que vejo, logo de cara, os portões parecem feitos de um material extraordinário, radiando um brilho iridescente que ofusca a luz do oceano ao redor.

Uma sensação de admiração me envolve quando percebo que esses portões não apenas delimitam a entrada da cidade, mas também impedem que a água do mar entre. É como se uma barreira invisível mantivesse a cidade de Nova Atlântida segura e intocada.

À medida que o submarino avança pelo corredor, vislumbro a magnífica paisagem da cidade subaquática se desdobrando diante de nós, revelando uma civilização aquática de beleza impressionante. A grandiosidade dos edifícios, as luzes coloridas dançando nas janelas e a vida pulsante que flui sob as ondas me deixam maravilhado.

O sentimento de admiração e perplexidade me acompanha quando testemunho a engenhosidade por trás da construção daquela entrada monumental. A cidade submersa de Nova Atlântida é um testemunho vivo do potencial ilimitado da tecnologia e da criatividade.