Cap 11 - S1

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Tudo era novo para mim em Nova Atlântida. Eu mal tinha começado a me adaptar a essa cidade esplêndida submersa, um reino que meu pai, Adrien, o Elemental da Água, governava com uma mistura de tecnologia avançada e seu poder ancestral.

Ficava claro para mim, em cada canto que eu explorava, que o meu pai não era apenas um governante; ele era um ser de outro mundo, capaz de moldar a água e a vida aqui tão profundamente.

Esta noite, estávamos reunidos para um grande jantar no palácio, um edifício de tirar o fôlego que refletia tanto a majestade do oceano quanto a inovação de Nova Atlântida.

A sala estava repleta de figuras importantes, mas serviçais leais ao meu pai.

Seus discursos sempre me pareciam a tecer um futuro ainda mais grandioso para o reino abaixo das ondas.

Eu, absorvido por suas palavras e pela grandiosidade da ocasião, estava começando a entender a magnitude do legado a que tinha sido introduzido.

No entanto, enquanto meu pai compartilhava sua visão, uma perturbação inesperada rasgou o tecido da nossa realidade.

Um estrondo tão profundo e ressonante que senti em meus ossos abalou toda a cidade de Nova Atlântida. O som pareceu emanar diretamente da cúpula que nos envolvia, o escudo tecnológico que protege esta civilização no fundo do Oceano Pacífico.

Num instante, as expressões de encantamento deram lugar à surpresa e ao choque.

Os olhares se cruzavam, buscando respostas ou alguma direção. Por um breve momento, senti o peso do silêncio que sucedeu o estrondo, como se todos os presentes prendessem a respiração, esperando o que viria a seguir.

Instintivamente, meu olhar encontrou o de meu pai, buscando algum sinal de como proceder.

Ele, com uma calma, não permitiu que o incidente abalasse sua atual jovem compostura, mas eu pude ver uma fagulha de preocupação em seus olhos — algo raro e desconcertante.

Naquele momento, percebi o tanto que ainda tinha a aprender sobre Nova Atlântida, sobre meu pai e sobre os desafios que se escondiam nas profundezas deste reino submarino.

O que havia causado tal estrondo? Seria um prenúncio de algo maior, uma ameaça à harmonia que tanto meu pai quanto a cidade haviam lutado para preservar?

Enquanto os murmúrios cresceram ao meu redor, com os convidados começando a se recompor, um desejo ardente de explorar e proteger esse novo lar aflorou em mim.

Nova Atlântida, com todas as suas maravilhas e mistérios. Eu estava determinado a descobrir o que havíamos enfrentado nesta noite, por Nova Atlântida e por meu pai.

Sentindo o chão de Nova Atlântida tremer sob meus pés, acompanhei cada movimento de meu pai, Adrien, enquanto ele tentava manter a calma diante do inesperado.

Meu coração acelerou quando ele se dirigiu à Eva.

"Eva, o que está se passando? Você sabe o que causou este alvoroço?" dizia ele calmo, porém o som de sua preocupação era evidente em sua voz.

"Eu não sei, senhor. Mas contactarei a torre de controle de Nova Atlântida, por eles estarem a frente da defesa, envolvendo os escudos." Depois daquelas palavras Eva se dirigiu para fora da sala tentando se comunicar com esta suposta torre.

Eu, por minha vez, observava atentamente, tentando conter o nervosismo que crescia dentro de mim.

A presença de meu pai sempre foi minha âncora, embora ele não ter sido um pai cinco estrelas, sua confiança e força eram o farol que me guiava, mas naquele momento, mesmo essa certeza parecia tremer.

The Elementals: EncarnaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora