III- Rhaenyra Targaryan

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  Viserys aparecer em público foi uma surpresa, para Alicent e Otto certamente não era bom

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  Viserys aparecer em público foi uma surpresa, para Alicent e Otto certamente não era bom. Os atos do rei eram legítimos e sem direito a contestação, assim quando Viserys nomeou Lucerys Velaryon como herdeiro legítimo de Driftmark, Vaemond não pode fazer nada além de gritar contra Rhaenyra e sua linhagem, gritos esses abafados pela lâmina da irmã negra.

Era fato que Daemon precisava de atos violenfos e demonstrações de poder em público, mesmo que esses fossem em plena sala do trono, a frente de toda a corte, incluindo o rei e todos seus filhos. Decapitar Vaemond, ou, ao menos parte de sua cabeça, foi no mínimo extremo, ainda sim, impunível, afinal o Targaryen estava apenas exercendo seu  direito por casamento, defendendo a honra de sua esposa.

Diferente da tarde sangrenta, a noite foi harmoniosa, entre verdes e pretos. Maera, Harwin e Brandon não participaram do jantar oferecido pelo rei, mesmo tendo sido convidados.

Maera não se orgulhava de conhecer as passagens secretas da fortaleza de Maegor, mas seus anos na corte trouxeram algumas vantagens. E enquanto os Targaryens confraternizavam no salão principal, a conselheira de Rhaenyra caminhava pelas sombras com destino as irmãs silenciosas.

A porta secreta ficava atrás da parede de preces, atrás de centenas de velas que nunca se apagavam.
Quando mais jovem, Rhaenyra dizia que aquelas velas representavam o sangue do legítimo herdeiro, e enquanto ele se sentasse no trono a chama se manteria acesa. Quando Maera encontrou o que queria, o corpo decapitado de sor Vaemond, rápidamente entregou os comandos que lhe foram dados, enviar as duas  partes para pedra do dragão.

viserys se retirou cedo, um pouco antes da discussão que Aemond começou ao oferecer um brinde a seus sobrinhos, os comparando a safra mais preciosa de dorne. O mais velhos dos Velaryons, Jacaerys se sentiu ofendido pelo tio, mas sua então noiva o acalmou. Baela que tinha a furia do pai nos olhos não disse uma palavra sequer, ainda assim foi capaz de acalmar o filho de rhaenyra. 

- não podemos ficar aqui por mais nenhum minuto!

exclamou rhaenyra ao sair acompanhada de daemon do salão do jantar, no fim daquela noite, toda comitiva da princesa herdeira estava zarpando de volta para pedra do dragão.

  Pedra do dragão era fria e imponente, mesmo quando cheia de nobres, o lugar ainda não lembrava a um lar, especialmente para quem vinhesse de fora, para Rhaenyra aquele era seu lugar, o berço dos seus ancestrais. Voltar para a ilha logo após o jantar oferecido por seu pai não foi uma decisão dificil, e sua familia estava de acordo. Ao nascer do sol a herdeira do trono de ferro ja estava de volta a sua casa. ansiosa para planejar todas as mudanças que faria na fortaleza quando assumisse o trono.

Na hora do morcego, um criado entrou para servir Viserys, algumas criadas o viram sair correndo pelos corredores da fortaleza em direção aos aposentos de Alicent, o que ele disse mudou a hitoria para sempre. 

 Antes do amanhecer ao menos cinco dezenas de criados foram levados as masmorras, dentre guardas reais e camareiras, copeiros e a ama de leite do pequeno Maegor. Helaena ficou confinada em seus aposentos sem ter ideia alguma dos planos de sua familia, ou sobre o que havia acontecido com seu pai. A princesa, que sofria diariamente e conhecia a fortaleza desde bebê, não demorou a desconfiar de um evento grande, saindo pelas passagens secretas esperando encontrar qualquer coisa.

Alicent ordenou que os aposentos de Viserys fossem isolados e colocados sob a vigília de três mantos brancos, sor Arrik, sor Errik e Rickard Thorne, Criston Cole e Steffon Darklyn foram enviados para acordar os membros do pequeno conselho que residiam no palácio.

A rainha verde, se recusou a sair de seus aposentos, tendo dado inicio ao conselho em sua própria sala particular.

O grande meistre, começou como se acreditava ser o protocolo real.

— Devemos enviar um corvo a pedra do dragão, avisando a sua filha Rhaenyra sobre a morte do pai. Vossa graça, Alicent, gostaria de suavizar a notícia, com algumas palavras de conforto? As irmãs silenciosas devem começar a preparar o corpo do falecido, os sinos devem ser tocados imediatamente, tal qual os preparativos para a coroação da nova rainha!

Rei– insistiu Alicent. – o trono de ferro por direito pertence ao filho mais velho de sua graça. Aegon deve ser coroado!

Helaena ouviu tudo pelas paredes. e antes de ouvir o que qualquer lorde pudesse dizer ou fazer sobre as palavras de sua mãe, a princesa escreveu a sua irmã, rezando para os deuses da antiga Valiria que suas palavras não caissem em mãos erradas. 

Maera viu o corvo se aproximando, mas foi Coryanne que o recebeu. O pequeno pergaminho era para Rhaenyra, mas sua conselheira leu antes de abrir as portas do grande salão.

Rhaenyra parecia animada ao ver a amiga, parte dela não esperava por ver Maera tão cedo dado aos acontecimentos recentes na Capital.

— Rhaenyra não trago boas notícias. Seu pai, se foi.

Rhaenyra sentiu suas entranhas se revirarem junto com o bebê em seu ventre, tomada pela dor da traição e a raiva pelo mesmo.

As lágrimas que brilharam em seus olhos não eram apenas pela tristeza de perder seu pai, essa dor já não Sra estranha, a cada nova lua longe da capital ela sentia sua perda, mas a traição dos verdes, mesmo que não fosse uma surpresa a deixou irada, furiosa. Aquela raiva adiantou seu parto, e o bebê que deveria vir em duas fases da lua, lutava para sair.

***

Sem poder tomar qualquer decisão, Rhaenyra viu seu lar se dividir pela primeira vez quando Jacaerys e Daemon tiveram seu primeiro desentendimento. Entre gritos, ela implorou que qualquer decisão fosse adiada e a única coisa a se fazer era guardar pedra do dragão. Daemon queria iniciar a guerra no instante em que soube que Aegon II usava a coroa.

A carnificina da guerra se entenderia sobre seus olhos como mãos suaves cobrindo sua face. Era assim que Rhaenyra sentia enquanto gritava a cada nova contração ao se deitar a noite. Sabendo que a caça novo dia Westeros era menos sua, e seu próprio sangue havia a traído.

***

— Brandon, lhe enviarei em uma missão.

Jacaerys disse ao encontrar o amigo na praia, junto a alguns guardas.

— Diga, meu príncipe.

— Pretendo enviar alguns homens para resgatar Helaena e seus filhos. Mas todos temem entrar no fosso dos dragões.

— Planeja sequestrar uma princesa e seu dragão?

— Ousado?

Brandon sorriu olhando para as ondas que quebravam na areia.

— Jacaerys Targaryen–Velaryon o Ousado, será assim que seu nome será lembrado.

Jace abaixou a cabeça, corando ao ouvir aquelas palavras.

— Você fará?

— Farei, mas deves pedir a senhora minha esposa. Ela deve permitir.

Soava amargo na boca, e nos ouvidos. Tudo havia sido feito com muita pressa, e Brandon ainda evitava a cama da jovem. Mas diante a todos eles já estavam casados. A ação deveria trazer os Tyrell para o lado de Rhaenyra, e seu juramento seria ainda mais certo quando a garota tivesse um filho. Mas Brandon resistía a ideia.

— Não é como se ela pudesse negar minha ordem.

— Eu sei Jace, mas ela deve estar ciente de que seu marido pode não voltar.

— Não diga isso, confio que voltará. Não o escolheria para a morte.

— Meu príncipe, isso é uma guerra, a morte é inevitável. Somos jovens demais para saber o que é uma guerra, mas a morte não nos é desconhecido.

Jace manteve o silêncio enquanto as palavras gritavam em sua mente.

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