III- Coryanne Strong

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Dragonstone

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Dragonstone

Rhaenyra era ainda mais linda do que as línguas falavam. Foi a primeira coisa que Cory pensou ao ver sua futura rainha, o fato de que ela se via na Targaryen mexeu com algo a muito jogado no fundo, Coryanne invejou muitas mulheres dornesaa por suas peles de cor e olhos marcantes, seus cabelos escuros e tantos outros detalhes, ainda que naquela sala, sua mãe, uma dornesa pura, se destacasse mais do que ela e Rhaenyra, foi naquele momento que a jovem Strong se sentiu pertencente.

— Alteza, deixe-me apresentar minha filha, Lady Coryanne Strong, da casa Strong, lady do olho de deus.

As palavras de Maera encheram seus ouvidos, assim como o abraço da mãe encheram seu peito de felicidade. Depois de anos ela estava de volta ao seu lar, de certa forma, era claro que Dragonstone não era sua casa, mas sua família estava ali, e seu lar era ao lado deles.

Maera ainda era calorosa, foi outra coisa que a jovem constatou. E parecia não ter envelhecido, mesmo com tentativas de assassinato, talvez, as palavras de um dos piratas que sua tia enviou fossem realmente verdades, ela estava envolvida com algum tipo de magia. Quer fosse ou não verdade, a beleza de Maera a deixou sem fôlego.

— Seja bem-vinda a Dragonstone, Coryanne, como foi sua viagem?

Ela cobrou, como não poderia? Rhaenyra estava sendo tão doce, mesmo com todo seu passado escancarado. Fazendo jus a suas lembranças.

— Foi exaustiva, mas estou com minha família, nada mais importa..

— Fico feliz em ouvir isso. Sinta-se em casa, milady.

Rhaenyra se virou, dando as costas para a família. Coryanne se sentiu aliviada quando os olhos e ouvidos targaryen se afastaram, era como se todo o peso para manter a linha em seu comportamento tivesse finalmente perdido a tensão, quase como desamarrar o espartilho. Tudo que a jovem queria era se afundar nos braços de seus pais e recuperar todo o tempo que passou exilada da própria família, ansiosa para compartilhar todos os planos de vingança contra Viserys e os verdes.

Fortaleza Vermelha, Kingsland

Helaena estava triste, muito mais que o normal, sabendo que havia perdido de vez sua confidente de cartas, com a partida de Coryanne de Dorne para Dragonstone, suas cartas seriam vigiadas e modéstia sua inteligência, a princesa não tinha mais tanta paciência para codificar e decodificar cartas, suas crianças não deixavam.

Sua tristeza aumentava a cada visita de Aegon. Todas as noites em que ele a visitava em seu quarto e fazia questão de reivindicar seu corpo por ser seu marido. Ela já não lutava contra, mas, não sentia aquilo como certo. Esperando ansiosamente pelo dia em que ele esqueceria dela, ou aquele em que Rhaenyra iria tira-lo de sua vida.

Doces sonhos que ela tinha acordada, tão diferentes daqueles que invadiam sua mente a noite, quando a terra dos sonhos a reivindicava, dragões dançando sobre campos cobertos de sangue, dragões acorrentados sendo atacados por santos errantes, pedaços de crianças perdidos por cada canto que ela passava os olhos. A fera rastejando debaixo das tábuas da Fortaleza Vermelha, sua mãe amaldiçoando os céus, a mão do Estranho acariciando sua pele, seu capuz caindo e revelando vidro se tornando areia sob seus pés.

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