IV- Aliandra Martell

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Aliandra era religiosa

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Aliandra era religiosa.

Antes do sol nascer todos os dias ela ia ao templo onde direcionava suas orações aos deuses que acompanharam todas as gerações passadas á ela considerava aquilo o mínimo por todas as bênçãos e vitórias que acompanhavam os Martel.

Naquela manhã ela havia pedido por sua irmã que estava entrando em uma guerra que não era sua, ou de sua família. o sacerdote cantava um hino muito desafinado, e a princesa dornesa suspeitava que aquilo era proposital, voltando sua concentração em suas preces, Aliandra odiou ser interrompida.

o servo chegou ofegante:
- Alteza eles estão aqui.

- Quem?

- Dragões vossa alteza.

Ela não se moveu, permanecendo em suas preces por longos minutos enquanto a maioria dos presentes no santuário se deixavam guiar pelo medo de algum ataque. A história de Dorne com dragões foi em sua grande maioria violenta, dando baixas significativas de todos os lados, mas foi o povo dornes que sofreu mais, com filhos e filhas saindo de suas casas para queimarem no campo de batalha.

Não muito longe dali, os passos apressados de Malika ressoavam pelos corredores do palácio das águas. Ela corria em direção ao meio irmão na expectativa de que os planos dele fossem melhor que os dela, sua mãe nunca havia falado abertamente sobre um conflito entre os targaryen e sua família, especialmente por Maera ter laços com a família real, assim como Qyle, mas, com a casa dividida, cedo ou tarde eles estariam ali, e estavam. a grande e velha Vaghar sobrevoava o palacio e sua mãe permanecia em suas preces. Aquilo deixava a princesa mais nova de dorne ansiosa.

- Vossa graça, o que faz deste lado do palacio?

- onde está meu irmão Lee?

- Ainda dormindo, deseja que eu o acorde?

- Lee, meu querido irmão está dormindo enquanto estamos sob ameaça de um ataque?- O tom dela foi mais condescendente do que ela gostaria, mas a furia pelo desprezo de Taj a deixava totalmente sobre seus nervos.

- Irei chama-lo agora mesmo.

Mali ponderou sobre ela mesmo entrar e arrancar Taj de seu precioso sono, mas sabia que seja lá qual fosse a imagem dentro dos aposentos dele, ela jamais tiraria de sua mente e aquilo a atormentaria até seus últimos dias, e Vaghar voando sobre sua casa ja era mais do que suficiente.

Aliandra terminou suas orações, mas antes de se levantar mandou que seu conselheiro militar preparasse os grandes arpões sem estardalhaços, "mire nos olhos e na boca, não podemos matá-la, mas ferir não soa mal."

- Convide o cavalheiro para entrar. servirei vinho e chá para ele. sem armas.

Assim, ela seguiu para a mesma direção que sua filha, em busca de Malika e Taj.

- Você é um irresponsável, sabia disso? Morreríamos se dependessemos de você para nossa segurança, taj!

- sorte a sua eu ainda estar viva Malika.

- mãe - ela fez uma rápida reverência.

- Coloque um vestido tradicional e tire as suas joias, Taj se vista de maneira decente.

- Mãe, nós não deveríamos nos preparar para uma luta?

- A luta não vem até Aliandra Martell. Eu vou atrás dela.

A governante de Dorne seguiu até um de seus inúmeros jardins, sem pressa alguma, conversando com seus servos, quando alcançou o lugar, Aemond o principe caolho ja estava la.

- Alteza. - ela não se curvou, ele tampouco. - Ao que devo sua ilustre visita?

- Vim em nome do legitimo rei de Westeros.

- Todo rei que precisa se afirmar como rei, não é rei. - Malika chegou ao jardim, exatamente como sua mãe lhe instruiu, sem qualquer joia, mas brilhando em seu vestido amarelo-sol.

- O que minha filha quis dizer.

- Creio ser capaz de interpretar as palavras de uma bela jovem.

Aemond não foi capaz de tirar os olhos da mais jovem, totalmente encantado com beleza dornesa, e a lingua incapaz de guardar uma opinião.

- qual a mensagem?

- Perdão?

- Qual mensagem seu rei me envia?

Como se a realidade o puxasse de volta de um sonho bebado, aemond havia sido enfeitiçado e esquecido de seus objetivos.

- A mensagem, certo. - ele precisou de um minuto para se reorganizar, a carta com o selo de alicent pesou pela primeira vez em sua manga.

- O rei deseja que se una a ele contra a usurpação ilegítima da primeira filha de Viserys, em troca...- ele estendeu a carta que acompanhava um documento de emancipação para Dorne.- Dorne será livre.

- Livre?

o príncipe caolho assentiu. a governante de dorne virou de costas para ele, imaginando o quão desesperados os verdes deveriam estar para propor algo tão absurdo para ela e seu povo.

- Qual o propósito de oferecer um dragão a um cavaleiro de dragão? - Malika perguntou a ele, aemond não compreendeu a princípio, então ela continuou: - Qual o propósito de oferecer um dragão aquele que já possui um?

- Nenhum, eu suponho.

- Então por que vem oferecer liberdade a um povo que já é livre?- Aliandra completou. - Volte para casa. Dorne já dançou com dragões uma vez e não pretende fazê-lo agora.

Aemond puxou sua espada para Aliandra, se sentindo no direito de desafiá-la pelo insulto que julgou ter recebido.

- Como ousa desafiar a casa Targaryen?

- Eu ouso? Você está apontando uma espada para mim, dentro da minha casa, e isso é um desafio muito desagradável, devo enfatizar. Aconselho que saia agora daqui, e nada acontecerá com sua preciosa Vhagar, caso contrário, morreremos todos queimados, e sua dragão voará como você, cego de um olho e fazendo bagunça por onde passa.

Aemond ouviu bem o tom da princesa de Dorne, e não sentiu excitação nela, aquilo o deixou preocupado, mesmo contrariado, ele decidiu obedecer Aliandra, abaixando sua espada e saindo dos jardins d'água em direção á Vhagar que esperava por ele sobre as areias quentes.

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