Mayle Connelly.
Uma semana depois.
∆∆
Sentada na beira da janela, querendo pular. Talvez, se eu sobrevivesse, eu sairia daqui.
Há dias estou presa em meu quarto, eu não sei por quê. Meu pai e Victoria sumiram, não tenho mais notícias deles. Meu celular também está desaparecido há um bom tempo.
Não sei como estou psicologicamente, porque toda vez que acordo, choro e tento me punir. Faço de tudo para ver se a dor passa, mas, em vez disso, ela só aumenta.
Só queria sair daqui, ver meus amigos, tentar recuperar Angus e ajudar Matteo e Anika a encontrar seus cavalos.
Às vezes, penso que Roger me prenderá para sempre. Ele nunca diz nada, e a enfermeira também não. Ela apenas me traz comida, que eu nem como. Apenas bebo água e tomo remédios. Até então, eu não sabia que eram remédios para dormir, mas quando comecei a dormir demais e ter alucinações, percebi que algo estava errado e o mais engraçado é que eu continuei tomando. Eu não aguentaria a dor acordada e, nos meus sonhos, eu estava bem melhor.
Virei meu rosto bruscamente quando escutei batidas na porta. Me levantei correndo e tropeçando, atropelando absolutamente tudo.
— Abra, abra — Pedi, na esperança de que dessa vez me deixassem sair.
— Sente-se na cama e fique lá, querida. — Uma voz feminina disse.
Eu rapidamente faço o que ela pede, na intenção de ser libertada.
Ela abre a porta e vejo que é a mesma enfermeira que me deu remédios e comida da primeira vez.
Dessa vez, ela não estava com nenhuma bandeja de remédios nas mãos.
Conforme ela se aproxima, me encolho na cama. Eu ainda estou com medo de que alguém me dope com seringas.
Ela se posiciona na minha frente, seus olhos frios me encaram, e uma de suas mãos vai para o bolso do jaleco e puxa meu celular. Ela me entrega com delicadeza e leva a mão até a boca, indicando para eu fazer silêncio.
— Obrigada! Obrigada! — Agradeci rapidamente já tentando ligá-lo.
— Não diga a ninguém que estou te dando, ok? — Cochichou, olhando em volta. Parecia amedrontada. — Seja rápida, muito rápida!
Eu liguei meu celular, vendo a claridade muito baixa, indicando que estava descarregando.
Merda!
Cliquei rapidamente em Anika e encaminhei uma mensagem, ignorando todas as outras.
"Mande alguém me buscar, passe por cima de qualquer pessoa, apenas me tire daqui!"
Troquei de contato e fui para o de meu pai."Me busque, passe por cima de Roger. Ele está me mantendo em meu quarto há dias, por favor me tire daqui, por favor."
Quando eu iria ligar para ele, meu celular desligou na minha cara.Inferno!
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without reins
RomanceMayle é uma garota de 18 anos que viveu presa dentro de uma casa com sua mãe e seu padrasto. Por pura ignorância de sua mãe, ela foi mandada para a casa do seu pai, onde há cavalos e florestas sombrias que todos têm medo. Mas o único que conhece tud...