capítulo 12

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Mayle Connelly.

∆∆

— Sério, Matteo? Você trouxe um taco? — Lydia exclamou, incrédula.

— Ninguém disse que era proibido — ele rebateu, tranquilo.

Eu e Anika começamos a caminhar pela estrada. Ainda não era noite, dessa vez viemos bem cedo e mais preparados para entrar na floresta. Anika estava com uma mochila com lanternas e eu com meu arco e flecha. Matteo trouxe seu taco e Lydia um canivete.

Anika e eu dissemos aos nossos pais, que íamos fazer um trabalho e dormir na casa de Lydia. Matteo disse o mesmo.

Não tínhamos tempo a perder. Nosso objetivo era chegar à casa da mulher, obter informações sobre nossos cavalos e voltar pelo mesmo caminho que marcamos.

— Vamos entrar pelo local mais fechado, na verdade não é bem uma entrada — aponta Matteo com seu taco à nossa frente, indicando que estávamos quase lá.

Se dessa vez tivermos a sorte de não encontrar nenhum deles, talvez consigamos o que queremos, mas se nos depararmos com eles, o plano estará estragado.

A cada passo que eu dava, a ansiedade me consumia. Eu queria voltar? Eu queria prosseguir? Eu não sei o que está acontecendo, está tudo misturado.

Caminhamos mais alguns minutos até estarmos bem afastados dos campos claros, até não ver mais nenhuma casa. De um lado, havia uma mata fechada e do outro, algumas árvores espaçadas e matos grudados uns nos outros. A estrada não era muito estreita, mas não dava para passar carro ou qualquer tipo de automóvel.

— Ali, vamos entrar ali — Matteo alertou e passou na nossa frente.

Eu fui a segunda a entrar e logo vieram as duas meninas. A entrada está cheia de aranhas e matos bem fechados, mas Matteo liberou um pouco a passagem.

A vista daqui de dentro era diferente. Assim que entrei, já não via muita luz como lá fora. As árvores eram grandes, era como se eu fosse uma formiga entrando na floresta. Sinceramente, eu não sei exatamente onde estamos. Quando entrei sozinha, as árvores eram pequenas e não muito assustadoras como essas.

Elas eram separadas e muito, muito altas. E havia pedras bem grandes espalhadas por toda parte, algumas cobertas por matos e outras encaixadas nos pés das árvores. Os sons de pássaros e vento. A brisa fria passava em minhas narinas, deixando-as frias e com certeza vermelhas, me fazendo fungar.

Olhei para meus amigos, todos parados, observando ao redor como eu.

— Eu vim resgatar meus cavalos, e vocês? — Passei por eles esperando suas respostas.

— Eu vim salvar meu melhor amigo de anos. —  Matteo disse.

— Eu vim salvar o que é meu — Anika afirmou determinada.

— Eu vim porque não queria terminar o trabalho da faculdade sozinha —  Lydia disse, tranquilamente.

Balancei a cabeça negativamente em relação ao que ela disse. Sorte a dela.

— Se eu me lembre bem, é por aqui — Matteo murmura.

Na mesma hora eu olho para trás para ver se as meninas tinham escutado o que ele disse, mas elas estavam entretidas em outra coisa.

Matteo entrou aqui sozinho? Que diabos?

Ignorei o que ele tinha tido, seja o que for, ele estava em busca do seu cavalo.

Continuamos andando, a cada minuto eu olhava para trás para checar se ninguém nos seguia ou algo do tipo.

Eu não estava com medo, por estar bem mais cedo, mas sei que quando chegasse a noite eu não estaria mais com essa tranquilidade.

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