Lorentins - Aprendendo a cavalgar... Parte IV 🔞 FINAL

1.8K 147 381
                                    

(N/A: QUEM QUISER PARAR A HISTÓRIA NO ÚLTIMO HOT, FICA A VONTADE, QUEM QUISER CONTINUAR SAIBA QUE ESSE CAPÍTULO CONTÉM GATILHOS DE HOMOFOBIA E RELAÇÃO BEM PESADA ENTRE PAI X FILHO. NÃO LEIA SE ISSO FOR TE AFETAR DEMAIS, POR FAVOR, NÃO QUERO NINGUÉM TENDO GATILHOS POR CAUSA DE FANFIC.)


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Diego entra no quarto e para por alguns segundos encarando o espelho com um sorriso no rosto. Ele estava destruído, com certeza, mas estava mais realizado do que já estivera, ao menos sexualmente, em toda a vida. A maquiagem borrada denunciava toda a intensidade que permeou as paredes do estábulo momentos antes. Amaury havia questionado se Diego não gostaria de passar a noite com ele, mas o jovem negou, novamente.

Deixando um rastro de roupas para trás, ele entra no banho após retirar os adornos e sente o cansaço o atingir ao sentir a água quente deslizar por todo o corpo.

Diego dorme nu na cama de casal, enrolado apenas a coberta macia.

***


O domingo amanheceu nublado e preguiçoso. Diego sabia que Oli não estaria ali, era folga dela, então se levantou e desceu as escadas pronto para preparar algo para comer, mas se deparou com Amaury na cozinha e a pequena mesa, normalmente utilizada pelos funcionários e Diego quando estava só com Oli, repleta de alimentos. Frios, pães e um copo de chocolate que fez o ruivo sorrir.

— Bom... dia? - Diego fala baixinho sorrindo do batente da porta.
— Bom dia, Martins.
— Podemos pular para Diego e Amaury?
—Formalidades evitam questionamentos... - O peão sorri e o ruivo dá de ombros, se aproximando o suficiente para espalmar o peito musculoso e depositar um selinho nos lábios protuberantes do preto.
— Deixe que questionem.
— Melhor não... para nós dois. - A voz séria deixa Diego desconfortável.
— Eu não me importo. - Diego fala firme.
— Eu sim.
— Ah... entendi.  - Diego morde o lábio e se afasta - Não quer ser visto com o filho gay do dono.
— Você ser gay não tem nada a ver com isso. - A voz de Amaury ressoa grossa pela cozinha vazia.
— Me parece que sim.
— Diego... - Ele chama quando o ruivo caminha em direção a porta da cozinha. - Toma café da manhã, eu preparei para você.
— Eu perdi a fome. - O ruivo responde baixinho caminhando em direção ao quarto.
— Por favor? - O peão chama mas ele não para, tão pouco retorna.

O peão permanece na cozinha de braços cruzados encarando a mesa posta e sentindo o próprio estômago revirar bruscamente. Diego, por outro lado, sente a garganta fechar com lágrimas que ele se recusa a deixar caírem.

Horas se passam até que ele resolve sair novamente do quarto. Ao entrar na cozinha vê a mesma mesa da manhã com um bilhete escrito em uma letra rabiscada.

"Eu preparei o café da manhã para você porque sabia que era a folga da Oli, sinto muito que você tenha interpretado minha fala dessa forma, não há problema algum em você ser gay.

Espero que a gente consiga conversar.

– AL."

Diego come um pão com frios e joga o bilhete amassado no lixo. O ruivo já havia ouvido aquele tom vezes demais para saber quando sentiam vergonha dele e já havia passado por 'relacionamentos' ainda mais vezes para saber quando o papel dele é de sigilo. Ele não sai do quarto pelo resto do dia, assistindo série e ouvindo  músicas, até mesmo quando vê o carro se aproximar do estábulo a noite.

As luzes do estábulo se apagam e Diego assiste Amaury caminhar em direção a entrada da casa grande, o estômago automaticamente se revira mas o ruivo se mantém firme. Respira fundo e se senta na cama encarando a porta do quarto. O tempo passa devagar e Diego tem a certeza de que se tivesse um relógio antigo ele estaria contando cada um dos tic tac até o toque na porta ressoar.

One-Shots - Kelmiro/Dimaury/Lorentins 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora