Patinação ~ (SUNGHOON)

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Park Sunghoon – Capítulo único.
Pronomes: Ela/dela.

“patinação”

︙by @eunwflowers ৎ˖🍬ː

🪸:: S/n pov.

Hoje era dia de competição. Estava muito ansiosa, pois havia me preparado muito para esse grande dia. São exatamente 10h30 da manhã, as apresentações começam às 11h.
O calafrio tomava conta de meu corpo, eu estômago se revirava inúmeras vezes. Não consigo nem contar nas mãos o quanto treinei para hoje. Minha coreografia estava perfeita, minha roupa estava perfeita, a música que eu escolhi estava sensacional... não tem o que dar errado. Não pode dar errado.

E finalmente onze horas. As apresentações haviam começado, mas eu estava longe ainda de entrar. Fiquei sentada nas arquibancadas, assistindo algumas coreografias. De repente, um garoto de fios castanhos escuros se senta do meu lado. Era ele, Park Sunghoon. O garoto mais insuportável e mesquinho que eu já vi em toda a minha vida.

Preparada para ser esculachada hoje? — diz sem ao menos dirigir seu olhar a mim.

Eu que deveria te perguntar, Park — respondi, cruzando os braços.

Sabe que eu arraso sempre, ? — Sunghoon cruza os braços também.

Mas perdeu pro Lee Jungwoo ano passado... — dei um sorriso de canto e ele bufou.

Sabe que sou muito melhor que ele, não sabe? — Park finalmente me olhou nos olhos.

Vai se preparar, Sunghoon — dei um tapinha na testa dele e o mesmo saiu.

[...]

Park finalizou sua apresentação. Ele tinha patinado perfeitamente bem, sem erros e com muita confiança. Sua apresentação foi impecável. Assim que o mesmo terminou, veio até mim e se sentou do meu lado mais uma vez, dessa vez dizendo:

Sua vez, Jeong. Tenta fazer melhor — o rapaz diz convencido.

E finalmente chegou a minha vez. O nervosismo estava tomando conta de todo o meu corpo, mas eu não podia deixar isso me atrapalhar. Respirei fundo antes de entrar no rinque.

Faça como treinamos, S/n — minha treinadora diz, colocando suas mãos em meu ombro.

Pode deixar, treinadora — ela sorri para mim e eu finalmente entro.

O vento batia contra meu rosto e meu corpo. O medo de errar qualquer mínimo passo estava me consumindo. Mas consegui iniciar minha apresentação.
Foram longos cinco minutos ali, rodando a imensa quadra, dando diversas piruetas e passos diferentes. Assim que finalizei, me curvei e todos aplaudiram... chegaram a levantar para bater palmas para mim.
Patinei de volta para fora do rinque, vendo Sunghoon batendo palmas com um sorriso convencido.

Sabia que você ia arrasar, Jeong — o garoto cruzou os braços e me encarou com aquele sorriso idiota.

Eu disse que iria, Park Sunghoon — o mesmo suspirou e pegou na minha mão, me levando até o corredor. Estava completamente vazio.

Sunghoon me empurra levemente contra a parede, colocando suas duas mãos em volta para que eu não pudesse sair.

Chegou a hora de entregar meu prêmio, não acha? — a luz se apaga, pois eram aquelas com sensor de movimento.

Mas não terminei de ver todas as apresentações, não sei se você foi o melhor — peguei na gola da blusa dele, o puxando para mais perto.

Você viu o suficiente.

No corredor repleto de escuridão, a tensão era palpável enquanto os passos do lado de fora ecoavam suavemente. A luz fraca de uma lâmpada tremeluzente no final do corredor delineava seus perfis ansiosos. Cautelosos, nossos corpos se aproximavam lentamente, como se o tempo conspirasse a favor do desejo. O aroma sedutor pairava no ar, as mãos, trêmulas, exploravam cada curva e contorno, enquanto a respiração acelerada ecoava pelo corredor vazio. Sob a iluminação escassa, nossos lábios finalmente se encontraram, e o beijo começou como uma sinfonia lenta e apaixonada.
Os lábios se moviam em perfeita sintonia, explorando cada centímetro com uma intensidade crescente. Cada toque, cada suspiro, tornava-se uma obra de arte no cenário escuro e secreto. O tempo parecia dilatar-se, transformando o corredor em um refúgio íntimo onde só existia eu e ele, e o calor do beijo prolongado, uma dança profunda e ardente no coração das sombras.
Já não aguentavámos mais, precisamos nos afastar por conta da falta de ar presente. Nossas respirações ofegantes estavam em cincronia, enquanto o rapaz acariciava lentamente minha cintura.

Eu amo seu beijo — disse a ele.

E eu amo você — Sunghoon responde, me fazendo abrir um belo sorriso.

Eu amo você, Park Sunghoon.

Fim.

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