SEGUNDA-FEIRA | 07 DE NOVEMBRO
Observo o relógio no painel do carro enquanto espero e espero. Acho que ainda é um pouco cedo, na verdade, tenho certeza de que me precipitei demais, mas quando Ethan disse que eu poderia levar e buscar Liliana na escola, me senti tão feliz que sai rápido demais de casa. Só tive tempo de pegar um café e uma caixa de donuts para comermos no caminho a da escola.
Estou ansioso.
Intercalo o tempo entre olhar o relógio, tamborilar os dedos e encarar a porta da sua casa. Então, após algum tempinho, finalmente a porta da frente se abre e minha garotinha sai, completamente vestida de rosa!
Solto um risinho com a cena.
Está frio e Liliana está bem agasalhada com um sobretudo grosso, toucas e luvas. Ela está ajeitando a mochila em seu ombro. A princípio, não sou visto, mas enquanto a garota cruza o caminho até a calçada, seus olhos encontram meu carro e se enchem de felicidade. Seu rosto é tomado por um grande sorriso e ela começa a correr, entrando sem me dar tempo de abrir a porta. Aqui está ela. Aqui está minha alegria com um imenso sorriso e olhinhos brilhantes.
— O que faz aqui? — Pergunta, empolgada.
— Bem, é o seu dia de voltar a escola e não quero que faça isso sozinha.
— Você vai me levar?
— Sim, todos os dias daqui para frente, buscar também — revelo, vendo seu sorriso se tornar ainda maior, principalmente quando lhe entrego um copo de chocolate quente e um donut — trouxe seu café.
— Você é o melhor do mundo inteirinho — Liliana pontua antes de dar uma mordida na rosquinha, sorrindo como uma menininha sonhadora. Depois, seu olhar vacila um pouco e ela suspira.
— O que foi? Não ficou feliz?
— Fiquei. Só não acredito que vá mesmo se atrasar no serviço para me levar ao colégio e sair mais cedo para me buscar.
Reviro os olhos.
Não costumo fazer isso com muita frequência, mas me admira muito que ela ainda não entenda que é a única coisa mais importante do mundo para mim. Toco seu queixo e então ajeito uma mecha do seu cabelo.
— Meu trabalho não significa absolutamente nada perto de você. Entendeu?
— Não sei — ela suspira, parece insegura. Seus olhos estão cheios de repente e vejo toda a insegurança e medo, que, além de atormentá-la, me deixam perdido também.
— Você não confia em mim?
— Confio.
— Então por que não acredita? Estou aqui, não é?
— Está sim — seu sorriso volta por um breve momento enquanto encara seu copo — só não estou acostumada com alguém me levando ao colégio.
— Sua mãe não fazia isso?
— Fazia.
Pela primeira vez ao falar em sua mãe, Liliana sorri e eu me impressiono muito com isso, tentado a perguntar mais, porém, me questionando se isso não deixará seu dia triste como sempre acontece.
— Nós comíamos donuts também — relembra, sorrindo ainda — mas ela me deixava tomar café com leite.
— Não — faço uma careta rapidamente, virando para o lado e começando a dirigir enquanto Lily começar a gargalhar. Ela coloca seu cinto e eu vou seguindo pelas ruas, observando como as casas por aqui são tranquilas.
— Você pode me dar café quando quiser.
— Você só tem 11 anos, Lily. Não precisa de cafeína.
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Pai Por Acaso
FanfictionEm um mundo onde Christian Grey reina como mestre do seu próprio destino, ele acredita que o estilo de vida Sub & Dom é suficiente para manter seus demônios internos à distância. Porém, tudo muda quando ele conhece Liliana, uma adorável garotinha de...