5 | Esperança

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NOTAS: Queria apenas avisar que, se esse capítulo bater mais de 100 comentários, posto mais um capítulo entre hoje e amanhã <3 quanto mais vocês comentarem, mais rápido serão as postagens.

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SEXTA-FEIRA | 23 DE SETEMBRO

Encaro o tempo lá fora sentado em minha cadeira, observando o céu cinzento através da parede de vidro da minha sala. As nuvens escuras aceleram meu coração e conforme alguns clarões percorrem o céu, me pergunto se Taylor conseguiu levar Lily bem para casa ou simplesmente conseguiu descobrir onde ela mora. Pedi a Andrea que o mandasse entrar assim que chegasse, mas quando ele entra, sinto meu fio de esperança ir embora. Assim que rodo a cadeira, vejo um semblante cansado e preocupado, deixando claro que ele não obteve sucesso.

— E então? — pergunto rapidamente, sentindo meu nervosismo acelerar meu coração tanto quanto o clima sombrio do lado de fora estava fazendo há pouco.

— Nada, senhor — confessa com pesar, ofegante até — ela me pediu para levá-la até a sorveteria e então, desapareceu, saiu sem eu conseguir ver.

— Droga! Como uma garotinha conseguiu te despistar, Taylor?

Ele parece ofendido e sinto que fui longe demais, mas não posso esconder minha indignação. Taylor foi o melhor segurança que já conheci, serviu ao exército e nenhum supera ele. De repente, uma garotinha o enrola?

Isso parece loucura até.

— Sinto muito, senhor Grey. Não queria segui-la, isso poderia parecer errado. Mas, ela me pediu seu número, senhor. Eu passei.

Isso sim é uma surpresa!

— Você passou meu número pessoal, Taylor?

— Fiz mal, senhor?

— Não — pontuo, ao ver que ele começa a ficar aflito, mudando seu pé de apoio e coçando a nuca.

Foram poucas as vezes que o vi aflito, na verdade, não lembro se já o vi assim. E, embora não tenha descoberto muito mais sobre Lily, fico feliz que tenha passado meu número para ela, porque espero que aquela garotinha me procure quando precisar de ajuda.

— Obrigado, Taylor. Quero que ela me contate se precisar de ajuda — — ela é muito importante para mim.

— O senhor se importa mesmo com ela, não é? — Ele parece curioso agora e eu não sei se é preocupação ou simplesmente quer me ajudar, mas acabo sorrindo.

— Eu me importo muito. Sinceramente, Taylor, hoje eu andei pensando sobre como seria se ela fosse minha filha.

— É mesmo, senhor?

Taylor está visivelmente surpreso, com um sorrisinho de lado enfeitando sua cara séria. Sei o que todos pensam de mim e sei que, além de Gail, ele é a pessoa mais próxima de mim, que me conhece melhor que ninguém, já que há quatro anos têm sido minha sombra, feito sem pensar tudo o que já lhe pedi; Taylor me conhece o suficiente para saber que eu jamais iria querer me tornar pai, porém, Lily despertou isso em mim e, por mais que me apavore pensar sobre isso, o que sinto por ela me faria mover os céus se fosse preciso.

— Ela é a criança mais especial que já conheci.

— O senhor conheceu muitas crianças?

Encaro Taylor, seriamente. Ele está sério, por um segundo, e sem motivos, como nunca aconteceu antes, começamos a rir como dois garotos idiotas de uma piada qualquer. Porra. Essa doeu, mas é extremamente engraçado.

Pai Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora