O Sol e a Lua

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Agarrou a mão da mais nova, que observava o redor do local a qual estavam, e seguiu para dentro do observatório. Mina agradecia mentalmente a Jin, seu colega cursava Astronomia na UNS e disponibilizou mais uma vez o observatório para Myoui. Conhecidos por aquele mesmo lugar, uma vez que Mina foi visitar o local e encontrou o universitário, assunto rolou e até já sairam para beberem juntos em um grupo de amigos nerds assim como os dois.

A japonesa amava estudar o universo e suas composições, astros e estrelas, mais uma coisa que seu avô a ensinou amar e estar ali e observar as estrelas seja do campo ou do telescópio a aproximava dele.

Tzuyu se deixava levar, por dentro o observatório conseguia ser ainda mais incrivel, quadros, estudos e certificados nas paredes, o ambiente era espaçoso em seu primeiro andar.

- Como você conhece esse lugar e como conseguiu o nosso acesso aqui? - Tzuyu perguntava enquanto era guiada por Myoui a subir as escadas para o segundo andar do observatório. - Ai meu Deus, Mina, a gente invadiu?

Mina riu das indagações e reações da mais nova, não pode deixar de achar a Chou graciosa mesmo preocupada.

- Como nós poderíamos ter invadido se eu abri com as chaves, Tzu? - disse mostrando as chaves para a mais nova, trazendo mais tranquilidade à Tzuyu.

Subiram as escadas em silêncio, a taiwanesa aproveitava para decorar cada canto daquele espaço. Mas mal podia esperar pelo o que a aguardava no andar de cima.

Mina havia preparado tudo, uma coberta e várias almofadas se encontravam no chão, um rádio que ressoava sons de piano, poucas luzes amareladas iluminavam o local mas a lua iluminava mais ainda através do teto totalmente de vidro. Era possível observar cada detalhe daquele céu. Havia ao lado da coberta preparada no chão uma garrafa de vinho, duas taças e petiscos, o que entregava que a noite naquele lugar seria bem longa.

Foram até o grande telescópio, Tzuyu estava curiosa para ter a visão macro das estrelas que tanto gostava e admirava desde a infância. Pôs o olho para observar e ficou admirada com a visão proporcionada, era tudo muito lindo.

- Você sabia que somos filhos de um divórcio? - Mina disse se aproximando devagar da mais nova, que estava presa em sua visão no telescópio.

- Hum? - Tzuyu respondeu sem entender do que se tratava.

- A muitos anos, quando não havia o planeta que vivemos hoje, o Sol e a Lua viveram um lindo romance, reza a lenda que nenhum outro amor vivido em todo universo superaria o amor que ambos sentem um pelo outro. Ele era o calor que faltava para a Lua e ela o guiava quando ele estava perdido em seu próprio brilho amarelado. - Abraçou a cintura de Tzuyu por trás e aconchegou seu rosto no ombro da mais nova e ali ficou sentindo o cheiro tão gostoso.

- E o que aconteceu? - Tzuyu curiosa para o final do conto. Sua mão livre foi ao encontro das mãos de Mina, que a enlaçava pelas costas, tão confortável.

- Houve uma grande acidente, diz a lenda que a briga entre duas grandes estrelas gerou uma grande colisão, gerou uma enorme quantidade de energia que mudou o universo inteiro, mas depois eu te conto as histórias dessas estrelas - levou os cabelos da mais alta para o lado, expondo parte do pescoço de Chou, deixou ali um breve selar antes de prosseguir. - Mas o que importa, essa colisão fez com que grande massas surgissem, astros e planetas vieram a partir dai.

- Que doido, mas como isso tudo fez com que eles se separassem? - Tzuyu largou o telescópio e se virou para Mina, pôs suas mãos no ombro da mais velha e ali ficaram.

- Um planeta que surgiu por essa colisão, o nosso planeta. Ele roubou a Lua para ele e a afastou do Sol, a Lua que antes vivia solta pelo universo e podia amar o Sol com tudo de si se viu orbitando por uma força maior um planeta novo. - Acariciou a cintura coberta por cima do moletom marrom de Chou, encarava as orbes negras tão profundas quanto o fundo do oceano. - O Sol está parado por todos esses anos esperando a Lua voltar, e todos os dias a Lua gira para tentar encontrá-lo, mas ela nunca consegue sair de órbita e voltar para o seu amado. Os nossos mares são as lágrimas derramadas todas as vezes que ela conclui o giro, mas não o vê, por isso as águas salgadas. E os ventos noturnos são seus gemidos de sofrimento.

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⏰ Última atualização: Jun 26 ⏰

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