A um mês atrás...
Era de manhã, as folhas das árvores caiam em sintonia fora da faculdade de jisung, o mesmo observava tudo calado, porém com uma curvatura em seus lábios formando um pequeno sorriso. ele se apoiava na divisória entre o lugar e o jardim, o vento balançava seus cabelos e o sol aquecia sua pele, aquela seria uma manhã agradável como as outras...pelo menos era isso que ele esperava
estava tão distraído admirando a paisagem e as folhas secas serem balançadas suavemente que nem percebeu seu melhor amigo se aproximar e praticamente se jogar em cima de si.
- Bom dia!!! - o moreno tinha uma feição preguiçosa como se tivesse acabado de se espreguiçar, hyunjin era assim quase sempre, queria se encostar no lugar que fosse.
- Bom dia, preguiçoso! - o loiro respondeu de bom humor, nessa manhã tudo parecia meio quieto...
- A minha primeira aula é da senhorita rachel... - por mais que os dois fizessem faculdade de veterinária, o garoto prodígio era um ano avançado; mas isso não os impedia de se encontrar sempre, seja ali nos corredores ou um na casa do outro contando novidades ou desabafando sobre problemas...
- Que azar...ainda bem que eu não sou você! - o jovem se virou para o melhor amigo, dando aquela gargalhada gostosa que todos paravam para ouvir, de alguma forma, jisung emanava alegria e simplicidade, sempre deixava todos felizes em sua volta sem fazer esforços...hyunjin acabou por rir também, sendo interrompido pelo sinal indicando que o inferno ia começar...
- Quer que eu te leve até a sua sala? - o rapaz sempre fazia a mesma pergunta, talvez fosse só uma desculpa para pular alguns minutinhos de puro tédio enquanto andava feito lesma e conversava sobre assuntos banais com o amigo.
estava prestes a aceitar a proposta tentadora se seu celular não vibrasse antes.
- Pode ir indo na frente, eu vou atender uma ligação.. - o menino pegou seu celular no bolso, nem dando tempo de se despedir ou observar o mais velho se afastar.
Assim que ligou o aparelho, a tela foi preenchida por o número de alguém desconhecido, o que era estranho já que não costumava receber chamadas desse tipo.
- Alô? - sua feição era confusa, era algum tipo de trote ou alguém avisando que a luz de sua casa seria cortada? isso vinha acontecendo muitas vezes já que sua avó esquecia de pagar.
O menino morava com sua avó a anos, ela era sorridente e fazia biscoitos deliciosos, também era ela que sustentava a casa já que os pais do han se foram quando ele era bem pequeno...
Apesar de todas as dificuldades, ela era uma mulher forte que cuidou do seu netinho muito bem! até a alguns anos atrás...
de uns tempos pra cá ela andava doente... tanto fisicamente quanto mentalmente, reclamava de dores e esquecia as coisas cada vez mais frequentemente.
- bom dia, han jisung?!
uma voz masculina ecoou do telefone, uma que nunca tinha escutado...quem poderia ser?
- ele mesmo, quem fala? - se alguém o pegasse matando aula para falar no telefone com certeza estaria frito...
- aqui é da clínica de emergência, você é parente da senhora han hye-seon certo?
o garoto permaneceu em silêncio por alguns segundos com um aperto no peito, só voltou a falar ao escutar alguns zumbidos da outra linha.
- sim...por que? aconteceu alguma coisa?? - naquele momento ele já estava em pânico, passava inúmeras possibilidades pela sua cabeça
- acabamos de coloca-la em coma, você poderia vir aqui por favor???o mais rápido possível!
o mundo do loiro desabou ali; uma manhã que aparentava ser perfeita se tornou em um piscar de olhos a pior de sua vida.
- eu já estou indo!
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enquanto alguns tinham um dia péssimo, um pouco longe dali se encontrava o presidente de uma empresa "famosa" dentro daquele ambiente ele era conhecido como "insistente"...tudo que ele queria, ele conseguia.
- Lee, eu já disse que você não pode demitir as pessoas assim! - a mulher de cabelos escuros e curtos segurou a porta do elevador antes que ela fechasse, entrando juntamente ao homem de terno que arrumava sua gravata enquanto se olhava no espelho.
- e eu já disse pra você não me dar ordens! - disse grave e sem encara-la, lee minho, o tal presidente insistente, não durava um dia sequer com uma secretária, já tinha tido mais de vinte, o que "irritava" ha-jeong.
cá entre nós, essa história de querer arrumar uma secretária para seu amigo não passava de um showzinho, afinal...ela não era nenhuma santa, sabia que ele as demitiria no dia seguinte e adorava isso.
a mais nova ponderou por alguns segundos, pensando no que fazer.
- vamos fazer o seguinte, eu vou tentar arrumar alguém para o cargo só mais uma vez, se você a demitir em um único dia eu desisto! - para ela, aquilo já estava ganho, não teria mais quem desse em cima dele, o que era comum já que o presidente era jovem e esbelto.
- fechado.
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𝘔𝘺 𝘪𝘯𝘴𝘪𝘴𝘵𝘦𝘯𝘵 𝘱𝘳𝘦𝘴𝘪𝘥𝘦𝘯𝘵
Romancecom o falecimento dos pais, jisung foi obrigado a viver apenas com a companhia de sua avó, sendo cuidado por ela praticamente a vida toda, pelo menos até receber a notícia de que seu estado de saúde agravou e que ela teria que permanecer no hospital...