numa casa cheia de memórias e alegria, uma pessoa não deixava a tristeza lhe tomar, mesmo com os acontecimentos ruins.
jisung se perfumava e ajeitava os últimos detalhes para o seu encontro, seu allstar que costumava estar encardido na porta de casa, parecia novo. tudo isso porque depois de muita insistência, seu namorado tinha aceitado o levar no restaurante favorito de ambos para comemorar.
o loiro, agora azulado por ter pintado o cabelo para a ocasião, não poderia estar mais feliz.
- você já está chegando? - disse eufórico com o telefone apoiado no ombro enquanto colocava seus tênis, ainda sim, sem tirar o sorriso do rosto.
"você pode ir na frente, eu te encontro lá"
o han parou o que estava fazendo por alguns segundos e seu sorriso se desfez.
- ah...tudo bem, eu já estou indo - desligou o telefone e voltou a colocar os sapatos, mas dessa vez, lentamente, por mais que estivesse escurecendo, não estava mais com pressa.
[ . . . ]
do outro lado, na parte nobre, se encontrava uma casa sem memórias, uma casa que não podia ser chamada de lar, e uma pessoa tão fria quanto ela.
- ahh, como eu sinto falta da faculdade... - riu e tomou mais um gole da sua cerveja.
- você diz isso, mas quando nós éramos universitário você vivia reclamando das aulas - cruzou as pernas e colocou a taça meio cheia na mesa.
- é claro! eu sinto falta da faculdade, não das aulas.
- quem diria que um pé rapado se tornaria um detetive renomado... - brincou, procurando resquícios das pizzas que haviam pedido.
- diferente de você, eu já imaginava que um nerd rabugento estaria passando o dia dos namorados com o melhor amigo de infância...
- que audacioso... - cerrou os olhos em uma falsa indignação.
- fala a verdade, se você tivesse a oportunidade estaria em outro lugar hoje - olhou de canto, tentando arrancar alguma coisa do maior; por mais que eles não escondessem segredos um do outro, tinha coisas que não precisavam vir a tona.
- é, você está certo. - riu sem humor, meio chateado consigo mesmo.
- nossa... - colocou a mão no peito, acima do coração. - quase fiquei ofendido.
- ah changbin, o que eu faço? - o mais velho disse em um suspiro e encostou no sofá. - eu queria nesse momento estar nos lençóis de um garoto irresponsável que cheira morango e foi apelidado de "solzinho" lá na empresa. - bufou e levou suas mãos frias até os olhos, esfregando ali como se quisesse esvair tudo que te atormentava.
- pelo jeito que você cita os detalhes dele, deve estar apaixonado...coitado. - susurrou a última parte.
- o que você 'tá murmurando aí? - cruzou os braços e abriu apenas um olho, buscando que fosse levado a sério ao encara-lo, o que não funcionou.
- eu??? nada!! - retrucou imediatamente, até os mais próximos tinham medo do lee... - mas falando sério agora, se você gosta dele, conquiste-o! por que logo você que é considerado o pai da insistência desistiria?
- hum, você pode até estar certo... - ajeitou a postura, pensando na possibilidade, changbin estava certo, por que estava desistindo sem nem mesmo tentar?
- muito bem garanhão, agora me leva em casa antes que fique tarde... - levantou, se espreguiçando por ficar muito tempo sentado. - ou prefere que eu dirija seu carro??
- nem pensar. - levantou rapidamente, procurando as chaves em cima da mesa.
- foi o que eu imaginei...
[ . . . ]
já fazia horas que jisung estava esperando, um temporal já caía lá fora. ele checava o relógio a cada cinco minutos, e a cada hora que passava, gostava de imaginar que tinha acontecido apenas um pequeno imprevisto e ele viria logo.
mas sua ficha logo caiu quando uma mulher que parecia ser a garçonete tocou em seu ombro.
- senhor, com licença, nós já estamos fechando
ótimo dia dos namorados, foi deixado plantado e ainda por cima com a barriga vazia..., pra piorar estava chovendo lá fora e não tinha guarda chuva.
- eu já estou indo, obrigado. - se levantou sem forças e caminhou até a saída.
nem sabia para onde estava indo, só estava caminhando em linha reta enquanto olhava pra baixo e as lágrimas se disfarçavam de gotas de chuva.
olhou para o lado quando uma luz atingiu o seu rosto e se deu conta que estava no meio da rua prestes a ser atingido por um carro. sem muita opção, fechou os olhos o mais forte que conseguia, apenas para não encarar a morte de frente.
colocou as mãos na frente do corpo, e como num susto, acabou caindo no chão.
o motorista freiou o mais depressa que conseguia, fazendo com que o carro de trás colidisse com o seu, mas ainda sim, esse não era o maior dos problemas, quase tinha atropelado alguém!!!
saiu desesperado enquanto buzinas de varios carros vaiavam sobre si.
passou os olhos pelo corpo miúdo encolhido no chão, buscando encontrar alguma ferida - ei, garoto, você está bem????... - agachou-se no chão, afim de ver o rosto do jovem. e assim que conseguiu, arregalou os olhos e por alguns segundos se desesperou mais do que antes.
- jisung???? - ali estava ele, o motivo de seus suspiros e devaneios, estirado e gelado. se ajoelhou no chão, pegando o corpo menor nos braços e secou seu rosto como conseguia - abra os olhos...jisung, ABRA OS OLHOS!!! PORRA...
- Minho?... - com toda aquela gritaria, piscou algumas vezes até ver a grande sombra de uma silhueta conhecida.
- jisung????jisung!! eu te atingi?? - sua voz era preocupada - vem, você consegue levantar???nós precisamos ir a um médico! - pegou suas mãos, com pressa de se levantar, mas preocupado o suficiente para não fazer isso.
- não precisa de médico! eu só escorreguei... - estava desnorteado com tudo que acontecia, mal tinha recebido um tempo para processar.
- você tem certeza??- pigarreou e soltou sua mão já que aparentemente ele conseguia fazer aquilo sozinho. - você vai me contar por que estava andando no meio da rua?? - olhou para o agora azulado, desnorteado e sem saber para onde ir, depois olhou para o transito; agora estavam desviando dos dois carros batidos e o motorista do fiat uno olhava para o estrago extremamente irritado enquanto falava no telefone, riu irônico e estupefato por ter arranjado dois problemas em menos de quinze minutos.
- por que você insiste em cuidar da minha vida? - não guardava rancor por ele ter pago suas contas nem nada do tipo, só queria entender porque ele fazia tudo isso, mas estava sobrecarregado demais para se comunicar melhor do que isso.
eu não estou cuidando da sua vida, bobinho...estou cuidando de você.
✿.。.:* ☆:**:..:**:.☆*.:。.✿
oi gente!
essa é a primeira vez que eu venho falar com vocês no meio dessa fic...
será que assim vocês ficam mais familiarizados e começam a acompanhar?👀
faz pouco tempo que eu voltei do "breve hiatos", queria avisar a vocês que eu posto cada capítulo dia sim e dia não ( quando dá.
no próximo capítulo, o minho e o jisung vão ter uma longa conversa sobre o que aconteceu e o han vai entender o que é um relacionamento em uma perspectiva completamente diferente.
também teremos hyunin🤲🤲
o jeongin vai tirar proveito do endereço que recebeu do jisung no capítulo anterior, oq será que vai acontecer hein?🤭
eu sei o que vai acontecer...
eu acho que eu tô esquecendo de alguma coisa, mas vou relevar.
espero que vocês tenham tido um bom final de semana, até depois de amanhã💗
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𝘔𝘺 𝘪𝘯𝘴𝘪𝘴𝘵𝘦𝘯𝘵 𝘱𝘳𝘦𝘴𝘪𝘥𝘦𝘯𝘵
Romancecom o falecimento dos pais, jisung foi obrigado a viver apenas com a companhia de sua avó, sendo cuidado por ela praticamente a vida toda, pelo menos até receber a notícia de que seu estado de saúde agravou e que ela teria que permanecer no hospital...