Se curar sozinha

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NOTA DA AUTORA: Essa história não é um final feliz para o casal, então se você não gosta desse tipo de história pule essa e leia qualquer uma das anteriores.






-Selin, casa comigo?

Eda estava com essa frase na cabeça desde que as ouviu essa noite.

Depois de sair da festa ela precisava ficar sozinha e pensar.

A pouco mais de dois meses ela perdeu o amor da sua vida, só pra ter de volta um homem que tinha o mesmo rosto, a mesma voz, os mesmos olhos e o seu cheiro. Mas que não era o seu Serkan. Ela estava tentando em vão fazer ele lembrar, ela esperava que ele quissese pelo menos lembrar da história que eles tiveram,mas depois dessa noite ela viu o quão ingênua ela foi. Esse homem que se chamava Serkan, mas que não era seu, decidiu seguir em frente sem dar uma chance aos dois. Ele não pensou nela, ou no quanto ela esteve sofrendo. Ele não se importou que isso fosse magoa-lá, por que essa, era a sua intenção. E assim ele conseguiu.

Parada em frente ao mar na noite gelada, enquanto o vento soprava seus cabelos ela se permitiu chorar. Ela se permitiu finalmente desabar, ela não tentou ser forte, ela só chorou tudo que podia, tudo que sentia.

Ela se lembrou de todos os momentos que viveu com ele, de tudo que eles enfrentaram para que pudessem estar juntos. Toda dor e sofrimento e então o amor, que parecia inquebrável.

Mas ela estava errada. Algumas horas atrás ela achou que eles pudessem superar tudo juntos, e que se ela precisasse ser forte pelos dois então era isso que ela faria. Ela iria lutar pelo amor deles. Mas depois das palavras dele, depois de toda humilhação que ela tinha passado, de ser descartada como se não fosse nada, ela finalmente entendeu.

Ela aceitou, mesmo que fosse difícil no começo, que o homem que ela amava, de fato tinha morrido naquele acidente.

Ela precisava seguir em frente. Ela precisava voltar a ser a mulher forte que era, precisava ser corajosa e se libertar daquilo que a estava machucando.

Ela se permitiu sorrir, com a sensação de alivio depois de tanto tempo de tortura que viveu.

Não era preciso que ninguém a salvasse, ela mesma era a heroína que precisava, ela era tudo o que queria ser. Por que ela era Eda Yldiz. E ela podia e seria feliz de novo.

****

-Eda, onde você estava? Eu queria te ligar mas você deixou a sua bolsa e celular e eu não sabia onde você poderia estar, você está bem?-Melo começou a falar tudo muito rápido enquanto a abraçava com força e se afastava um pouco para verificar seu rosto e corpo como se estive a procura de algum machucado

-Eu estou bem Melo, só um pouco cansada.

Melo rapidamente puxou Eda até o sofá e correu pra cozinha, voltando logo depois com duas canecas de chá quente

-Eu tive uma ideia, enquanto procurava por você, sei que vai parecer um pouco ruim mas dessa forma o eniste vai voltar pra você e..

-Não- eu disse enquanto balança a cabeça e tomava um pouco do chá.

-Não?-ela perguntou confusa-Por que está tão calma assim?

-Por que eu me sinto em paz.

-Dada, sei que hoje foi difícil mas as coisas vão melhorar.

-Eu sei querida. Mas não quero planos para reconquistar o Serkan.

-E o que você pretende fazer então?- seus olhos pareciam um pouco agitados e com medo

-Nada.

Durante o que pareceu minutos tudo que Eda pode ver foi a boca da melhor amiga de infância abrir e fechar sem falar nada. E isso era um feito muito grande quando se tratava de Melo.

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⏰ Última atualização: Mar 10 ⏰

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