16 - Ordem(a revisar)

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Como esperado, Lin não fica muito satisfeito com a ordem, mas acata sem contestar, assim como previra Joseph. No dia seguinte, começou a nova rotina. Ao sinal dos primeiros raios de sol, ia ao quarto de tomatinho e abria as cortinas. Ele Não acordou. Crianças e sono de pedra. Lembra perfeitamente de ser assim quando bem mais jovem.

" Matteo..." chama-o uma primeira vez, um tanto tímido. Na segunda vez sua voz é um pouco mais clara, e na terceira quase um grito, mas longe de ríspido. Não adiantou. A criança apenas enrugou um pouco o rosto e virou para o outro lado, puxando ainda mais os lençóis para o próprio corpo, parecendo um pequeno ouriço, encolhido a dormir.

Lin revira os olhos e suspira derrotado. Sem pensar muito, está prestes a tocar Matteo, pensando em sacudi-lo um pouco, talvez assim abandonaria o mundo dos sonhos. Mas para no meio do caminho, com a mão petrificada no ar. Os dedos se encolhem para sua palma, e se abrem e se encolhem. Ele é um beta, sabe-se lá que doenças pode ter... mas se eu não fizer isso, ele não vai acordar... talvez, eu lavando as mãos depois, ou posso posso pegar as luvas e... ah!

" Tio Lin? O que está fazendo?" Tomatinho olha pra ele de soslaio, esfregando os olhos preguiçosamente.

" Ah... é..." volta a se posturar, e tosse na mão um tanto nervoso. " Vim acordar o pequeno mestre. Estou encarregado de acompanhá-lo a partir de hoje, para ajudar com qualquer uma de suas necessidades."

" Mas tio, não preciso de ajuda..." boceja e se espreguiça, antes de pular para fora da cama, e ir a passos curtos em direção ao banheiro, para trocar a camisola por uma roupa mais apresentável.

" Ah sua roupa, eu já preparei pra você." Lin pega a roupa, que a pouco deixou cair numa das pontas da cama. " Deixe-me ajudar com elas."

" O que? Não precisa!"

" Tudo bem, aqui está..." Isso facilitará as coisas, pensa Lin. Ele não ser acostumado a ser servido, talvez seja uma benção. Esperou paciente do lado de fora, depois de puxar luvas refinadas para arrumar a cama. Impecável, pensa satisfeito.

" Pronto! Vamos comer!" Surge Tomatinho, todo animado, correndo para encher a barriga. Mas os olhos de Lin se esbugalham.

" Espera, espera aí!"

" O que foi? Vamos logo! Eu tô com fome!"

" Você vai assim?!" As roupas de Matteo foram vertidas de qualquer jeito, e apesar de fofo, estavam uma bagunça. Seu cabelo não estava penteado, e a roupa toda largada. Sequer o sinto ele havia se dado o trabalho de pôr, e a camisa de botões têm as línguas para fora.
" Qual o problema?! As roupas que você me deu são muito desconfortáveis! Desse jeito fica melhor."

Que desastre! Mas agora que parava para pensar, Matteo sempre andou meio bagunçado. Mas a diferença é que Matteo fazia as escolhas de roupa mais simples e confortáveis, então apenas parecia que ao longo do dia, ao correr e brincar, ficava um pouco mais bagunçado.

Não, não. Ele simplesmente não poderia permitir Matteo sair assim sob sua supervisão! O que pensariam dele os outros funcionários? Ou Sebastian e Joseph? Já se imaginava com um pé na bunda, tendo que procurar outro emprego.

" Você não pode sair assim. Deixa eu arrumar isso."

" Não, assim está bom!"

" Você não vai sair assim, jovem mestre! Ande, venha aqui logo!" Já havia pegado o cinto, deixado de lado por Matteo.

" NÃO!" E corre para a maçaneta. Lin nunca foi tão condolente a Joseph. Que criança mal criada!

" Vem aqui, ou eu conto para o mestre Sebastian!" Não funcionou. Lin tinha que ser rápido, Matteo já estava nas pontas dos pés, esticando-se para a maçaneta. " Vou falar para o mestre Joseph, para o Joseph!" Matteo trava. Um tempo petrificado, torce o corpo lentamente. Olha para Lin com olhos de cachorro triste. Haha, funcionou!

Renascido Num Omegaverse(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora