Rodolffo chegou pouco tempo depois com o antibiótico na mão.
- Ela já comeu, Ju?
- Sim. Comeu há pouco tempo.
Rodolffo deu-lhe o remédio e sentou-se com ela no colo.
- Ela está com otite. O remédio vai fazer efeito e ela vai dormir. Toma nota das horas. Daqui a 12 horas toma de novo.
- Fica connosco esta noite. Tenho receio que ela piore.
- Não vai piorar, mas eu fico. Vou deitá-la na cama.
- Vou fazer alguma coisa para jantar enquanto tu a deitas. Deixa-a na minha cama.
Madalena já tinha os olhos pequeninos quando Rodolffo a levou para a cama. Deitou-a e ficou junto dela até ela adormecer profundamente. A febre começava a ceder.
Juliette tinha uma bábá electrónica de quando ela era bébé. Rodolffo foi ao quarto buscá-la e deixou-a na mesinha junto à cama.
Desceu e foi ter com Juliette.
Coloquei a bábá electrónica. Ela pode acordar sem nós darmos conta.
- Fizeste bem. Senta-te. Vamos comer.
- Ela queixou-se na escola?
- Já no final da hora, disse a educadora.
- Como estás tu? Perguntou Ju.
- Estou bem, dentro do possível.
- Podemos conversar hoje?
- Depende do que tiveres para me dizer. Eu não te entendo, juro que não te entendo.
- Vou fazer café. Vamos para a sala.
- Vou espreitar a nossa filha, entretanto.
Rodolffo voltou e Juliette sentou-se em frente a ele.
- Rodolffo, eu nunca soube o que é amor de pai, de mãe ou qualquer outro. Assusta-me alguém gostar de mim e eu não conseguir perceber que eu posso sim receber amor.
Não recebi, mas também nunca dei amor a ninguém. Eu não sei dizer um amo-te, olhando olhos nos olhos.
Eu não sei reagir quando me abraças depois de uma noite de entrega. Pareço fria, mas não é intencional. Só não sei demonstrar amor.
- Procura ajuda, Ju. Isso é terrível. Amar é tão bom, mas deve ser recíproco. Ninguém ama sózinho.
- Não quero afastar-me de ti. Não fiques magoado comigo.
- Eu só quero que fales comigo sobre tudo. Falar é bom. Não guardes para ti. Solta-te mais.
- Eu prometo que vou tentar.
- Porque é que durante o sexo não tens esses bloqueios? Tu dás tudo na cama e depois?
- Não sei explicar. Na cama sinto-me outra pessoa.
- Uma Lady na mesa, outra louca na cama.
Juliette riu da comparação.
Rodolffo queria beijá-la mas esperou ela tomar a iniciativa.
- Eu não quero uma Lady, prefiro a louca na cama, no sofá, na mesa ou no banheiro, disse ele.
- Sempre?
- Agora e sempre.
Muito nervosa ele segurou o rosto dele e colou os lábios nos dele.
- Relaxa. Não estejas tensa. Vem cá. Vamos ficar só abraçados para sentires o conforto do abraço.
Puxou-a para o colo e rodeou o corpo dela com os braços. Ela deitou a cabeça no seu ombro.
- Vês como é bom? Juliette parecia uma criança aninhada junto a ele tal qual Madalena costumava fazer.
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Amei-te Sem Te Conhecer
FanficFantasia de uma noite, sexo casual ou irresponsabilidade? Vale tudo por uma noite de diversão.