Conforme combinado no dia seguinte Rodolffo foi levar Madalena juntamente com Juliette.
Era a primeira vez que alguém via a menina chegar com um elemento masculino e muitos se questionavam sobre quem seria.
Juliette apresentou Rodolffo à educadora e deu permissão para ele poder buscá-la em alguns dias.
Logo chegou Cecília que correu a abraçar o padrinho.
Maria cumprimentou Juliette e Rodolffo e depois das crianças entrarem, ficaram os três a conversar.- Maria, vou só levar Juliette a casa para ela buscar o carro e já vou para a clínica.
- Fica à vontade. Adeus Juliette.
- Adeus Maria.
- Queres ir buscar o carro ou queres que te deixe no tribunal?
- E depois volto como? Vou buscar o carro.
- Eu posso ir buscar-te.
- Não. Prefiro levar o carro. Nunca sei a que horas saio.
Chegaram a casa, Juliette saiu depois de dar um beijo na face de Rodolffo.
- Bom trabalho, Ju.
- Para ti também. Até logo.
Rodolffo esperou ela sair com o carro e só depois seguiu o seu caminho.
Nos dias seguintes Rodolffo fez questão de levar a filha à escola com a mãe.
No sábado fizeram programa de pai e filha. Juliette não quis fazer parte por ter trabalho a fazer.
Conversou com Rodolffo sobre ele ficar com Madalena o dia todo de domingo e levá-la segunda à escola.
- Domingo preciso viajar. Tenho um julgamento numa outra comarca e tenho que estar segunda cedo. É necessário que viaje domingo.
- Não sei se dou conta, pelo menos à noite. Ela não está habituada a dormir comigo. A minha casa ainda não está adaptada para ela. Preciso reformar um dos quartos.
- Fica aqui. Tenho um quarto de hóspedes.
Depois de chegar do passeio, foi a casa buscar umas roupas e itens de higiene para passar o domingo em casa de Juliette.
Quando regressou já Madalena estava de banho tomado e sentada à mesa para jantar.
- A mamãe disse que vais dormir aqui. Eu quero dormir contigo.
- Não senhora dona Madalena. A menina dorme na sua cama.
Rodolffo segredou-lhe ao ouvido.
"Amanhã a mamãe não está cá e tu podes dormir comigo"
- Segredo, disse ele.
- Rodolffo! Não a estragues com mimos. As crianças são manipuladores.
- Não te irrites connosco.
- Já comeu tudo? Escovar os dentes e cama.
- Vou com o papai.
A primeira vez que ela falou directamente, papai.
Rodolffo pegou nela, abraçou-a e Juliette viu umas lágrimas caindo.
Fez-lhe um afago e saiu na frente dele em direcção ao quarto da pequena.
Rodolffo beijou a filha e aconchegou a coberta.
- Dorme bem para amanhã irmos passear outra vez, está bem.
- Sim papai.
Juliette deu-lhe um beijo de boa noite e saíram encostando a porta.
Rodolffo não resistiu e abraçou fortemente Juliette.
- Vamos jantar, disse ela, livrando-se do abraço.
- Porque és tão resistente? perguntou ele.
- Sou o quê?
- Resistente. Um abraço não tem nada de mal.
- Mas eu deixei tu abraçares-me.
- Deixaste, mas faltou reciprocidade.
- Rodolffo, isto é tudo novo para mim.
- Deixa que te amem. Entrega-te. Foste tão foda naquela noite. Pode não parecer, mas aquilo não foi só uma noite de sexo. Foi uma noite de muito amor.
- Achaste? Eu senti isso.
- Não achei. Tenho a certeza, por isso te procurei quando voltei.
- Não me consigo entregar assim.
- O que te impede? Conversa comigo. Falar é bom.
- Vamos jantar.
- Vês? Já estás a desviar a conversa.
- Pois. Vou dizer o que a Madalena gosta de comer, para amanhã não teres dificuldade.
- Está bem. Já vi que a conversa fica por isso mesmo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amei-te Sem Te Conhecer
FanfictionFantasia de uma noite, sexo casual ou irresponsabilidade? Vale tudo por uma noite de diversão.