Cap. 9

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Rodolffo deixou-nos em casa ao final da tarde.

Dei um banho na Madalena, jantou e logo capotou. A brincadeira tinha-a deixado cansada.

Aconcheguei-a na cama e fui à cozinha buscar um prato com o meu jantar.

Aninhei-me no sofá com uma manta, - a noite ia ser fria- e comecei a comer.

Quando terminei, pousei o prato sobre a mesinha e deitei-me no sofá.

Pelos meus pensamentos passou um filme. Fechei os olhos para afastar aquele homem da minha cabeça.

Alguns dos meus colegas de faculdade e também de advocacia tinham dado em cima de mim e a todos eu disse não.   Nenhum me despertou interesse.  Nenhum me fez balançar as estruturas, mas Rodolffo não.

Rodolffo despertou algo em mim lá atrás naquele bar e hoje no nosso passeio também.

Dou por mim a pensar que se nos tivéssemos conhecido noutras circunstâncias,  poderíamos ter algo mais.

O homem é bonito, elegante,  másculo.   Tudo o que a maioria das mulheres deseja.  Como pode estar solteiro, sem namorada aos 42?

Fui afastada destes pensamentos com o som de chegada de mensagem.

Peguei no telemóvel e era dele.  Já tinha salvo o seu número.

Abri a mensagem.

Adorei o nosso dia em família.
Adorei conversar contigo.
Quero repetir.
Boa noite.  Durmam bem.
Rodolffo.

Agora f☆deu! 

Fechou o contacto, levou o prato  para a cozinha e foi dormir.

Depois de deixar filha e mãe em casa, Rodolffo parou num restaurante,  comprou jantar e foi para casa.

Tomou um banho e deitou-se um pouco na cama.
Tinha adorado o dia.  Amava a filha e o seu coração já balançava pela mãe.

Vou mandar uma mensagem para ela a desejar boa noite.

Escreveu a mensagem e depois de enviar desligou o telemóvel e foi jantar.

Jantar sózinho,  antes dáva-lhe prazer, mas agora não tinha sentido.

Adorou o primeiro jantar com elas e apesar de ainda não estar muito à vontade, sentiu que era bem melhor  do que agora sentado à mesa sózinho.

Domingo acordou ensolarado.  Juliette acordou com Madalena a saltitar na cama.

- Mamãe,  hoje também vamos ver os peixes?

- Não,  Madalena.   Hoje ficamos a descansar.

- Mamãe,  não estou cansada.  Eu quero passear com o tio.

- O tio já passeou contigo ontem.  Hoje tem outras coisas para fazer.

Madalena fez beicinho e eu tive que entrar numa luta de cócegas para ela esquecer o assunto.

Fomos tomar café e depois apanhar um pouco de sol no jardim.  Madalena percorria o jardim de triciclo enquanto eu ficava deitada na espreguiçadeira.

Almoçamos um peito de frango grelhado com arroz e salada e tirámos um cochilo no sofá.

Eram 15 horas, acordei e pensei ir fazer uma caminhada com a filha.

Olhei o telemóvel para ver se havia mais mensagens e nada.

Apeteceu-me ter a companhia dele de novo e então liguei.

- Oi. Se não estiveres ocupado,  queres vir fazer uma caminhada aqui na mata atrás de casa?

- Quero.  Vou agora mesmo.  Estava aqui de bobeira.

- Até já.

Desliguei e fui colocar uma roupa confortável em mim e na Madalena.

- Onde vamos, mamãe?

- Caminhar ali na mata.

- Eu gosto,  mas tu andas muito e depois canso-me.

- Eu trago-te ao colo.

Não demorou 15 minutos e tocam à porta.

Rodolffo chegou com duas flores na mão.   Entregou uma a cada uma deslas.

- Flores, para duas flores.

- Obrigada, disse Juliette e Madalena repetiu.

- Também vais andar  com a gente?

- Vou.  Eu podia lá faltar.
Obrigado pelo convite, disse dirigindo-se a Juliette.

- Fazemos gosto da tua companhia.

Rodolffo atreveu-se e abraçou-a dando um beijo na cabeça.  No fim pegou em Madalena ao colo e saíram de casa.

Amei-te Sem Te ConhecerOnde histórias criam vida. Descubra agora