Cap. 12

72 11 9
                                    

Depois de colocar Madalena para dormir conversámos um pouco sobre trivialidades.

- Vamos dormir.   Amanhã preciso levantar cedo para viajar.

- Vais sózinha?

- Vou com o João,  um colega que vai defender a causa comigo.  Vamos no carro dele.

Aquilo já não me agradou, mas quem era eu para opinar sobre o assunto.

- Boa noite, Ju.

- Boa noite.

Deitei-me mas o sono tardava em chegar.  Sabê-lo ali ao lado deixava-me desconfortável.  Levantei-me e fui beber um copo de àgua.

Por baixo da porta dele reparei que a luz estava acesa.  Voltei da cozinha e bati.

- Entra.
Entrei e, visão dos deuses.  Ele estava apenas de sunga sobre a cama mexendo no telemóvel.

Deitei-me ao lado dele e ele logo o pousou na mesinha entrando nos lençóis.

- Estás com medo de dormir sózinha?

- Quem disse que eu quero dormir?

Rodolffo afastou o cabelo dela e começou por lhe beijar os lábios.  Ao vê-la entregue avançou ao longo do corpo, arrancando-lhe diversos gemidos.

Juliette agarrava o cabelo dele movimentando o corpo afim de aprofundar as sensações que a lingua dele provocava por onde passava.

Quando atingiu o primeiro orgasmo,  alternou a posição com ele.  Era a hora dele experimentar todas as sensações de um oral.

Quando viu que ele estava prestes a gozar, subiu nele e encaixou no seu sexo.
Gozaram, desta vez em simultâneo e ela deixou cair o corpo sobre ele.  Rodolffo rodeou-a num abraço até se desconectarem e caírem cada um para seu lado.

Juliette deitou a cabeça no peito dele, colocou uma das pernas sobre as dele e assim ficou em silêncio.

Tal como da primeira vez, foi incrível, pensou para si.

- Um beijinho pelos teus pensamentos,  disse Rodolffo.

- Só estou saboreando o momento.

- Foi bom?

- Ah, ah.  Foi fantástico.

- Então,  qual é o teu receio?

- Coisas minhas.

- Conta-me.

- Hoje não quero.  Deixa-me viver este momento.

- Este momento pode repetir-se para a vida toda.  É só estarmos predispostos a que tal aconteça.

- Um dia de cada vez, disse ela.

Rodolffo bem tentava, mas sentia um bloqueio da parte dela.  No entanto o facto dela o procurar já era um passo em frente.  Resolveu não questionar mais e por fim adormeceram.

Juliette foi a primeira a acordar.  Tomou banho e foi preparar o café.  Rodolffo chegou logo depois à cozinha.  Abraçou-a por trás e deu-lhe um beijo de bom dia.

Ela desenvencilhou-se de abraço e sentou-se para comer.  Ele sentou-se também só com uma chávena de café na frente.

- Não comes?

- Como depois com a Madalena.  Voltas quando,  Ju?

- O julgamento é segunda de manhã.   Se der voltamos à tarde, mas vamos chegar bastante tarde.  O mais certo é voltarmos na terça.

- O teu colega é casado?

- Não.  Porquê?

- Nada.  Só curiosidade mesmo.

- Sem ciúmes Rodolffo.  O que aconteceu ontem não te dá esse direito.

- Ciúmes a gente tem e pronto.  Até de amigos.

- Tá.  Sem drama.

Nesse momento ouviram uma buzina.

- O João chegou.  Vou dar um beijo na Madalena.

Juliette subiu e desceu logo de seguida com a mala.

- Queres ajuda?

- Não é preciso.  Tchau.  Juliette deu-lhe um selinho e saiu.

Rodolffo levantou-se e espreitou pela janela a tempo de ver Juliette e João a cumprimentarem-se com um abraço.

Ficou a vê-los partir e a raiva foi crescendo dentro dele.

Acalmou quando ouviu Madalena chamar pela mãe.

Subiu ao quarto da menina e ajudou-a na sua higiene.  Por desceram os dois  e foram tomar café.

Amei-te Sem Te ConhecerOnde histórias criam vida. Descubra agora