7

20 3 0
                                    

POV LILI

Camila ainda estava na minha casa, pedi que me levasse até a casa de Cole para eu falar com ele, então estávamos no carro. 

- Você vai falar pra ele o por que não apareceu no encontro? - Cami perguntou quebrando o silêncio.

- Não, eu não quero que ele saiba da doença, nós mal nos conhecemos. - Falei friamente. 

- Mas se quiser ter algo com ele precisa falar. 

- Eu sei mas, eu, eu não posso, quando a pessoa está doente ela deixa de ser uma pessoa e passa ser apenas uma doença, eu não quero isso, e não quero que ele saiba. E você não vai contar.

Assim que cheguei na casa de Cole, pedi para que Cami fosse comigo. Bati na porta e ninguém atendeu, bati novamente e nada, quando estava quase desistindo Cole abre a porta.

POV COLE

Acordei com uma enorme dor de cabeça, a única coisa que pensava era no bolo que Lili havia me dado, e que agora eu só queria esquecer que a conhecia, nem para ela falar que não queria nada comigo. Senti um peso em meu peito, era a garota que eu havia conhecido no bar acho que é Donna o nome.

Começam a bater na porta freneticamente e então me levanto e abro dando de cara com quem eu menos queria ver agora. 

- O que ta fazendo aqui? - Perguntei rude.

- Cole? O que houve? - Ela me perguntou, ela ainda se faz de sonsa.

- Não se faz de sonsa Lili, você sabe muito bem porque eu to assim. 

- O que? Eu... - Antes dela ela é interrompida.

- Bom dia querido, ou tem visita? desculpe. - Donna falou me abraçando de lado, ela usava minha camiseta.

- O que.. que. quem é ela? Você não disse que não iríamos ficar com outras pessoas? - Lili falou com olhos lacrimejando.

- Foi você que me abandonou no restaurante, nem me mandou uma mensagem e depois vem aqui e ainda se faz de idiota, você é covarde não conseguiu falar na minha cara que não queria nada comigo, e me deu um bolo, não se importa com ninguém além de si mesma é uma egoísta. - Falei com raiva clara em minha voz.

Ela da um tapa na minha face e me olha com fúria. E simplesmente saiu.

POV LILI

O jeito que ele me olhou, me olhou com nojo com desprezo, eu não tirava a cena daquela menina com sua camiseta o abraçando, e as palavras cruéis que ele falou para mim. 

Cheguei no carro com Cami aos prantos, ela perguntou se eu queria conversar mas eu apenas chorava, eu amava Cole, sim amava, iria falar isso pra ele ontem mas não tive a chance, eu chorava de soluçar.

Cami me deixou em casa e ficou comigo até eu adormecer.

...

Hoje já era sábado, acordei com olhos inchados e nariz vermelho por passar a noite chorando, Cami não estava mais comigo, deve ter ido pra casa, decidi chamar Kj e falar pra ele sobre a doença, ele precisa saber, além que percebeu meu sumiço recentemente. 

- Oi loiraa. - Kj me abraçou.

- Oi Kj. - Falei desanimada.

- O que houve? Não parece bem. - Ele falou preocupado.

- Muita coisa. - Falei já começando a chorar.

- Ei, calma, me conta, foi com o Cole? 

- Não, sim, na verdade também.

- Eu sou todo ouvidos. 

Contei tudo para Kj, ele parecia em choque. 

- Você ta doente? - Kj perguntou abalado. - Não, não pode ser. - Ele levantou. - Cadê a câmera? É pegadinha né, de mal gosto. 

- Não Kj, não é. 

- Não pode ser, não Lili, não - Kj disse me abraçando e chorando.

Depois de um tempo com Kj, ele foi pra casa, ele precisava de um tempo para digerir tudo, contei do Cole para Kj e ele disse que ia conversar com ele mas, falei pra ele não se meter porque eram amigos e eu não queria estragar.

- Filha. - Minha mãe entrou no meu quarto. - Temos que ir pro hospital.

- Ta bem mãe. - Falei.

Eu teria minha primeira consulta com o oncologista, o cardiologista e um monte de outros ista que não sei nem pronunciar. 

Depois de sairmos do hospital, eu já havia marcado as sessões que precisaria de quimio, e pego as receitas dos remédios, que eram mais de 7 ou 10, os médicos me informaram que a minha respiração e fôlego piorariam com o tempo, então me deram um cateter nasal para utilizar mais para frente, eu estava me sentindo sufocada cada vez mais. 

Cheguei em casa e simplesmente desmaiei na cama. 

POV COLE

Depois que Lili saiu, eu me senti um idiota, nem deixei ela falar, não a dei oportunidade, percebi meu erro e agora me arrependo cruelmente. 

Mandei Donna embora de minha casa e logo fui em direção a da Lili.

Toquei a campainha e logo a mãe de Lili abriu.

- Ah, Oi Cole. 

- Oi senhorita Reinhart, eu preciso falar com a Lili.

- Acho que ela não quer falar com você agora Cole.

- Quem é mãe? - Lili aparece atrás coçando os olhos inchado e nariz vermelho, me deu um aperto a ver assim. - O que faz aqui? 

- Preciso conversar com você. - Ela e eu fomos para a pequena varanda na frente de sua casa.

- O que foi? - Ela pergunta.

- Olha, eu fui um filho da puta ta? Me desculpa, me desculpa, desculpa, eu sinto muito mesmo, eu, eu, simplesmente não estava pensando eu estava possesso de raiva, eu tenho esse problema e quis fazer você sofrer como eu sofri quando me deu um bolo, me desculpa Lili por favor.

- Cole, olha, não é a melhor hora ta? - Lili falou ameaçando sair.

- Por favor, me desculpa não ter te ouvido, me desculpa ter falado aquelas coisas, ter bebido e ficado com a Donna, me desculpa por favor.

- Eu tenho que ir. - Ela falou e logo se virou indo em direção a porta.

- Eu te amo. - Assim que falei aquelas palavras ela parou. - Eu te amo Lili Pauline Reinhart. 

Ela se virou na minha direção e se aproximou.

- Você não pode, não pode, falar aquelas coisas, me magoar do jeito que ninguém nunca magoou, e depois aparecer na minha casa e falar que me ama, não pode, não é assim que funciona as coisa Cole. - Ela falou já chorando.

- Eu sei me desculpa.

- Que droga. - Ela falou e logo me beijou, um beijo intenso cheio de amor e paixão.

Amoung Us, Beyong The StarsOnde histórias criam vida. Descubra agora