𝐎 𝐟𝐮𝐭𝐮𝐫𝐨 𝐬𝐞 𝐦𝐚𝐧𝐭𝐞𝐦 𝐢𝐧𝐜𝐞𝐫𝐭𝐨

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"𝐎 𝐟𝐮𝐭𝐮𝐫𝐨 𝐬𝐞 𝐦𝐚𝐧𝐭𝐞𝐦 𝐢𝐧𝐜𝐞𝐫𝐭𝐨"

— Você tem dois dias para terminar isso que chama de relacionamento. — ele afirma enquanto pega em meu braço. — Você tem noção da vergonha que isso é?

— Não vejo vergonha alguma. — me solto bruscamente. — E eu não vou terminar porque você quer.

— Não vai?

— Não.

— Certo. — ele me encarou profundamente e meu coração se encheu de dúvidas. — Então eu vou ter que acabar com isso.

Não falo nada, meu irmão também não. Meu pai apenas sai do quarto, com as mãos quase tremendo de ódio e ansioso para fazer algo.

O futuro é incerto.

— S/n... — Draco se aproxima de mim, mas eu sequer olho em seu rosto. — Eu sinto muito.

— Sai daqui, Draco.

— Mas você não pode me culpar assim! — ele bate na mesa, já está ficando com o rosto vermelho. — Eu tava com raiva!

— Eu nunca me meti na sua vida assim! — exclamei. — Mesmo você sendo um escroto!

— Você era igual à mim! Não se esqueça disso!

Senti meus lábios tremerem e meu coração palpitar. Por mais que eu tente mudar a cada dia, não posso negar minha essência.

— Melhor sair.

Ele põe as mãos para o alto em redenção e em seguida sai do quarto. Chuto a coisa mais próxima que vejo e me sento em frente à porta.

Meu pai nunca poderia saber disso.

Fico cerca de dez minutos na mesma posição, até que decido lavar o rosto e sair como se nada tivesse acontecido.

Andando para a direção da porta, escuto passos se aproximando por trás da parede que vira ao corredor. Por um segundo, me enchi de alegria achando que seria Fred com mais uma de suas surpresas.

Mas não, vejo Riddle se dirigindo até mim.

— Olá. — ele sorri de canto.

— Oi, Tom. — falo com a voz arrastada.

— Não está feliz em me ver?

— Eu só... Só estava esperando outra pessoa.

— Como foi com o seu pai?

— Como... Você o viu? — ele assentiu, e eu coloquei a mão no rosto. — Draco já planejava isso há um tempo, não é?

— Talvez.

— Quando vai me dar respostas inteiras?

— Quando você aprender a interpretar as meias, talvez.

— Entendi. — passei a mão no cabelo, e já me posicionei de volta à saída. — Eu vou indo lá, depois... — ele pega em meu braço, e eu me viro para sua direção.

— Você admitiu?

— Sim. — engoli em seco.

— Eu posso te ajudar, não precisa ficar assim.

— Eu não quero ajuda. — tento seguir com os meus passos, porém ele continua prendendo meu braço.

— Você prefere ser deserdada e separada do seu namorado então?

— Não estamos namorando. — sussurrei. — Mas se eu precisar de algo, eu mesma me encarrego de pensar sozinha.

Me solto do braço dele e sigo meu caminho novamente. Nem olhei para sua expressão, decidi não tocar mais nesse assunto.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐨𝐫 𝐑𝐞𝐝 | 𝐅𝐫𝐞𝐝 𝐖𝐞𝐚𝐬𝐥𝐞𝐲 Onde histórias criam vida. Descubra agora