𝐂𝐨𝐧𝐟𝐢𝐨

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"𝐂𝐨𝐧𝐟𝐢𝐨"

— Mas por que eu faria um voto perpétuo... — abaixo meu tom de voz, começo a falar em um sussurro. — Com você? Logo com você?

— Pensei que confiasse em mim depois de todo esse tempo.

— Claro que eu confio. Por isso... Por isso eu preciso de um tempo pra pensar. Acho que podemos fazer um bom acordo sem um voto perpétuo, não acha?

— Da maneira que preferir. — ele cola seu corpo no meu. — Só quero que confie em mim como eu confio em você.

— Pode deixar. — me afasto bruscamente, e saio andando sem olhar para trás.

Porém, ele insiste em me chamar novamente. Não sei o que fiz para merecer isso.
Na verdade, sei sim.

— Ia embora sem se despedir? Quero te levar para um lugar. — volto para perto dele.

— Eu não vou à lugar algum com você, muito menos nessa hora. Aliás, não sei nem o porquê de estar aqui perdendo tempo na comunal. Você é monitor, devia estar rondando o castelo.

— Faça o que quiser então.

Subo às escadas novamente para ir ao meu dormitório. Quando dou uma última espiada para baixo, Riddle já havia sumido.

Deito em minha cama novamente, e penso em como a ideia de Tom é boa — tentadora, digamos assim — eu podia ter negado quando meu pai me perguntou se eu estava com Fred, mas me sentiria mal em ter que mentir. Afinal, uma hora ou outra ele terá que aceitar isso.

Mas não sei o que está acontecendo, pode ser que aquela seja a melhor saída.

Durmo novamente, não sei o que fazer quando chegar amanhã, mas sei que não posso resolver nada hoje.

(...)

Passei uma boa parte do meu dia com Fred e George hoje, e passei a outra parte com as meninas. Não contei ao Fred sobre meu pai, e não contei a ninguém sobre o que Riddle me propôs.

Só sei que preciso agir rápido, sem ninguém precisar saber disso.

Riddle sempre foi enigmático. Sempre foi alguém de meias palavras, que entre o claro e o subtendido, sempre preferiu o subtendido.

Algumas pessoas — muitas pessoas — têm medo dele. Afinal, ele é filho do lorde.

Apesar de sempre me importar com supremacia, nunca me importei com o lorde ou ser uma comensal. Meu irmão sempre foi assíduo nessas coisas, e já falou que pretende fazer a marca.

— Já está aqui esperando? — Riddle me tirou dos meus pensamentos e me pregou um susto.

— Pelo visto sim.

Ele está com um lampião em mãos, típico acessório de monitor, e faz com que eu o siga.

Passamos por todos aqueles corredores de Hogwarts, o castelo fica sombrio como nunca quando está escuro.

Aquelas sombras, aquele silêncio e a sensação de que a qualquer hora pode acontecer algo. Paredes escuras, quadros que podem estar lhe vigiando e o vento gelado batendo em seu rosto.

Tudo ficava um pouco mais macabro com a presença do Tom.

Ele usou uma passagem secreta e me guiou até um local de pedrarias. O local conseguia ser mais macabro que Hogwarts à noite, era frio como se mil fantasmas estivessem nos rodeando.

Ele largou o lampião no chão, a luz estava fraca, mas era o suficiente para ver todo o local.

— Pensou no que eu disse? — apenas assenti. — Está preparada? — assenti novamente.

Fui eu que comecei com isso. Sou eu que vou terminar com isto.

Ergui minhas mangas e levantei meu braço de encontro ao dele. Demos os braços, e o mesmo pegou a varinha — murmurando todo o nosso combinado, e enfim concretizando nosso voto perpétuo.

Algo com força me empurrou para longe, e eu bati a cabeça

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Algo com força me empurrou para longe, e eu bati a cabeça.

— Tom... Acho que não foi uma boa ideia ter feito isso...

— Agora você acha isso?

Ele estava muito diferente do seu habitual. Seu sorriso parecia mais frio, e seu olhar estava verdadeiramente de um psicopata.

— Por que me olha assim?

— Eu esperei por muito tempo para fazer horcruxes como meu pai. — ele começa a manusear a varinha, e aponta na minha direção. — Talvez você não soubesse o que jurou no voto perpétuo.

— Eu não sei o que jurei? — ele assentiu.

— Estava tão perdida em seus pensamentos, que não sabe ter jurado que aceitaria ser minha horcrux.

Horcrux... Eu serei obrigada a dar minha alma para Tom? Ele terá que me matar?

Nunca deveria ter aceitado aquilo.

Nunca.

Ele riu das lágrimas que rolavam pela minha bochecha, e colocou a varinha no meu pescoço.

— Tom, não... — tarde demais, ele começou a murmurar palavras esquisitas.

NÃO!

— O que foi? — perguntou Fred, me sacudindo enquanto estava deitado ao meu lado. — Por que gritou assim? Você atrapalhou meu sono!

— Era um pesadelo? — me sentei na cama e abracei meus joelhos.

— Não sei o que você estava sonhando, mas posso te garantir que sim.

— Eu acordei bem antes que ele, e sim, era um pesadelo! — George gritou da cama dele.

— Por que você falava o nome do Riddle? — Lino perguntou, parecendo que fazia um esforço para pegar no sono novamente.

— Por nada.

Minha vergonha é imediata. Fred parece se questionar mentalmente, porém se deita ao meu lado e não faz perguntas alguma. O abraço até pegar no sono novamente.

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Tava 10 dias sem atualizar, escrevi tudo agora 🙆🏼‍♀️

𝙿𝚘𝚛 𝚏𝚊𝚟𝚘𝚛, 𝚟𝚘𝚝𝚎𝚖 𝚎 𝚌𝚘𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎𝚖 𝚖𝚞𝚒𝚝𝚘!!💞

Mᥲᥣ fᥱιto, fᥱιto! 🪄

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐨𝐫 𝐑𝐞𝐝 | 𝐅𝐫𝐞𝐝 𝐖𝐞𝐚𝐬𝐥𝐞𝐲 Onde histórias criam vida. Descubra agora