— Que falta de privacidade é essa? — Gui Weasley chegou no quarto, puxando a carta com um feitiço. — Sei que se os gêmeos estivessem aqui e chegasse uma carta pra alguém, eles seriam os primeiros a estarem abrindo junto com a Gina. — ele levantou as sobrancelhas. — Mas também não posso apoiar ler a carta que a namorada do Fred quando ele está ausente.
— Gui... Primeiro: o que você tá fazendo aqui? — Gina perguntou, confusa, e Rony parecia perguntar a si próprio o mesmo.
— Vim visitar vocês! Visita surpresa, não posso? — ele sorriu.
Gina sacudiu a cabeça negativamente, riu, e foi correndo abraçar o irmão mais velho. Rony sorriu e fez o mesmo.
— Só não se assusta mais a gente assim. — Rony riu.
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Há algumas horas agradeci Louis pelo favor, mas permaneço apreensiva. Fred ainda não respondeu a carta, será que as minhas palavras ainda não o convenceram?
— Mattheo. — chamei o garoto, que fumava do lado de fora.
— Eu!
— Você não tem curiosidade pra saber como vai a procura por nós? — falei chegando ao quintal.
— Tanto tempo que você não fala disso. — ele pareceu desconfiado. — Por que veio com esse assunto tão de repente?
— Eu... Só estava pensando muito, só isso.
— Ah, tá.
— Não respondeu minha pergunta. — insisti. — Sabe que eu não paro de perguntar até você responder, não é?
— Você fala como se eu não te conhecesse. — ele sorriu, ironicamente. — Não, não tenho curiosidade nenhuma.
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Pititinho, a coruja de estimação que Rony ganhara de Sírius Black em seu terceiro ano, levou a carta para o apartamento dos gêmeos. Porém, a coruja deixou a carta em cima da cama, já que não tinha nenhum dos dois em casa — ambos já tinham ido procurar a Malfoy.
Eles estavam procurando lugares mais óbvios primeiro, apenas para um desencargo de consciência. Talvez ele estivesse com medo de não encontrá-la, mas, de encontrá-la ao mesmo tempo. Medo de que a garota esteja melhor sem ele, que tenha fugido por escolha própria, que esteja apaixonada por Mattheo.
Ou pior, que algo ruim tenha acontecido; ou que Mattheo tenha lhe dado uma poção do amor ou algo do tipo, já que não sabe até onde o garoto é capaz.
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(...)
Draco está cada vez mais arrependido, ter feito a marca não foi nada que ele pensou que fosse. O loiro se sentia acabado, se remoendo o tempo inteiro com a situação em que se encontrava.
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— Estou preocupado, Narcissa. Nosso filho, nosso menino... — Lucius colocava sua mão na testa, e Narcissa apenas chorava em cima da mesa. — E nossa filha perdida...
— A guerra está próxima! — era difícil a mulher se manter calma, apenas coisas ruins aconteciam. — Eu não sei o que Voldemort pode fazer com eles! E se ele fizer algo errado? Se ela reaparecer? Lucius! Nós vamos perder nossos dois filhos! — suas lágrimas caíram ainda mais fortes.
— Eu estava sendo duro demais com ele nesses últimos tempos, eu... Queria... Queria que ele ficasse mais forte, ao menos... Mas...
— Lucius, não tem o que reclamar. Pelo menos não mais... — ela enxugou as lágrimas. — Pegue aquela profecia, resolva as coisas com o Lorde e salve nossos filhos! Nossa família!
— Eu vou fazer o possível. — ele suspirou. — Os detetives ainda não acharam sinal deles... O lugar onde eles estão deve estar cheio de feitiços de proteção...
Ela olhou para o marido, desesperançosa, e ele não pôde fazer nada ao invés de retribuir o olhar.
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Voltando até o apartamento, Fred e George, tão desgastados por não terem achado sinal algum, acabaram limitando-se a dormir e já imaginando como será abrir a loja daqui a uns dias.
— Queria que ela estivesse aqui na inauguração. — Fred comentou, porém George já estava dormindo na cama ao lado.
Fred sentiu algo o incomodando na cama, e puxou em suas mãos a carta que recebeu.
Ele leu todos os detalhes da carta, não deixou escapar nada; suas mãos tremiam e seus olhos se mantinham fixas naquelas linhas de tinta.
— George! — ele voltou a falar, chamando o irmão. — Acorda!
