𝐔𝐦 𝐪𝐮𝐚𝐫𝐭𝐨

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"𝐔𝐦 𝐪𝐮𝐚𝐫𝐭𝐨"

— Mattheo, por quanto tempo você pretende ficar aqui? — perguntei, agora olhando para o teto.

— Não vamos mais ir embora. — ele olhou para mim como se estivesse falando algo óbvio.

Como assim não vamos embora? Ele acha que eu simplesmente não tenho uma vida além de fugas e mais fugas?

• • •

— Ela não responde minha carta. — deitado em minha cama, apenas observo as estrelas pela janela.

— É a quinta vez que você diz isso. — George rebateu, com uma certa impaciência. — Ela deve estar ocupada, às vezes nem viu.

— Não sei não. Com o que ela ficaria ocupada por tanto tempo assim?

— Às vezes ela foi viajar com a família.

— Sem avisar? — eu bufei. — Ela me mandaria uma carta avisando.

— E se foi uma viagem surpresa? Sabe que os Malfoy's são cheios de palhaçadas.

— Viagem surpresa? Mas também não teria motivos.

— Poderia estar na correria.

— George, isso não faz sentido nenhum.

— Fred. — seu semblante sério virou um sorriso de canto, como se quisesse falar algo que estava entalado. — Você está todo apaixonado por ela, não é verdade?

— Você agora deu pra ficar me zoando com isso, não é? — joguei uma almofada nele.

— Eu acho engraçado, não imaginava você apaixonado assim. — ele riu. — Se ainda fosse eu me apaixonando... Mas você.

— Minha mulher, tenho que ser apaixonado. Se eu não for, quem vai ser?

• • •

— Eu sou apaixonado por você, não entende? — Mattheo disse após uma discussão sobre permanecer ou ficar. — Mas está tudo bem, já entendi que não posso forçar você.

— Até porque me trazer pra cá não é uma forma muito louca de nos reaproximar?

— Não. — ele apoiou suas mãos no meu ombro. — Nisso você tem que acreditar em mim, realmente corríamos um grande perigo... Ou melhor, corremos um grande perigo.

— Ok... Mattheo, já está tarde. — eu me distanciei dele. — Eu vou... Vou dormir.

— Só tem um quarto. — ele está andando atrás de mim, mas tenho certeza que deu aquele sorriso sacana.

— Só um quarto? — perguntei sorrindo, me virando para ele.

— Exato.

Peguei na mão dele e continuamos andando para o quarto, lá havia apenas uma cama.

— Só tem uma cama também? — sorri.

— Sim. — ele me abraçou por trás, beijando meu pescoço.

— Certo. — me afastei mais uma vez, e olhei para o rosto dele. —  Então você dorme no sofá. — o empurrei levemente, e fechei a porta do quarto. 

Ele olhou para mim com a cara nada boa, mas eu já expliquei várias vezes que não vou me envolver com ele novamente; não tenho culpa dele não compreender isso.

Vesti meu pijama e me deitei na cama.

• • •

— Algum sinal dela, mãe? — Draco chegou na sala, perguntando isso a Narcissa.

— Ainda não, filho. — as pernas da mulher tremiam incessantemente.

— Isso é um absurdo. — Voldemort advertiu, parecendo mais estressado do que nunca com Lucius. — Sabe que terá mais uma punição por isso, não sabe?

— Lorde... — Lucius começou a falar, mas Voldemort logo fez um sinal para que ele ficasse quieto. — Draco, como estão os treinos com a Bellatrix?

— Estou indo bem, cada vez melhor.

— Logo logo sua marca poderá ser feita, sabe disso, não é?

A troca de olhares entre Lucius e Narcissa foi intensa, o sorriso sádico de Voldemort apareceu no mesmo momento.

• • •

(...)

— Se passaram dois dias, ela ainda não respondeu. — sussurrei apenas para George ouvir assim que me sentei na mesa do café. — Você não pode negar que isso tá esquisito.

— Dessa vez eu tenho que concordar. Mas e aí, qual é o plano?

— Será que não é uma boa ideia espiarmos a mansão?

— Espiar o quê? — parece que minha mãe ouviu a conversa. — O que vocês estão aprontando?

— Vamos espiar nossa nova casa, era isso, mamãe. — George se apressou.

— Por que precisariam espiar a casa que vocês vão morar?

— Queremos ver se a casa é boa o suficiente. — eu respondi. — Mas uma coisa é o que mostram pra gente, outra coisa é o que vimos por conta própria.

— Entendi... — ela pareceu levemente preocupada com a nossa saúde mental.

Isso significa que é mais um dia normal na toca.

Quando terminamos o café, nos arrumamos e aparatamos para os arredores. Lá estava movimentado como sempre, e eu acabei tendo uma mini crise existencial sobre provavelmente nunca poder entrar na casa dela.

Ainda bem que uma vez ela me instruiu de como chegar, se não ficaríamos perdidos no meio dessas mansões.

Eu e George ficamos cerca de meia hora esperando um movimento, até que vimos sua mãe e seu irmão saindo pelo jardim.

Eles pareciam estar angustiados com algo, logo depois seu pai chegou também.

— George... Me passa a orelha. — ele me passou a nossa orelha, capaz de ouvir coisas a longa distância.

— Mas onde esses dois se meteram? — Lucius perguntou, e ninguém parecia ter ideia de nada.

— O Mattheo sempre deu um jeito pra tudo, tenho certeza que o lugar foi ideia dele.

Meu coração acelerou, ela fugiu com o Mattheo?

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𝙿𝚘𝚛 𝚏𝚊𝚟𝚘𝚛, 𝚟𝚘𝚝𝚎𝚖 𝚎 𝚌𝚘𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎𝚖 𝚖𝚞𝚒𝚝𝚘!!💞

Mᥲᥣ fᥱιto, fᥱιto! 🪄

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐨𝐫 𝐑𝐞𝐝 | 𝐅𝐫𝐞𝐝 𝐖𝐞𝐚𝐬𝐥𝐞𝐲 Onde histórias criam vida. Descubra agora