𝐕𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨𝐧𝐝𝐞?

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"𝐕𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨𝐧𝐝𝐞?"

Passaram-se uns dias desde a minha volta. O lorde marcou um encontro para hoje, e eu não estou nem um pouco ansiosa para este momento. Decidi que tiraria o dia inteiro com Fred hoje, era ótimo aproveitar meu tempo com ele sem preocupações. Preciso achar Louis também, aquele menino é precioso demais.

Quando desci as escadas de minha casa, me deparei com ela lá. Delphini Riddle na minha casa novamente. Já havia escutado seu riso histérico e sua voz alta e acordei, mas preferia acreditar que era um pesadelo.

— Sai daqui. — falei entre dentes.

— Não vou, estou aqui com meu irmão! — ela cruzou os braços, praga de menina sonsa.

— Não me importo com você e nem com seu irmão, mas o que já conversamos sobre eu me deparar com você na minha sala quando estou preparada para ter um dia bom?

— Meninas, o que está acontecendo? — minha mãe perguntou, saindo da cozinha.

Olhei furiosa para ela, mas decidi deixar isso quieto e seguir meu caminho. Ela se veria comigo, não precisava ser agora.

— Mãe, vou no meu namorado.

Ela exprimiu os lábios e não soube como reagir no momento, apenas assentiu com a expressão ainda levemente surpresa. Ela não comentou nada sobre isso ainda desde o momento em que eu contei, talvez não tenha encontrado palavras ainda para dissertar sobre tamanha decepção que tivera como genro.

Não olhei para o rosto da Riddle, sequer valia a pena. Durante o caminho todo fiquei pensando no que me aguardava com a reunião de hoje, com certeza ele me forçaria a fazer a marca negra. Isso era terrível, mas pelo menos não era o pior que se poderia fazer.

Ao chegar no apartamento dos gêmeos (afinal, hoje a loja não abre) fui recebida pelo ruivo que usava uma camisa branca e um short de dormir, pelo seu cabelo bagunçado e rosto sonolento, com certeza acabara de acordar.

— Minha linda. — ele afagou suas mãos em meu cabelo assim que me abraçou. — Esse momento está muito fofo e tudo mais, mas como você invadiu meu apartamento?

— Bobo, não invadi nada. — ri. — Mas não vou contar como entrei!

— Ah, você vai!

— Bom dia, casal! — George entrou na cozinha. — Nessa hora?

— Nessa hora? — exclamei. — Já são quase uma hora da tarde, vocês são preguiçosos demais.

Ele se olharam com os braços cruzados, e tornaram a olhar para mim.

— Sabemos que a princesa gosta de acordar até mais tarde do que isso.

— Só não realiza tanto por causa de Hogwarts.

— Acordei cedo hoje.

Eles se olharam novamente.

— O que te fez pular da cama? — Fred em seguida murmurou algo para George, algo que não entendi.

— Nada.

Eles deram de ombros e desapataram na minha frente. Desde que obtiveram permissão para usar magia fora do colégio, usam e abusam disso.

— As crianças podem me falar onde estão?

— Quarto! — ouvi George gritar do outro lado, abafado apenas por uma porta fina.

— Viemos trocar de roupa!

— Quer sair hoje?

— Vamos para um lugar especial! E George, por que você a convidou se não vai?

— Quem disse que não vou?

— Eu!

— E eu fico aqui sozinho?

— CALEM A BOCA! — gritei, rindo apesar da impaciência. — Mas vamos ficar fora até que horas? O lorde quer falar comigo.

Não houveram respostas e nem exclamações para isso. Pelo menos não até aquele momento. Em passos vagarosos, Fred chegou em minha direção; ainda estava com a blusa branca, apesar de estar com uma calça agora e os cabelos arrumados.

— Conversa com o você-sabe-quem?

— É. — murmurei. — Mas vai dar certo, essa conversa é para apaziguar as coisas. — sussurrei.

— Não sei se gosto dessa ideia. — ele passou os dedos pelo cabelo e se olhou no espelho, com o a testa franzida. — E por que só me contou agora?

— Eu apenas não tive outras oportunidades para falar sobre isso, estávamos tão felizes e vencendo a saudade que não queria estragar. Fora que, tudo era muito incerto ainda.

— Independente de ser certeza ou incerteza, eu deveria ser o primeiro a saber, não?

— Está sendo egoísta. — cruzei os braços. — Você sempre foi o primeiro a saber de tudo!

— Mas não desta vez.

— Ok, Fred. — descruzei os braços e me limitei a abaixar a cabeça, olhando para o chão.

— Tem mais alguma coisa que queira me contar? — ele voltou para perto de mim, segurando meus ombros de cada lado com suas duas mãos.

Sim. Draco é um comensal que está sendo treinado pela nossa tia para matar Dumbledore, muito provavelmente me tornarei uma comensal hoje também e terei que matar o diretor junto com ele.

— Não.

— Tem certeza? — ele olhou nos meus olhos.

— Tenho... Eu só preciso de tempo para me acostumar com isso tudo, acho que todos nós. Não é muito normal ficar umas semanas sequestradas e voltar dessa maneira, fora que daqui a pouco teremos de ir para Hogwarts outra vez, eu e meu irmão.

— Só não quero que esconda nada de mim, foda-se se as coisas estão complicadas ou não.

— Você não confia em mim?

Ele colocou o dedo no meu nariz, como se fosse uma bolinha, e enfim respondeu:

— Claro que confio, encrenqueira. Assunto encerrado agora, está bem? — assenti.

— Vamos para onde? — perguntei dando um selinho nele.

— Surpresa. — ele me beijou enquanto segurava minha cintura. — Mas, uma dica: é o lugar que você menos imagina.

— Difícil, você sempre me surpreende. Fica impossível de saber o que eu menos posso imaginar com isto. — ri, e ele também.

— Sem ansiedade, você vai ver.

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𝙿𝚘𝚛 𝚏𝚊𝚟𝚘𝚛, 𝚟𝚘𝚝𝚎𝚖 𝚎 𝚌𝚘𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎𝚖 𝚖𝚞𝚒𝚝𝚘!!💞

Mᥲᥣ fᥱιto, fᥱιto! 🪄

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐨𝐫 𝐑𝐞𝐝 | 𝐅𝐫𝐞𝐝 𝐖𝐞𝐚𝐬𝐥𝐞𝐲 Onde histórias criam vida. Descubra agora