— Vou te mostrar mais da loja. — ele sorriu e me pegou pela mão, descendo as escadas comigo novamente. — Ainda não tem quase nada pronto, mas vou mostrar como estamos planejando.
— Tá... Ficando muito lindo, Fred! Tudo! — afirmei enquanto olhava para loja do lado de fora, após ele me apresentar cada detalhe.
(...)
Chegando na toca dos Weasleys, me surpreendi.
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Era uma casa altíssima e completamente desproporcional, parecendo ser sustentada apenas por magia. Se alguém da minha família me visse entrando nessa casa, teriam até um infarto.
— Não fique tímida, cunhada!
— Vamos entrar com você, e te apresentar devidamente!
— Não tô tímida... — sussurrei.
Fred pegou em minha mão, e nós três segundos até a entrada da casa. George abriu a porta, e minha primeira visão foi uma mulher baixa e de cabelos ruivos.
Ela estava virada de costas, preparando algo na cozinha usando um pouco... Na verdade, muita magia.
Observei com atenção os detalhes da casa rústica e todos os seus móveis. Os meninos olharam um para o outro, e pareceram
— O que ela faz aqui? — Ginny gritou enquanto descia as escadas.
De repente, a mulher ruiva se virou para mim enquanto a Weasley exclamava — sua expressão mostrava pura surpresa.
— Ela é minha namorada, Gina. — Fred colocou a mão em minha cintura. — Ela vai frequentar nossa casa, qual é o problema?
— Você ainda pergunta qual é o problema?
— Gina, o Fred tem razão. — George se aproximou.
— O que está acontecendo nessa casa? — Molly chegou até nós, estava com um avental de cozinha e as mãos na cintura, acompanhada de uma cara nada boa. — Você é a S/n Malfoy, certo? — ela olhou para mim, e eu assenti.
— Você sabe tudo que ela fez, mãe! Não pode deixar que ela fique aqui!
— Weasley, você não acha que tá se achando demais? — perguntei, me segurando para não voar no pescoço dela a qualquer instante.
— Eu tô na minha casa!
Ficamos bem perto uma da outra, mas Fred me puxou pela cintura enquanto George apertou o braço de Gina para se afastar.
— Parecem duas crianças. — Molly balançou a cabeça negativamente. — Gina, sobe. — ela arregalou os olhos. — George, sobe também. Não quero platéia nessa casa, muito menos num clima como esse.
Gina bufou e George levantou as mãos em rendição, após isso, só escutei a Weasley subindo as escadas com passos fortes.
— Sentem-se. — Molly apontou para o sofá e foi até a cozinha para pendurar o avental.
Eu e Fred olhamos um para o outro. Fred parecia estar... Com medo? Se eu não me engano, é a primeira vez que eu o vejo com medo de algo.
Ou melhor, de alguém.
— Fred, você tá com medo da sua mãe? — sussurrei enquanto acariciava sua mão, que tinha seus dedos entrelaçados com os meus.
— Claro que não! Vou ter medo da minha mãe, tá doida? — ele riu, mas seu riso se cessou no momento em que viu Molly se sentar à nossa frente. — Oi... Mãe.
— Me expliquem essa história, achei que não passava de uma brincadeira do Rony e da Gina... — ela pareceu pensar alto demais, enquanto colocava a mão na testa e em seguida focava novamente sua visão em nós. — Vocês estão namorando mesmo?
— Não tem o quê explicar, começamos a nos gostar e agora namoramos. — ele deu de ombros. — Não me importo com o que o Rony e a Gina vão pensar.
— Filho, o que levou...
— Não vai falar como se eu não estivesse aqui, certo? — interrompi, e Fred deu um aperto em minha mão.
— Não, querida. — ela suspirou. — Seus pais sabem? Eles sabem do relacionamento de vocês?
— Minha mãe sabe. — falei rápido.
— E o seu pai? — balancei a cabeça negativamente. — E se ele fizer algum mal ao Fred?
— Eu não vou deixar.
— Fred, você sabe que eu questiono sua escolha... — ela olhou para mim agora, mesmo que eu esteja me sentindo ofendida com a sua última frase. — Mas seja bem vinda à família. — ela estendeu os braços para me abraçar, e eu a abracei.
— Tá, mãe. Agora para de roubar minha namorada. — ele me puxou para perto dele.
— Já, Fred? — ri.
— Vou conversar com a Gina. — Molly subiu.
Sorri para Fred, espiei os arredores da casa e subi no colo dele. Suas mãos vieram diretamente para meu quadril e me posicionaram de uma maneira confortável.
— Sabe, eu adorei essa roupa. — eu sorri e ele me beijou, enquanto eu envolvia meus braços no pescoço dele.
Ouvimos a porta abrir, e rapidamente me separei do ruivo; apenas o abraçando normalmente.
— Cri... — ele parou de falar assim que me viu no sofá, abraçada em seu filho. — Oi! — riu, sem graça. — Tudo bom?
— Eu... Tô bem...
— E aí, pai! Essa é minha mulher.
— Fred! — sussurrei, sem graça, enquanto escondia meu rosto nas mãos.
Olhar para Arthur só me fez lembrar de quando ele deu um soco no rosto do meu pai no segundo ano.
Tenho a impressão de que ele lembra da mesma coisa quando olha para mim.
— Então vocês estão namorando mesmo...
— É a segunda vez que ouvimos isso hoje. — ri.
George desceu as escadas, parecendo murmurar algo — porém não consegui entender.
— Poxa, não acredito que perdi a cara do papai! — falou George, se sentando no sofá.
