capítulo vinte

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N/A: Chegamos ao antepenúltimo capítulo leitores!!! Obrigada por acompanharem até aqui. Devo informar-lhes que este é um capítulo longo que foi muito demorado de escrever, mas enfim. Espero que gostem.

Agora faltam só dois capítulos para vermos o desfecho dessa história e eu só tenho a agradecê-los.

Boa leitura!!!

Capítulo XX

Rodrigo point of view

Irene!!! - corri para socorrê-la e ao segurá-la senti seu corpo desfalecer em meus braços. Estava mais pálida do que nunca antes. Até seus lábios rosados por algum batom estavam opacos. Sem cor, sem vida. Aproximei meu rosto do seu e pude ouvir sua respiração, lenta, talvez fraca mas contínua. O que foi um alívio.
Rapidamente a coloquei sobre a cama. Os pensamentos estavam embaralhados em minha cabeça.

Eu não devia ter falado nada
Não devia
Foi num momento de raiva mas eu tinha que ter ficado quieto, era o melhor a se fazer

A verdade era que uma semana antes de achar aquela mulher que vagava pela estrada de forma misteriosa e arisca, eu ouvi em uma rádio qualquer algo sobre os La Selva, não me atentei ao noticiário mas escutei falarem de Irene La Selva, uma fugitiva, principal suspeita no assassinato da primeira mulher de seu marido e suspeita de ter tramado o acidente que matou o próprio filho. Mas não citaram os nomes de Daniel e Petra e o sensacionalismo do jornal era tanto que me deixou irritado a ponto de não dar credibilidade as notícias.

Quando a conheci, me apaixonei genuinamente, deixando de lado toda pouca ideia que tinha de seu passado obscuro.

Quanto mais íntimos ficávamos, quanto mais nos conhecíamos mais eu queria conhecê-la.
E quando ela disse sobre Daniel pela primeira vez eu soube que era verdade. A culpa em seu olhar era tão grande ao falar do garoto que imaginei que tivesse sido algum de acidente. Não era para ter sido ele, eu sentia isso. Uma parte do brilho de seus olhos morria toda vez que ela falava dele. Podia-se dizer que até quando pensava nele ela morria um pouco toda vez. Sua dor era aparente, quase tocável. Era uma dor de dentro mas não saia para fora, ela não deixava sair.

Quando conheci Petra eu realmente não fazia ideia de sua existência pois não vi nada sobre a agronoma. Imaginei que o único filho de Irene fosse o falecido e por isso nunca toquei no assunto
Eu queria que ela se sentisse confortável para me contar sobre aquela parte tão delicada de sua vida, e quando ela disse eu soube que não contara toda a verdade, mas eu não pretendia interferir, não até aquele fatídico dia.

Peguei o telefone e liguei para um dos médicos da família Belmonte. Não podia ser algo grave, não podia.
Um ataque, uma queda de pressão e só. Assim preferia pensar enquanto esperava o médico.

Me sentei ao seu lado e segurei uma de suas mãos, estava tão gelada que ao tocá-la senti um arrepio. Percebi que seu corpo transpirava, suava frio mas ela não se movia.

Desabotuei mais sua blusa na intenção de cessar os calafrios, saí pelo quarto abrindo todas as janelas tentando deixar o ambiente mais arejado.

Tentei acordá-la ou abaixar sua temperatura com panos úmidos mas foi uma tentativa falha.

Seu silêncio estava me deixando inqueito. A ideia de fazer mal a ela me deixava pior ainda.

Recomeço - 𝗧&𝗣 Onde histórias criam vida. Descubra agora