Capítulo 7: Povo de Baixo

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Nas masmorras, o ministro perambula pelos corredores lentamente, causando medo por todas as celas em que passava de frente

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Nas masmorras, o ministro perambula pelos corredores lentamente, causando medo por todas as celas em que passava de frente. Os prisioneiros se recolhiam para o canto e viravam o rosto ao sentirem a presença do homem.

O cenário é deplorável, o chão sujo e repleto de musgo, só tornava o lugar mais nojento. O cheiro de humidade e morfo tomava conta de cada centímetro daquela masmorra. Suas paredes e teto escorriam e gotejavam água que vinha de cima, já que ela se encontrava no subsolo. Era de fato um lugar triste e depressivo, e o pior é que nem todos que estavam lá mereciam esse destino.

Mas não os deixem enganar, por mais podre que fossem as masmorras, o lugar é extremamente protegido, repleto de guardas reais pelos seus corredores e na sua entrada, já que lá havia prisioneiros perigosos e outros que julgavam "importantes". Não tinha rota de fuga, só havia um único lugar para sair, e era justamente o portão de entrada, o único lugar que dava acesso as masmorras. Suas celas eram grifadas com runas, e impedia que aqueles que ali estavam presos, usassem algum tipo de magia.

Homens, mulheres, goblins, orcs e todo tipo de criatura entrava-se lá. Não tinha seleção, todos residiam no mesmo lugar, cada um em sua cela. Dos mais inofensivos seres, até os mais perigosos. A masmorra não é um lugar justo, todos tem medo de pararem lá, por isso seguem na linha. A elite usa isso como uma das formas de controle da capital, pois era um dos destinos mais temidos.

— SEU ESCROTO!! — grita um prisioneiro ao jogar restos de comida no quarto ministro. — vocês nos deixam passando fome! Quer que a gente apodreça aqui?!

Belial para ao lado da cela e olha para o prisioneiro de canto de olho, deixando-o intimidado no mesmo instante, o qual recua aos tropeços para trás, até esbarrar suas costas no fundo da cela.

— Guardas!

Ao falar, todos o guardas batem continência e sons de armaduras de metal soam quando todos ajustam suas posturas ao ouvir o chamado do ministro.

— Deem ele de comida para o Vórtex. Está na hora do lanche dele.

Três acatam as ordens e vão em direção a cela do homem, abrem rapidamente e o derrubam no chão para arrasta-lo pelo corredor imundo daquele lugar. O homem grita "não" várias vezes seguidas até sua voz sessar com a porta da masmorra se fechando.

— Mais algum? — diz o ministro insultando todos os outros prisioneiro. Eles se esgueiram ainda mais para os cantos das celas, ficando o mais distante que podem das grades.

O homem de capuz volta a andar pelos corredores até chegar de frente de uma cela. Ele se vira para ela e encara uma mulher deitada de costa para as grades. A meia luz das fracas tochas criam uma penumbra na metade da cela que permite vê-la abraçando suas pernas enquanto treme de fome.

— Tragam comida para ela! — Ordena o homem. — Por que deixaram ela chegar a esse estado? Seus inúteis!

Ele se aproxima da grade e se agacha segurando a barra com umas de suas mãos, e ao ouvir grunhidos de choro vindo da mulher, Belial inclina a cabeça e  desliza sua palma pela grade, repousando sobre um de seus joelhos, e com uma voz calma e tranquila, ele diz:

REX: A ORIGEMOnde histórias criam vida. Descubra agora