Capítulo 11: Fanático

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Era cedo da manhã, fazia poucas horas que o sol tinha nascido, e de pé no salão de treinamento, estava o encapuzado

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Era cedo da manhã, fazia poucas horas que o sol tinha nascido, e de pé no salão de treinamento, estava o encapuzado. A garota de cabelos escuros encontra-se logo a baixo do patamar em que o homem está, dando seu máximo em mais um dia de treino intenso. Seu suor pingava no chão enquanto era nítido o seu cansaço na respiração ofegante.

— POR QUE EU AINDA FAÇO ISSO! — Ela grita enfurecida após interromper seu treino.

— Para você ficar mais forte. — Com uma voz fluida e calma, Belial fala.

— FICAR FORTE? ATÉ QUANDO?

— Até você alcançar seu despertar.

— DESPERTAR? VOCÊ SEMPRE FALA ISSO! E ATÉ HOJE NUNCA ME DISSE O QUE ERA. — A morena bufa em ódio.

— É o poder máximo que um usuário pode alcançar.

— Poder! — Ela afirma ironicamente após abaixar seu tom de voz. — Você só me vê como uma arma.

— Está enganada! Sabe que me importo com você.

— ENGANADA? EU ESTOU AQUI DESDE QUANDO NASCI. DEZOITO ANOS PRESA NESSE LUGAR. TRATADA COMO LIXO. VIVENDO EM UMA CELA NOJENTA. E VOCÊ AINDA TEM A CORAGEM DE DIZER QUE SE IMPORTA COMIGO?

— Você sabe que por mim, você não estaria aqui. — O homem deixa escapar um ar preocupado em sua fala. — O rei...

— O rei! — Ela o interrompe. — Você sempre comeu na mão dele. Parece ter medo daquele merda. — A jovens profere suas falavas com uma feição de nojo indescritível. — Cinco anos atrás, quando você chegou, me prometeu que me tiraria daqui, mas nunca fez por onde cumprir com sua promessa.

— Desculpe, pequena!

— Não me chame de pequena! Não tenho mais treze anos.

Uma pausa se prolonga após sua fala, deixando um vazio interminável no encapuzado. A garota permanece o encarando com um olhar serrado até dá as costas para o patamar em que ele estava.

— Se eu pudesse fazer um desejo, Belial, pediria que tirasse pelo menos a minha mãe dessa merda de lugar.

O silêncio do salão é perturbado pelo ranger das grandes portas de madeira se abrindo atrás do encapuzado. O rei entra no recinto acompanhado de mais dois guardas reais e uma mulher acorrentada sendo puxada pelos dois homens.

— Ainda não voltou para a capital, alteza? — Belial se vira para o rei e o reverencia, mas logo sua feição muda em espanto ao notar quem os dois guardas carregavam.

— Vou te mostrar como motiva alguém. — De forma fria o rei o insulta com um olhar sarcástico e um sorriso mal intencionado. Se Belial acreditasse no diabo, diria que aquele elfo é o próprio mal personificado.

Ele agarra as correntes que prendia aquela mulher e a puxa sem nenhuma empatia, colocando-a com os joelhos no chão áspero e destrancando as amarras em seguida. A sujeira em sua pele, as cicatrizes em seu corpo e os poucos trapos que a cobriam, contavam histórias sobre todo o sofrimento da mulher. Sua feição deprimente carregava toda a angústia que sentia por ter que viver naquele lugar por anos.

REX: A ORIGEMOnde histórias criam vida. Descubra agora