Capítulo 8: Negociações

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O coração do garoto acelera ao ouvir o homem chamar por ele

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O coração do garoto acelera ao ouvir o homem chamar por ele. O medo deixa o jovem angustiado, ao notar que foi reconhecido pelo sujeito. E agora? O que eu faço? Se questiona repetidas vezes. Jack vai com sua mão em direção a adaga, sem que o homem perceba, mas Bhorur, nota os dedos trêmulos do garoto indo de encontro ao objeto pontiagudo. Ele divide seu olhar, repentinamente, entre o jovem e o guarda real, prevendo a merda que o garoto estava prestes a fazer.

— Ei garoto! — O homem o chama mais uma vez. — Me passa esse olho de ciclope.

— O-olho? — Jack da uma leve gaguejada por conta do seu nervosismo, e Bhorur toma a frente da situação para evitar algo pior. Ele avança em direção a prateleira na frente de Jack e pega o frasco com o olho de ciclope em conserva.

— Era disso que ele tá falando! — Afirma o anão ao entregar o olho ao guarda.

— Obrigado! — fala enquanto se direciona ao balcão.

Dusk, o comerciante, sobe em uma pequena escada atrás de sua bancada para ficar na altura de seu cliente, dizendo em seguida:

— Trinta dracas. Mais alguma coisa?

— Lágrimas de unicórnio!

O comerciante dá as costas para o guarda e entra em uma pequena sala com diversas trancas, onde fica um pequeno depósito, para seus itens mais valiosos. Em poucos instantes, ele trás em sua mão um frasco com um líquido transparente e entrega ao homem. O sujeito o pega em mãos e balança para os lados, e o líquido começa a alterar sua cor conforme bate nas paredes do frasco, até ficar estável e voltar a sua transparência normal.

— É verdadeiro!

— Porra! Quando foi que vendi lágrimas falsas para você? — Retruca o anão.

— Só estava checando!

— Essa é a minha última! Tudo dá noventa dracas!

O homem coloca um saco de cinquenta dracas sobre o balcão e retira de uma pequena bolsa de couro um frasco com um tipo de gás roxo e empurra com os dedos sobre o balcão.

— Isso paga?

O comerciante troca olhares serrados com o sujeito e pega aquele estranho frasco em sua mão e o abre, liberando uma pequena quantidade daquele gás suspeito. Ele respira e inala aquele pouco que saiu da vidraça, sentido um rápido arrepio percorrer seu corpo e soltando um suspiro quente, como se fosse vapor de água.

— Você tava achando que era falso? — pergunta o homem ao ranger os dentes.

— Eu só estava checando! — responde o anão em um tom debochado, soltando um sorriso sútil.

O homem bufa, guarda suas coisas em sua bolsa de couro e parte em retirada para porta, deixando para trás apenas as badaladas do sino ao se retirar do estabelecimento.

REX: A ORIGEMOnde histórias criam vida. Descubra agora