Há quase três mil anos, dois gêmeos nasceram. Predestinados a mudar o mundo. Um, forjado pelo caos, e outro, nascido do Rex. Duas magias, um propósito. E uma guerra sem vitoria.
Eles travaram um luta que, no futuro, ficou conhecida como a batalha do...
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De um patamar mais alto, o ministro assiste a jovem garota desferir golpes nos objetos da arena de treinamento abaixo. O lugar parecia um tipo de fortaleza, a cúpula rochosa definia a cor acizentada do local. Algumas tochas e poucas janelas iluminavam o ambiente, além do vermelho do brasão real que se destacava nos estandartes dispostos pelas paredes da grande sala arredondada.
A arena em que a jovem se encontra é cercada por runas de contenção, escritas nas paredes, as quais isolam o local para que a magia não atravesse. Usado muito em campos de treinamento da guarda real, trazendo uma segurança maior para aqueles que estão do lado de fora.
Passos firmes chamam a atenção do encapuzado, fazendo desviar o seu foco para aquele que se aproximava por trás. O homem da uma leve olhada sobre o ombro e vê aquele sujeito de orelhas pontudas, com uma coroa na cabeça e longos cabelos loiros caminhar em sua direção. Suas roupas chamativas em tons de amarelo e vermelho se destacavam junto as joias brilhantes que carregava em seus dedos e pescoço.
— Ela tem o potencial de ser mais forte que você, Belial! — Diz o sujeito ao chegar ao lado do ministro.
— Talvez sim, meu rei! Talvez sim!
Um dos guardas adentra o limite da contenção com um bloco de palatium grande e maciço, e pede para que ela o parta ao meio com um só golpe. A jovem de cabelos pretos, como o céu noturno, ergue o bloco usando sua própria sombra, e conjura à sua frente uma lâmina negra, a qual é disparada em direção ao metal. Sem nenhuma dificuldade, o bloco é partido ao meio, e antes que suas metades caíssem no chão, ela lança uma sequência de lâminas que as dividem em diversos pedaços, fazendo picadinhos daquele metal poderoso.
— A primeira híbrida arcana. Um poder quase imensurável. — Diz o rei admirado. — Olha essa aura de Rex. Quero vê-la em seu potencial máximo.
— Ela não é um objeto, alteza!
Com um olhar de desprezo, o rei desvia sua atenção para o ministro. Ele se aproxima e olha para Belial diretamente nos olhos, deixando evidente em seu o rosto o ódio que sentiu das palavras proferidas pelo encapuzado.
— Seu posto é para me dar conselhos sobre o meu reinado e não para rebater minhas ordens. Estamos entendidos? — Ele bufa ao concluir sua fala.
— Sim, alteza! — Belial responde ainda de cabeça erguida, sem se sentir intimidado.
— Quero ver o potencial máximo da garota, ver até onde vai as magias arcanas dela. — Completa em um tom sério. — Leve ela ao extremo. Se for preciso, use a mãe dela para isso.
O ministro muda sua feição em espanto ao ouvir os métodos que do rei elfo acabara de propor. Apesar de sua natureza, ele ainda reconhecia seus valores e não concordava com a decisão do rei.
— A garota já sofreu muito, meu senhor! — Diz Belial.
