Fortes trovões rasgam o céu noturno e intenso cheiro de chuva paira o ar em encontro as narinas do ruivo, que, ofegante, acorda de seu pesadelo no meio da noite. Não deixe de sonhar? Ele se questiona em confusão. Sem entender, pega o cobertor que o cobria e o ergue levemente segurando em suas extremidades se perguntando quem o havia coberto.
O jovem olha em seu entorno e nota apenas o anão dormindo sob uma das árvores. Seus roncos eram tão alto que quase disputavam com os trovões poderoso da chuva que se aproximava.
— Dorme mais que uma pedra. — Diz Jack em tom sonolento.
Ele nota a estranheza na ausência de Indra, e levantava para buscá-la com a visão. Não muito distante de onde acampavam, ele a encontra sentada ao lado da árvore mais afastada daquele pequeno arvoredo. Com passos calmos e enrolado em seu cobertor, o ruivo se aproxima da jovem, tentando não assusta-lá com sua presença inesperada.
A garota encontra-se cercada por alguns vagalumes que tentavam dar um brilho para aquela noite escura. A luz que partia dos pequenos insetos era leve, mas foi suficiente para refletir na pele da menina loba e desenhar o delicado contorno de seu rosto. Os vagalumes pareciam admirá-la, voavam em seu entorno em harmonia, como se dançassem uma música ao ouvir a voz da jovem falando com eles.
— Oi, Jack! — Ela diz sem ao menos olhar para trás.
— Como você sabe?
— Shôhan. — ela solta uma leve risada sútil.
— Desculpe! Não entendi.
— Sem problemas! Talvez te ensine depois. — Ela responde com suas bochechas levemente coradas.
— Posso sentar?
— Pode! — Ela responde afastando para o lado.
— Como você faz isso? — pergunta o jovem.
— Isso o quê?
— Falar com os animais. Eles pareciam entender o que você falava.
— Ah! — Ela solta um leve sorriso tímido e desvia sua visão dos olhos do rapaz que sentava ao seu lado.— Eu não falo com os animais. É como se eu apenas sentisse eles.
— Shôhan? — O ruivo pergunta genuinamente.
— Neste caso não.
— Como um tipo de conexão?
— Mais ou menos isso.
— Parece ser muito legal. — Um leve silêncio se instala após sua fala, e o garoto insiste em olhar a jovem nos olhos, mas a menina permanecia olhando o horizonte a sua frente, evitando contato visual direto com o ruivo.
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REX: A ORIGEM
FantasíaHá quase três mil anos, dois gêmeos nasceram. Predestinados a mudar o mundo. Um, forjado pelo caos, e outro, nascido do Rex. Duas magias, um propósito. E uma guerra sem vitoria. Eles travaram um luta que, no futuro, ficou conhecida como a batalha do...