3: Amor de verão

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Olá, boa note, aqui está o terceiro capítulo, ele ficou um pouquinho grande porque me empolguei na hora de escrever. Não esqueça de votar e comentar o que achou, ok? Tenha uma boa leitura.
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Capítulo 3

     O fim de semana passou voando e eu não fiz quase nada a não ser estudar. Acho que foi por isso que pensei que tiraria de letra na prova e que acertaria metade dela ou até mesmo gabaritar a prova, provando aos meus colegas principalmente para a Giovana - a patricinha da escola que infelizmente, é da minha turma desde o maternal - o pai dela é um químico importante e escreve para uma revista de nariz em pé que não faço a menor ideia de qual seja já que a única revista que leio é a Charmosa, lembro que logo que entramos no primeiro ano, logo no primeiro bimestre durante um teste de Química, ela viu minha nota - porque a professora pediu para ela entregar os testes - e depois quis esfregar na minha cara o três que ela havia tirado e em seguida disse que eu nunca teria uma nota alta na matéria, pois muito bem Giovana, agora eu vou esfregar na sua cara, minha nota máxima. Cheguei bem cedo na escola e continuei estudando - tá, eu sei que havia dito que não daria uma de Rory Gilmore, mas a situação não está nada legal, eu não posso reprovar de jeito nenhum do contrário, meus pais me matam! Talvez eu esteja sendo um pouco dramática, mas é que nunca fui boa com números, às vezes preciso confiar na calculadora se 1 + 1 é realmente igual a 2.
      “Eu fui até sua casa, mas a vizinha disse que você já tinha saído” a Jasmine disse me tirando a concentração ah, vizinhos... o que seria de nós se não tivéssemos uma pessoa para cuidar tão bem de nossas vidas?
      “Você continua estudando?” A Júlia perguntou enquanto fazia uma cara que acabei de decretar que é de tédio. Fiz um sim com a cabeça e ela disse que já havia passado em todas as matérias, mas eu tinha minhas dúvidas.
      "Eu estou pendura em português desde o ano passado, passei com dependência e tive que fazer aquele trabalho idiota, mas pelo visto, vou ficar pendurada de novo" a Kate, falou, foi Jas que para aliviar o assunto nota baixa, começou a contar sobre o fim de semana e que ela tinha ido visitar a avó na sexta-feira à noite e que tinha voltado ontem à tarde, ela falou que Araruama era lindo, tentei falar que preferia Rio das Ostras, mas lembrei que cada um tem seu lugar preferido, aos poucos a sala foi enchendo e logo depois a professora Cláudia chegou, com a cara emburrada de sempre, ela escreveu no quadro em letras garrafais e com caneta vermelha:

PROVA DE QUÍMICA A PARTIR DAS 8:30. GUARDEM O MATERIAL, QUERO VER APENAS CANETA, LÁPIS E BORRACHA NA MESA, SE EU PEGAR ALGUÉM COLANDO, É ZERO E PONTO FINAL, ESTOU ANSIOSA PARA ENCONTRAR VOCÊS NA RECUPERAÇÃO.
(^_^)

      Sim, ela escreveu isso, a sala toda começou a guardar tudo e depois começou um burburinho, pois os grupinhos começaram a conversar, a professora disse que se alguém desse mais um pio, ela ia tirar ponto de todos, a sala toda ficou em total silêncio e ela voltou a separar as provas. Sem perceber, fui levada para meu fim de semana que por sinal não foi muito bom…
      Depois da visita das minhas amigas na sexta, eu passei o sábado todo estudando para aquela prova. Eu já sabia de cor e salteado tudo sobre cadeia carbônica, eu já sabia até o conceito da Química, estudei para valer. No domingo não foi diferente, mesmo estando no almoço em família de aniversário da minha avó (mãe da minha mãe), acabei estudando um pouco, salvei alguns conteúdos nas notas do celular incluindo links de umas video aulas e qualquer oportunidade que surgia, eu estudava - eu falei da Rory, mas naquele momento eu precisava fazer o mesmo que ela -.
      Cantamos parabéns para minha avó que se emocionou ao apagar as velhinhas que indicavam seus setenta anos, ela fez um pequeno discurso e depois disse que ficaria com o primeiro pedaço de bolo, pois não achava justo apenas uma pessoa ganhar o primeiro pedaço de bolo já que para ela todos da família eram importantes só que a minhas tias não gostaram muito dessas palavras e falaram que pelo menos ela podia dar o bolo para a neta favorita o que resultou em uma pequena discussão. A matriarca da família não queria escolher nenhuma entre as cinco netas, mas por livre e espontânea pressão, a coitada foi obrigada a escolher, a tia Carmen quase teve um ataque de coração quando minha avó me entregou o bolo, ela fez o maior escândalo dizendo que a Sofia era a primeira neta e que era ela quem merecia o bolo, o intruso do marido da minha tia entrou na feira e de forma desrespeitosa, começou a xingar e a dizer coisas horríveis para minha avó, a sorte era que meu tio Tiago, filho mais velho da minha avó estava presente na festa e colocou os dois para correr, enquanto minhas primas pediam desculpas de forma incansável, foi horrível presenciar aquele barraco desnecessário.
      Na volta para casa, meu pai não parava de falar que minha tia era uma mal-educada, que o marido dela era um acéfalo, em outras palavras, um sem cérebro, pois em vez de tentar controlar a situação, ele colocou mais lenha na fogueira.
      “Para que fazer todo aquele escândalo por conta de um pedaço de bolo?” Minha mãe disse enquanto olhava algo no celular e em seguida disse que era minha tia Paula que estava comentando sobre o ocorrido, falando que ninguém mandou ela e a tia Inês procurarem ideia, já que minha avó é que ficaria com o primeiro pedaço de bolo. Quando chegamos em casa as sete em ponto, corri para o banho enquanto meus pais pediam uma pizza, acabei comendo apenas uma fatia e depois fui escovar os dentes dizendo que precisava dormir para acordar bem descasada para a prova de Química, meus pais desejaram boa-noite e eu fui deitar, mas só peguei no sono mesmo, depois das nove da noite, ou seja, uma hora depois do meu horário habitual de dormir, o que foi um puco bom, pois pude atacar a geladeira, pois comecei a ficar com fome.
      “Você me ouviu?” Fui tirada do meu devaneio ao ouvir uma voz um pouco longe. Quando olhei, vi que era a Cláudia parada ao meu lado, talvez por ver um ponto de interrogação no meu rosto. Ela falou novamente, mas com zero paciência. “Eu falei para você trocar de lugar com a Júlia” ah, não! Tudo menos isso, ficar perto da Kate durante qualquer atividade que vale nota é o fim. Dá última vez, a Jas disse foi espetada com o lápis tantas vezes que a pele dela ficou vermelha, a Cláudia ficou esperando que eu levantasse e depois fez outras duas trocas e começou finalmente a distribuir as provas como fila: A, B, C e D, sim, ela faz provas diferentes para não termos a chance de colar do colega ao lado, assim que ela virou para ir em direção à sua mesa, a Júlia e a Mônica, trocaram de prova bem rápido, o Danilo um dos bagunceiros viu e falou um caramba bem alto, para não serem pegas, minha amiga e a prima dela, ameaçaram bater nele que se calou no momento em que a professora perguntou qual era o problema, elas o olharam de forma ameaçadora e ele disse que não era nada que apenas tinha visto uma questão que parecia bem difícil, nesse momento, todo mundo da fila dele começou a virar a prova só que a professora disse que ia tirar a prova de todas daquela fileira e daria zero e ainda alteraria as notas dos outros três bimestres, ela sentou com ar de ditadora, pegou uma lixa na bolsa e colocou os pés em cima da mesa e começou a lixar as unhas, a prova não começou oito e meia e sim às nove horas o que era preocupante já que às nove e meia era o intervalo, mas talvez fossemos sair cedo.
      Eu mal havia começado a fazer a prova quando senti uma espetada seguida de um sussurro.
      “Luna, amiga, me fala a resposta da questão um, letra ‘A’.” A Kate só podia estar brincando não é possível, ela ouviu e viu que a Cláudia não perdoaria cola e mesmo assim queria arriscar e outra, com certeza eu seria pega, pois nunca colei ou passei cola antes, nesse quesito eu sou uma amadora, respondi da forma, mas discreta possível que não iria passar a resposta e ela me chamou de covarde, covarde eu? Que estudei até entender a matéria? Logo eu que me dediquei para conseguir uma nota aceitável na matéria em que mais tenho dificuldade... pelo visto, ela não sabe disso, fingi que não ouviu e continuei respondendo minha prova, mas a cada cinco segundos eu era espetada.
      “Amiga, me dá um help aê, eu não sei nada dessa prova, idiota.” Então decidi ajudar, pensando que talvez ela pudesse garantir pelo menos meio ponto. Enquanto eu falava de forma discreta a resposta, a professora lá da frente gritou: “Ei, me dá a prova e sai da sala, pode considerar-se com zero. Até a recuperação.” Nessa hora, eu fiquei paralisada tentando entender como ela descobriu que estávamos colando, como não vi ninguém se mexer, continuei parada, ela continuou pedindo a prova e dessa vez, vindo em minha direção.

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O que acharam do capítulo? Quem será que foi pego(a) pela professora?

Não esqueçam de deixar seu voto e comentário. Ontem (re)comecei uma leitura no Skoob, alguém também usa esse aplicativo? Me segue lá para acompanhar minhas leituras :-)

Beijos 💋, até quinta-feira.

Analine.

AMOR DE VERÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora