Gojo correu até Geto, a preocupação inundando seus olhos enquanto ele se ajoelhava ao lado do amigo. Ele segurou os ombros de Geto com firmeza, buscando desesperadamente uma maneira de ajudá-lo.
— O que está acontecendo? O que posso fazer? — Gojo perguntou, sua voz carregada de pânico e impotência.
Geto tentou falar, mas apenas gemidos abafados escapavam de seus lábios, sua expressão contorcida pela dor excruciante que o consumia por dentro.
— Eu... eu não sei... — Geto conseguiu balbuciar entre respirações entrecortadas, sua voz fraca e trêmula.
O coração de Gojo se apertou ao ver o sofrimento de seu amigo, uma sensação de impotência esmagadora o dominando. Ele queria desesperadamente encontrar uma solução, uma maneira de aliviar a dor de Geto, mas se sentia completamente perdido.
— Ambulância, preciso chamar uma ambulância! — Gojo exclamou, sua mente girando em busca de uma solução rápida.
Ele pegou seu telefone, mãos trêmulas digitando os números de emergência enquanto mantinha um olhar atento em Geto. Cada segundo parecia uma eternidade, a dor de seu amigo ecoando em seus próprios ossos, fazendo-o tremer de angústia.
— Universidade Federal de Tokyo, no segundo andar do dormitório do campus, número do quatro 96. — Gojo até mesmo ignorou o cumprimento da assistente que atendeu a chamada. — Por favor, é urgente!
— Eu preciso que o senhor se acalme e me explique os sintomas do paciente para um tratamento mais rápido. — A pessoa do outro lado da linha e falou com a voz gentil e sem perder a calma. — Uma ambulância já está a caminho do endereço que me disse.
Enquanto falava era possível ouvir o barulho das teclas de um computador sendo batidas velozmente, diferente da voz extremamente branda do outro lado da linha. O que não era o caso de Gojo que se ajoelhou novamente na frente do melhor amigo.
Geto, em contrapartida, estava mais calmo por ter entendido vagamente o que estava acontecendo. Seus olhos brilhavam mais do que o normal por conta das lágrimas acumuladas olhando para o albino a sua frente em pânico com olhos solenes. Vendo isso Gojo ficou ainda mais sombrio porque para ele parecia que Suguru queria falar algo para ele, especificamente, parecia uma despedida.
— E-eu não sei muito bem, meu amigo começou a sufocar e tossir sangue, parece que ele não consegue respirar direito e tem sangue saindo do nariz dele como se fosse uma torneira aberta! — Gojo apertou o celular entre os dedos, sua voz tremeu.
Nesse momento o moreno tossiu violentamente novamente inclinando seu corpo para frente e só parou porque sua testa encontrou o peitoral de Satoru e ficou ali, sem forças para avançar ou recuar. Para quem ouvia, a tosse parecia dolorosa como o som de unhas arranhando a parede de concreto. Gojo sentiu um arrepio entorpecer seu corpo cabeludo e deixou o celular cair de suas mãos sem prestar atenção mais na ligação e colocou as mãos nos ombros do amigo sem se mover ou apertar, sem saber o que fazer.
— Sugu, pelo amor de Deus, o que está acontecendo?! Me diz o que eu posso fazer? — Gojo mordeu seu lábio inferior de forma nervosa quando não obteve nenhuma resposta além da tosse cheia de sangue.
Geto se agarrou as roupas do albino a manchando de sangue, sem conseguir respirar direito ele só podia se forçar dolorosamente a tossir. Até que as tosses evoluíram para ânsia e vômito e com a força que não tinha se desprendeu do outro e se virando para o lado. Como não tinha comido desde o café da manhã, vomitou apenas a água que bebeu durante a viagem e aquilo que estava preso em sua garganta, além de mais sangue, claro.
O formato esguio de mais ou menos dez centímetros de comprimento sustentavam lindamente dois botões de flores, de cor roxo escuro, completamente florecidas, manchadas com fios espessos de sangue que seriam extremamente apreciadas se não tivessem nascidas de um momento tão trágico.
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Hanahaki - Relatos de um doente apaixonado
FanfictionHanahaki Byou - ou, a doença do amor. Se você a tem, eu lamento por sua dor de conviver com esse amor não correspondido enquanto vomita dolorosamente a flor preferida de seu amado. Geto nunca pensou que ficaria gravemente doente um dia, esperava men...