Vamos conversar.

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Como o prometido, teve pov do leite azedo, e com isso a fic também tá entrando no clímax. Tô nervoso.

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Satoru Gojo


Eles não foram até o final.

Mas sexo não é só penetração.

Quer dizer, estavam alterados o suficiente para usar a bebida como desculpa, mas não bêbados o suficiente para abandonar a lucidez de que nunca gostaram da ideia de transarem sem total controle da própria mente. E, com pensamentos semelhantes, os dois gostavam de não ter o risco de esquecer o que fizeram ao acordarem no outro dia.

Eles não foram até o "fim". Mas, de novo, sexo não é só penetração.

Os dois se tocaram, se exporam, mostraram um lado que mesmo para eles, que tinham um nível absurdo de intimidade cultivada por mais de uma década, era desconhecido. Mesmo agora, de baixo do chuveiro, Gojo ainda conseguia sentir o calor abrasador deixado na trilha que os dedos que Geto fez em sua pele, e a sensação de frio na barriga que atacava toda vez que ele se lembrava como suas bocas escorregaram pelos corpos um do outro e...

O albino apertou piscou com força querendo acreditar que essa ação foi porque a água entrando em contato com seus olhos o incomodou, e não uma tentativa inútil de parar seus pensamentos.

Então eles foram até o fim?

Oh, sua mente estava uma bagunça.

E independente disso uma hora ele teria que sair do banheiro e encarar seu melhor amigo.

Para falar a verdade, Gojo nunca se sentiu tão desesperado assim e sob o efeito do álcool ele acabou despejando tudo o que pensava e vinha sentindo ultimamente em cima do moreno. Esfregou as mãos no rosto com frustração se lembrando de tudo que disse nessa madrugada, não que se arrependesse, mas queria ter bebido o bastante para não se lembrar de todos os acontecimentos quando acordasse totalmente sóbrio.

Porque agora estava com uma vergonha sem precedentes de si mesmo por ter falado tudo aquilo, se declarar de forma loucamente apaixonado pelo outro teria sido menos vergonhoso. Mas também não conseguia imaginar o motivo de Geto ter seguido seus delírios e aceitar aquela situação absurda, muito boa, mas ainda sim absurda, os levando a onde estavam agora.

Pensar na hipótese de que Geto, com a ajuda da bebida, imaginou outra pessoa no lugar enquanto estava aos beijos com ele fez uma sensação ruim lhe apertar as costelas o incomodando com uma dor surda no peito.

Com um suspiro ele fechou o registro do chuveiro e se preparou para sair.

Exceto que quem o preocupava não estava mais na cama dormindo como Gojo o deixou antes de entrar no banho depois que acordou. E logo depois descobriu que a falta da presença do rapaz não era só no quarto, mas que o cara simplesmente evaporou de seu apartamento.

Gojo pegou seu celular com um resmungo chateado depois dessa constatação vendo notificação o avisando sobre mensagens de Shoko e, para sua surpresa, também tinha mensagens de Geto. Sinceramente, achou que não veria ou ouviria o melhor amigo por um bom tempo depois que viu que ele tinha ido embora sem conversar ou sequer se despedir.

Geto tinha mandado alguns áudios, para ser mais específico. O albino se jogou na cama, de banho e tomado e apenas com um short esportivo, respondeu a amiga primeiro antes de abrir o chat do melhor amigo:

Pedacinho de céu:
- Ei, cara. Hm... Foi mal sair correndo sem nem mesmo gritar nada pela porta do banheiro. Minha mãe me ligou e intimou minha presença em casa em vinte minutos, então, no momento, estou quase correndo para casa. Sabe como dona Matsuri é.

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⏰ Última atualização: Oct 11 ⏰

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Hanahaki - Relatos de um doente apaixonadoOnde histórias criam vida. Descubra agora