O jogo da conquista

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—Não acredito que estou mesmo me submetendo a isso.

—Será que pode parar de reclamar um segundo?.

Eu e Steinfeld estamos no México, segundo o plano de Mark e Naomi, no episódio de hoje precisaremos nos beijar.

Como se não bastasse as coisas estarem ruins o suficiente entre a gente desde o começo, agora pareceu piorar. Depois da festa e da discussão que nós quatro tivemos aquele dia, as brigas se intensificaram.

Qualquer coisa era motivo de discórdia entre a gente, fosse um copo na pia, o aquecedor um pouco mais quente, a TV, qualquer coisa nos levava a gritar uma com a outra.
Passamos a nos evitar. Se ela estava na cozinha, eu esperava até que terminasse para poder comer; se eu estava no jardim, ela se trancava no quarto e só saía quando ouvia eu fechar a porta.

Isso durou duas semanas. Não olhávamos na cara uma da outra, por que se fizéssemos isso iria acabar em alguma discussão idiota.

E agora Mark nos envia nessa viagem e temos que fingir que somos um casal feliz e amoroso e nos beijar.

É o pior dos pesadelos.

—Eu não estaria reclamando se isso não fosse ridículo!.

—Eu também não gosto nada disso, ok? E mesmo assim você não me ouve reclamar pelos quatro cantos dessa merda de quarto de hotel minúsculo!.

Jogo as roupas dentro do armário de qualquer jeito.

—Devia ter pedido ao Mark quartos separados.

—Pois é, devia mesmo!.

—Por que está gritando comigo!?.

—Porque você está gritando comigo!.

—Você começou! Eu não fiz nada.

—Como sempre né Hailee. A culpa é sempre minha.

Steinfeld caminha até mim apontando o dedo.

—É isso mesmo, a culpa é sempre sua! A culpa disso não funcionar é sua!.

Que inferno eu me meti.

—Sai da frente.

—Aonde vai? Eu não terminei!.

—Pra qualquer lugar bem longe de você!.

Bato a porta com força. Sorte a nossa estarmos na suíte presidencial e com o andar todo pra gente.

§

Ela me largou falando sozinha como sempre! Eu não sei como vamos continuar com isso, sinceramente não sei como as pessoas engolem essa história, Bridgett e eu não temos química nenhuma.

Visto qualquer coisa e desço para a área comum do hotel. Óbvio que ela estaria lá também. E óbvio que ela estaria bebendo alguma coisa.

Assim que sento na cadeira a sua frente ela revira os olhos.

—Estamos em público, podemos deixar pra brigar mais tarde no quarto como sempre, o que acha?.

—Acho ótimo, amorzinho.

Segurou minha mão em cima da mesa, tenho certeza que falou de propósito! Tive que disfarçar minha cara de raiva com um sorriso.

—Tem algum fotógrafo aqui?.

—Não vi nenhum, mas algumas pessoas pediram pra tirar foto comigo. Acho que elas dão conta do recado.

—Foram aquelas meninas na mesa de trás?. -ela se vira e vejo as meninas cochichando entre elas.