13. Não são os Avengers, mas é quase Guerra Infinita

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#VacilouYejiBeijou
—x—
cafeteria kimfee
CHOI JISU

Abrir aquele lugar todos os dias cedo sempre foi motivo de alegria para mim, mas depois de minha mãe me entregar o peso de ter que assumir forçadamente como dona eu não vou para lá com o mesmo sentimento que antes.

Isso que eu ainda não havia decidido se íamos tocar o negócio da família ou se realmente fecharíamos. Toda essa situação me deixava insegura e com medo, minha mãe sempre foi uma mulher muito forte e segura de si e eu não vejo esses traços em mim.

Com fones nos ouvidos eu andava rumo ao estabelecimento, ouvia 'Everybody Wants To Rule The World', do Tears For Fears. Mesmo gostando mais de pop atual, algumas músicas mais antigas ainda conquistavam o meu coração.

Atravessei uma rua e a cafeteria já era visível, assim como um corpo conhecido por mim agachado na frente da porta de vidro trancada por correntes do local.

—Yuna?

—Ah, Jisu, chegou! —Ela se levantou e ajeitou as suas vestes.

Coloquei meus fones ao redor do pescoço e peguei a chave para abrir o cadeado no meu bolso ainda olhando para a garota com um semblante confuso, como se esperasse uma justificativa de sua parte do por que estava ali.

—Achei que você chegava mais cedo normalmente pra abrir aqui. —Parou atrás de mim esperando eu abrir a porta.

—Normalmente sim, mas ando tão desanimada que estou dormindo umas horas a mais. —Sinto que deveria questionar o motivo dela estar aqui. —E você? Faz meses que não visita aqui, porque veio tão cedo? Sem querer ser rude.

Sinto sua respiração perto de minha nuca e seu riso ressona com o nariz. Viro-me para trás e Yuna já está com os ombros encolhidos.

—Você deve saber que briguei com Chaeryeong.

—Todos sabemos, vocês são as únicas se ignorando no chat em grupo que temos. —A porta se abre e eu coloco minhas coisas na primeira mesa, indo diretamente para a caixa de luz ligar a energia do lugar.

—Preciso colocar pra fora, Lia. —Yuna entra e vai se sentar no balcão.

—Você não costuma desabafar comigo, e Ryujin? —Com tudo ligado me direciono para os fundos deixar meus pertences e pegar meu avental.

—Ryujin está com a cabeça cheia com o lance da Yeji.

Quando volto, Yuna está fazendo origami com um pedaço de guardanapo, nitidamente tensa.

—Da Yeji estar correndo atrás de alguém misterioso? —Ligo as máquinas de café e pré-aqueço os fornos para colocar os salgados para assar.

—Uhum, isso, isso. —Levanta as sobrancelhas tentando me convencer.

O ambiente se faz silencioso até que eu ligue a música ambiente, colocando um clássico jazz de cafeteria que não atrapalharia em nada nosso diálogo, que após sua resposta notei que seria longo.

—Não é surpresa pra ninguém que sempre fui apaixonada por ela. —Começou timidamente. —E antes de eu assumir isso para mim mesma, ela agia normalmente comigo. Obviamente depois que me peguei apaixonada por ela, tentei conquistá-la de várias maneiras, mas nunca achei que passei dos limites pra ela me tratar que nem lixo.

o mistério da boca perfeita | ryejiOnde histórias criam vida. Descubra agora