21. Minhas Garotas

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#VacilouYejiBeijou
—x—
centro da cidade
CHOI JISU

A felicidade foi imensa em acordar e perceber que me safei mais uma vez de ouvir as sacanagens de Yeji e Ryujin no quarto ao lado, isso se elas tivessem transado novamente.

Hoje era o último dia do ano, eu me incomodava absurdamente com a sensação de mudança por mais que isso fosse o que eu mais queria que acontecesse nos últimos tempo. Mudanças.

Sabe, chega um momento em que você não aguenta mais ser acomodado a rotina que sempre lhe foi instaurada, principalmente por se tratar de algo predeterminado pela minha família antes mesmo de eu nascer.

Por sorte eu também gostava muito de cafeterias, mas ali era o sonho de minha mãe, não meu.

Ela abriu aquele lugar com a ajuda de meu pai antes mesmo deles se casarem, eles foram muito felizes construindo aquela história, acho que ela se prendeu a essas memória de uma maneira tão forte que aceitar que a hora de fechar o estabelecimento já havia chegado era quase impossível.

Eu estava confusa, será que precisávamos mesmo fechar?

Aquele não era meu único futuro, por mais que eu amasse preparar cafés e zelar por aquele lugar, eu já tinha outras vontades.

As meninas andavam na minha frente enquanto passeávamos pelo centrinho da cidade.

Aproveitamos a deixa de ir ao mercado repor os alcoólicos para hoje a noite para turistar, já que apenas Yuna e Ryujin conheciam aquele litoral.

Entramos em várias lojinhas temáticas praianas. Yuna comprou um biquíni com estampa floral e Yeji pegou um azul piscina liso que fez a boca de Ryujin salivar ao imaginar a quase namorada naquela roupa de banho. Chaeryeong comprou um porta chaves com vários corais e pexinhos esculpidos e eu estava buscando um colar com um pingente novo.

Havíamos tomados picolés de dois lugares diferentes e com certeza ainda encerraríamos o passeio com um café gelado da cafeteria fofa que Chaeryeong implorou para pararmos antes de irmos para a casa.

As outras quatro andavam mais para a frente, deixei isso acontecer quando percebi que meu celular vibrava no bolso traseiro da minha calça jeans.

O contato "Taeyeon" na tela fez eu estremecer e querer jogar meu celular dentro de um bueiro qualquer da rua só para ter uma desculpa para não atender.

Mas não o fiz, fiquei sozinha, no intuito de ter mais privacidade para debater qualquer fosse o argumento de minha querida mãe.

Meu corpo pulsou — um tanto descontrolado — eu aceitei a chamada.

Alô? Jisu?

Oi, mãe.

Como estão as coisas aí, meu amor?

Está tudo bem, Yuna e Chaery pararam de querer se matar e Yeji e Ryu estão quase compromissadas. Sinto que vamos nos divertir hoje a noite.

Fico muito feliz, minha princesa.

Você está muito carinhosa, aconteceu algo?

Acho que é saudades de você, sabe, da minha filha, e não da minha sócia. Ficar esse tempinho sem te ver me fez perceber que a gente não estava separando a relação mãe e filha da nossa relação profissional, isso é péssimo.

Parei de andar e olhei para as lojas organizadas uma ao lado da outra enquanto via as silhuetas das meninas se afastarem, eu as alcançaria.

—Percebi isso também, vamos deixar para falar sobre o negócio da família so quando as festas de final de ano passarem, por favor? E quando eu digo isso eu não falo dia dois de janeiro.

o mistério da boca perfeita | ryejiOnde histórias criam vida. Descubra agora