Marina
Estava com a cara cravada nos livros quando ouvi um barulho na porta da sacada, e foi então que me lembrei o que Ríos me disse horas atrás antes de nos despedirmos. Caminhei até a mesma e a abri, como se fosse de forma automática e instantânea um sorriso se fez presente em meus lábios após eu o ver ali embaixo, todo desajeitado.
── Como pretende subir? — Perguntei me apoiando na divisória, o encarando.
── Não é óbvio? Com você jogando seus cabelos! — Respondeu com deboche e eu dei risada, negando com a cabeça. ── Qual foi?
── Vai para a porta dos fundos, vou descer para abrir para você.
Sai de lá antes que ele me respondesse e caminhei o mais rápido possível para a porta que eu citei, a abri e ele estava lá com um sorriso de canto. O abracei e fui correspondida no mesmo instante.
Parece que todo tempo perto ainda é pouco.
── Vem! — Segurei sua mão e o guiei.
Assim que entramos no meu quarto, a primeira coisa que eu fiz foi trancar a porta enquanto ele foi futricar nas minhas coisas igual criança encapetada.
── O Marina?
── Fala, Ríos! — Respondi me atirando na cama.
── Que isso? — Perguntou e eu levantei a cabeça, o vendo encarar meu massageador de pedra de jade.
── Promete não contar para ninguém?
── Prometo, né.
── Um vibrador! — Falei e notei a cara que ele ficou para o massageador, em seguida me encarou com uma feição de susto.
── Sério? Mas onde liga? E por que tem esse formato? — Perguntou e eu comecei a dar risada. ── Ei?
── Você é muito tapado! — Respondi deitando a cabeça novamente, encarando o teto.
Senti que o mesmo se aproximava e tive a confirmação após sentir seu peso do meu lado. Aproveitou sua mão livre para ficar brincando com as pontas do meu cabelo.
── Que que você ganha mentindo de graça para mim?
── Nada, só foi engraçada a sua reação.
Me virei, ficando de frente para ele e notei seu olhar sobre mim. Reparei diretamente nos seus traços que pareciam terem sido desenhados de tão simétricos que eram.
── Quer um babador? — Perguntou e eu rolei os olhos.
── Babaca! Não fala mais comigo também. — Falei me virando, ficando de costas para ele e ouvindo sua risada.
Senti sua mão sobre minha cintura e um arrepio me percorreu por inteira após sentir sua boca no meu pescoço, depositando alguns beijos pela região. Me virei lentamente novamente enquanto deitava a cabeça, lhe dando mais acesso à região na qual ele montava toda uma trilha de beijos até a minha boca. Nossos lábios se grudaram e eu levei minha mão até o seu pescoço, segurando e arranhando sem perceber, e como resposta eu senti a sua mão deslizando para dentro da minha blusa.
Tava tão bom, sei exatamente onde vamos terminar mas novamente o meu lado racional me deu um tapa na cara. Não quero perder minha virgindade com qualquer carinha por aí sendo que, para ele, provavelmente vou ser mais uma. Segurei no seu braço após sentir a sua mão próxima demais do meu peito e então ele desceu novamente a mão.
Antes que eu conseguisse parar o beijo e me impor, a única coisa que saiu dos meus lábios foi um gemido após um tapa forte ser depositado na minha bunda enquanto sua outra mão me segurava com força.
Por que é tão difícil resistir a ele?
── Vem cá! — Murmurou baixinho contra minha boca enquanto invertia as posições, me puxando para o seu colo enquanto ficava deitado.
Eu vestia apenas uma blusa de alcinha preta e um short de pijama de tecido fino, logo, foi impossível não sentir a ereção dele contra mim após sentar no seu colo. Isso só aumentou ainda mais a minha libido e me deu vontade de tentar, porém o meu físico brigava contra o meu psicológico que tentava usar a razão e vencer essa briga idiota que acontecia dentro de mim.
── Não! — Falei me obrigando a desgrudar nossos corpos, mas ainda em cima dele.
Esse ângulo, para o Ríos, é a definição de visão dos deuses.
── Por quê? — Perguntou segurando minha cintura e se sentando, grudando novamente nossos corpos.
── Porque não! — Respondi usando a razão e saindo do seu colo.
( • • • )
── Ai Marina, você tem só vinte anos, cara, vai transar, libera essa xereca, papo torto do caralho de querer transar com um cara só sua vida toda? E se o cara for ruim de cama? Você nunca vai saber! — Maria Eduarda falou indignada após eu contar o acontecido noite passada com Richard.
── Eu não quero que qualquer cara tenha acesso ao meu corpo! — Me defendi.
── Você falou a verdade para ele? — Dani me olhou e eu neguei com a cabeça.
── Não! Falei que só não queria e ele respeitou.
── Mínimo, mas você é muito brega, sabia? — João falou lixando suas unhas. ── Nam, coragem! Um gostoso daqueles e você se fazendo.
── Eu queria, mas eu acho que os meus valores valem mais do que uma transa qualquer, não? — Perguntei esperando que pelo menos algum dos meus amigos me entendesse, mas todos tinham o mesmo pensamento.
Eu sei, é brega mas eu quero que só uma pessoa tenha acesso ao meu corpo. Eu me senti confortável, mas para ele iria ser só mais uma transa enquanto para mim seria a primeira, saca? É uma situação chata e eu não acho que eu esteja errada!
── Não, até entendo você. — Dani falou e eu a encarei. ── Eu também perdi a minha virgindade com o Rapha mas primeiro eu precisei ter a certeza que era ele, sabe? Não pensava que queria só uma pessoa minha vida toda, mas pelo menos a primeira vez tem que ser com uma pessoa especial e que te respeite.
── Verdade, por esse lado eu também penso assim. — Duda continuou. ── A primeira vez eu acho que realmente tem que ser especial e com uma pessoa especial, mas ele é especial para você!
── Ele é. — Fui sincera. ── Mas eu não sei se é ele, entende? Eu gosto do Richard mas eu não vejo ele no meu futuro, namorando, casando, tendo filhos e enfim.
── Mas vocês também se conhecem a pouco tempo, espera. — Duda aconselhou. ── Eu não sei porque, mas eu sinto que vocês ainda vão ficar juntos!
── Eles combinam, né? — João continuou. ── Mas Marina, se é importante para você, ele tem que entender e ele que se controle e espere o seu tempo!
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fútil, richard ríos.
Fiksi Penggemar── Por que ninguém me contou que o Abel tinha uma filha da nossa idade? Onde Richard se apaixona pela morena que, do nada, chegou surtando no CT. ᴄᴏʏᴘʀɪɢʜᴛ ᴠᴇᴛᴏʀᴇᴀʀ, ᴍᴀʀÇᴏ/2024