Capítulo 7

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S/n está no quarto tendo lembranças que ela não queria ter, mas não poderia evitar. Ela lembra do toque, do cheiro e do beijo do Manjiro ao mesmo tempo. Ela sente raiva de si mesma por isso, olhando-se no espelho.

S/n: Eu não posso me apaixonar por esse homem que destruiu a minha vida.

Logo, ela ouve uma batida na porta.

S/n: Quem é?

Empregada: Sou eu, senhora.

Assim que ela abre a porta, a empregada a encara.

Empregada: O que acha de andarmos um pouco? Eu sei que a senhora não está acostumada, mas talvez andar um pouco ajude.

S/n: Está bem, vamos.

Ela sai de casa e caminha com a empregada em direção a um local onde costumavam fazer compras. Durante o caminho, um carro para ao lado dela.

Manjiro: Entra.

S/n: O que você quer? Me deixa em paz.

Ela continua andando, então ele sai do carro e vai atrás dela, puxando-a pelo braço. Ao ver o rosto dela, ele nota alguns cortes na boca.

S/n: Está satisfeito? Veio aqui para isso, ver o que você me causou? Agora já pode ir.

Ele toca o rosto dela com carinho.

Manjiro: Eles vão pagar pelo que fizeram a você.

S/n: Foi você que fez isso comigo. Foi você. Isso é culpa sua.

Manjiro: O que quer que eu faça?

S/n: Me deixa em paz. Você só traz desgraça para mim. Se alguns dos meus irmãos te virem comigo, estou realmente morta. Então vá embora.

Manjiro: Não. Eu já te mostrei que levo um tiro por você.

S/n: E já me mostrou que não se importa nenhum pouco comigo.

Manjiro: Eu não posso simplesmente te abandonar, e o nosso bebê...

S/n: Entendi. Por isso está aqui? Vou deixar algo bem claro: eu não estou grávida. Isso tudo é uma desculpa para que eu possa continuar viva por um determinado tempo.

Manjiro: Vou me casar com você.

S/n: Não. Você não vai. Nunca.

Ela olha para a empregada.

S/n: Eu vou embora.

Manjiro: Você não vai morrer. Eu não vou deixar.

Assim que ela sai, a empregada o encara.

Manjiro: Isso que ela disse é verdade?

Empregada: Ela está grávida, senhor. Eu vi os exames com os meus próprios olhos. Estavam com o nome dela. Ela fez o de sangue, senhor.

Manjiro: Entendi.

Assim que ela chega em casa, ela toma um susto. Asche dá um tiro em direção a ela, que chega a cortar o braço dela. Imediatamente, ela sente uma forte dor no abdômen.

Levi: Asche, o que pensa que está fazendo? Estamos chateados. Não queremos matá-la.

Logo, ela se ajoelha, sentindo o sangue escorrer.

S/n: Isso não pode estar acontecendo.

Asche: Ela está sangrando, droga! Chama a ambulância, Levi!

Asche: Me desculpa. Eu só queria assustar você, S/n.

S/n: Perdi.

Asche: Perdeu o quê? O que você perdeu?

S/n: O meu bebê, Asche. Eu o perdi.

Ele olha para ela, sentindo culpa.

Asche: Eu não queria que isso acontecesse. Eu juro, S/n. Eu juro. Eu jamais me perdoarei.

Pai: O que está fazendo, Asche? Levi, solta esse celular. Ninguém vai pedir ajuda. Afinal, ninguém sabe sobre essa gravidez. Então, ela nunca esteve grávida.

O portão se abre, e Zion entra.

Zion: O que está acontecendo?

Levi: A S/n está perdendo o bebê por culpa do Asche. Ele a assustou quando atirou em direção a ela.

Rapidamente, Zion a pega no colo.

Pai: O que pensa que está fazendo?

Zion: Bebês são sagrados, pai. Será que você se esqueceu disso? Apesar de tudo, é só um bebê.

S/n: Eu estou com pouco tempo. Eu já o perdi. Eu só preciso de um banho e alguns remédios.

Ela fala com um olhar triste e cabisbaixo.

Zion: Vamos. Eu vou te levar até o seu quarto.

Pai: Ela vai andando sozinha. Ela sabe andar.

Zion: Pai!

S/n: Tudo bem. Eu consigo fazer isso.

Ela vai caminhando em direção ao quarto. Ao entrar, ela enche uma banheira e entra. Fica lá por horas chorando.

Ligação 📲

Empregada: Eu sinto muito. Ela perdeu o bebê. Agora, ela está trancada no quarto.

Manjiro: Ela não foi ao hospital?

Empregada: O pai dela não deixou que a levassem. Levi, Asche e Zion tentaram, mas foi inútil. Eles não podem ir contra as ordens do pai.

Manjiro: A culpa foi de quem?

Empregada: Todos os irmãos dela são importantes para ela. Apesar de tudo, ela ama todos eles.

Manjiro: Quem matou o meu filho?

Empregada: Asche. Ele atirou nela. Foi só para assustar. Ele cortou o braço dela, mas o susto a fez abortar.

Manjiro: Um susto?

Empregada: Ele está mal. Se sente culpado, senhor Sano. Ele não achou que...

Manjiro: Não me interessa.

Ligação 📴

Sanzu: Você a arruinou. Agora, está nessa.

Manjiro: Eu a amo.

Ran: O quê?

Manjiro: Eu me apaixonei por ela sem nem mesmo a conhecer. Foi antes mesmo de vê-la naquele restaurante.

Sanzu: Já viu ela antes?

Manjiro: Sim, em um evento em Madri. Ela deixou um broche cair. O broche é uma herança de família da mãe dela, e eu o tenho guardado.

Rindou: Como se faz sofrer uma mulher que você diz amar?

Manjiro: O pai dela matou os meus irmãos, e eu pensei que tocando nela isso fosse abalá-lo, mas mexeu mais comigo do que com ele. E agora, ela perdeu o bebê.

Sanzu: Bebê?

Ran: Caramba.

Manjiro: Ele matou os meus irmãos e o meu filho, e está torturando ela.

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