Capítulo 07 - Seda

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Autora: esqueci de postar a ilustração do Artifae dois capítulos atrás... então segue aqui... depois dela, segue o baile😘

Assim que partimos, cavalgamos calmamente pelo deserto em silêncio com capas nos cobrindo e parte da garupa dos cavalos para nos proteger do sol

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Assim que partimos, cavalgamos calmamente pelo deserto em silêncio com capas nos cobrindo e parte da garupa dos cavalos para nos proteger do sol. Além de proteger a garupa, protegia Smarágdi que ia deitada no lugar atrás de mim.

Artifae estava tenso desde que saímos do circo, diminuindo a mínima esperança de conversa com ele, mesmo que conversássemos minimamente em outras viagens que fizemos. Sua atenção constante, fazia-me lembrar da minha mãe me contando dos perigos que as estradas das florestas poderiam esconder quando íamos visitar os clãs do norte ou do sul. Podia entender a preocupação dela, pelo local que trilhávamos poder ser repletos de armadilhas escondidas, mas não entendia o motivo da tensão do meu tutor em um deserto. Que perigos poderiam se esconder na areia escaldante? Naqueles momentos, guardava meus infinitos questionamentos em minha mente.

- Vamos acampar aqui. – Artifae finalmente rompeu o silêncio sem alterar a expressão na voz.

O céu âmbar já anunciava o fim do dia junto com uma brisa fresca, enquanto o sol se punha à nossa direita.

- Para onde estamos indo? – Questionei descobrindo Smarágdi e descendo do cavalo.

- Para lá. – Apontou para a direção de uma tímida luz que brilhava a sudeste enquanto descia do cavalo.

- O que tem lá? – Questionei enquanto começava o cuidado dos animais.

- Uma cidade, - bufou – onde pragas como você não consegue interferir em muita coisa.

- Está irritado. – Murmurei ainda mantendo o foco nos animais.

- Percebeu? – Artifae havia jogado na areia uma pilha de madeira que havia trazido.

- Eu já pedi desculpas. – Virei a cabeça em sua direção.

- O que te deu na cabeça? – Sua voz ríspida ecoou em minha mente enquanto ficava a minha frente – Eu havia planeja enterrar os corpos deles no deserto e viver o resto da minha vida pacificamente sendo o faz tudo de um circo, mas, como a boa praga que é, destruiu tudo.

Pude ouvi-lo bufar enquanto mantinha meus olhos no chão para esconder as lágrimas que ameaçavam cair. Eu estava acostumada com Artifae me chamar de praga pelo meu jeito atrapalhado, sempre esbarrava em algo e acabava por quebrar em alguma tarefa. Mas dessa vez, ele havia me magoado.

- Poderia ter morrido. – sua voz era gentil enquanto mexia em seu amontoado de lenha.

- Por que se importa tanto se sou uma praga? – murmurei baixo o suficiente para ser ouvida por ele e ser respondida com um suspiro cansado.

Se meu mentor estava prestes a pronunciar algo, nunca saberei, já que o interrompi ao ver o modo que havia acendido a fogueira. Ele estava agachado na frente do amontoado esfregando os dedos e os separando rapidamente fazendo que um pequeno raio surgisse naquele pequeno espaço.

Contos de Uma Peregrina - DesertoOnde histórias criam vida. Descubra agora