6. Capítulo: Acaso ou destino: o perigo do desconhecido parte dois

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Eu me encosto na parede da caverna, podia ouvir os ventos açoitando do lado de fora e o barulho parecia grito de desespero e agonia, e esse som estava ressoando em minha alma com tanta força que cheguei a pensar que morreria

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Eu me encosto na parede da caverna, podia ouvir os ventos açoitando do lado de fora e o barulho parecia grito de desespero e agonia, e esse som estava ressoando em minha alma com tanta força que cheguei a pensar que morreria.

A caverna que ele escolheu fica em um lugar estratégico da natureza, os vales e as árvores amenizavam os impactos dos ventos, mas ainda se podia ouvir os seus barulhos terríveis, também se podia ver um pouco da nuvem de poeira, contudo  ainda poderíamos respirar, ou melhor, eu poderia respirar, pois, não duvido que ele possa ficar bem até mesmo sem as necessidades básicas que são necessárias para viver sem serem supridas.

— Esse tipo de brincadeira seria esta, não tem graça meu senhor, além  de ser uma falta de respeito e decoro. E não tem como ser verdade, o que o rei de Amethystus estaria fazendo aqui?

— Que eu saiba minha senhora as terras de Diamond não pertencem ao seu povo mesmo eles sendo aliados de seu povo.

— Vossa graça sabe que não estou referindo-me a isso e sim ao fato de que o rei dos Maledictus tem vários inimigos! Acredito que ele é ainda mais odiado que todo o seu povo inteiro, então ele não deveria ter coragem de sair do seu reino.

— O mundo dos mortos congelaria se um dia eu tivesse medo de um membro do seu povo ou de qualquer inimigo! Além disso, é sempre bom reviver a minha imagem para que as pessoas saibam com que estão lidando. E não esquecem do meu poder ou do que sou capaz.

— Ah por favor quanta tolice! É claro que não é ele, o destino não pode ser tão cruel comigo.

— Oh! Bela donzela sua inocência encanta-me. A minha senhora nem pode imaginar o quanto destino pode ser cruel e saiba que ser uma boa pessoa não é garantia de nada nessa vida, já que coisas horríveis acontecem com pessoas boas e elas muitas vezes pagam contas que não são delas ou por erros que não cometeram, porque o destino é traiçoeiro e gosta de brinca com a vida e os sentimentos das pessoas.

— Pessoas boas só recebem o bem que plantam. O minha avó sempre disse que o plantio é livre e por escolha, no entanto a colheita é obrigatória. Então só colhemos o que plantamos.

— Acredite no que quiser a vida não vai demorar para te ensina essa lição. Eu já perdi as contas de quantas vezes vi pessoas colhendo o que foi plantado por outros e que não mereciam a safra maligna que ganharam.

Seus palavras chegaram em minha alma,  sinto que ele estava certo em parte no que diz. Olho em volta e minha visão estava turva, percebo que pouco tempo depois da tempestade começar o ambiente já começa a se modificar, a temperatura começa a diminuir e o lugar já está começando a escurecer, já que a areia bloqueia a luz do sol.

Eu vejo-o tirando o seu lenço da cabeça, deixando os seus cabelos loiros amostra. Ele não estava mais se escondendo, no começo pensei que meus ouvidos estavam-me enganando, que ele estava mentido, mas agora eu percebo que não é isso, ele é realmente o rei dos Maledictus ou pelos menos um dos membros desse povo.  E de nascença,  já que só aqueles que nasceram com a maldição em seu genes tem as características físicas que ele tem.
Eu estou em frente ao homem mais perigoso do mundo, de quem a sua crueldade já se ouviu falar no meu reino.

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