17.Capítulo: Chamas geladas do desamor parte dois

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As  flores noturnas com suas pétalas suaves e perfumadas, mas cheias de espinhos deixa tudo ainda mais encantador.

O deserto, que antes estava ativo e vibrante, agora respira calma e mistério sob o céu estrelado. Eu amo esse lugar e vou sentir falta dele, mas hoje tive certeza que Diamond pode não ser algo ruim.

Não sei como eu e Antonius poderíamos conciliar nosso relacionamento com a possibilidade  de viver em Diamond  se é que ainda exista um relacionamento.

Levando em consideração a frieza com que ele vem me tratado e o descaso que ele vem tendo com nosso futuro eu tenho que lidar com uma perspectiva de uma vida longe de todos até mesmo dele. Uma vida em Diamond, uma vida em que a minha saúde mental não corra risco de ser corroída por completo.

— Não deveria sair sozinha! O rei deixou claro que devo lhe fazer companhia dentro e  do reino.

Sinto o meu corpo ficar rígido não quero e não preciso que mais alguém me vejo nesse estado de nervos. Ele estava parado a alguns passos de mim! A quanto tempo ele esteve por perto e o quanto ouviu?  Anseio por decifrar sua expressão, mas ela estava vazia e inerte.

— Estou em minha casa se és que posso chamar  de minha, em fim estou ainda na propriedade da minha família.

— Francamente Lilja sua situação consegue ser mais patética de que a minha.

Dou de ombros o que posso fazer se não sou frio como ele que a tudo suporta como inexpressividade a muito Arauan deixou de sentir e me pergunto se isso é algo bom ou ruim?

Ele não sente mais a dor da rejeição é bem verdade, mas também não sente alegria ou amor e coexistir não é algo que quero para mim. Prefiro mil vezes sentir o amargor da dor do que não sentir nada.

— Fico feliz tenha apreciado o espetáculo! Mas sendo sincera a minha vida é realmente mais patética que tua no sentido de não aprender a ter expectativas do que esta fora do meu controle, mas no quesito sentimentos a sua vida ganha da minha já que não saber mais o que é sentir.

— E nem pretendo senti-los outra vez, sentimentos são desnecessários e só causam problemas.

— Tenho pena da sua futura esposa se és que terá uma!

— Não vejo o por que se os casamentos são acordos estabelecidos entre duas pessoas, ela saberá o que terá de mim e eu não vou lhe exigir nada além do necessário  e com o tempo viveremos um sem interferir na vida do outro.
Ao olhar em seus olhos vi sinceridade! Ele realmente acreditava que casamento és um negócio firmado entre duas pessoas em benefício próprio.

— Talvez tenha razão! O que aconteceu com Cenaya? Saíste para verifica-lo e retornou rápido.

— Ele tem muitos ferimentos e ficará em repouso por algum tempo. Mas nada grave e logo ficará bem.

— Que pena!  É realmente  uma lástima, acha?

Peguei algumas pedras e as atirei os arbustos e cactos a frente.

— Não seja cínico!

— Não estou sendo! Cínica eu seria se disse que estou triste por ele estar machucado e sabes bem que não estou.

— Sim deixou isso bem claro no seu desejo e sabe o que deixou-me intrigado? O que praticamente tudo o que desejou aconteceu.

Eu fiquei tensa e desviei o olhar sabia que mais ou mais tarde ele voltaria ao assunto e pior é que nem mesmo eu sai como algo assim aconteceu apesar de ter minhas suspeitas acariciei o meu pulso onde o bracelete deveria estar.

— São impressionante as coincidências da vida, não é mesmo?

— Sim, são muito interessantes as coincidências principalmente quando não parece ser o caso. E digo mais aparentar algo feito por magia, não  és realmente algo a ser levado em consideração?

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