Arrasto ele até um dos quartos e bato a porta antes de soltá-lo! Arauan voltou a sua postura apática e o olho com reprovação aponto o meu dedo para ele e o batendo em seu peito.
— Perdeste o juízo? Vive me recriminado por não controlar meu temperamento e faz uma loucura dessa! — Fecho as minhas mãos em punhos. — Será que não vê que estar colocando a sua vida em risco? Já pensou se ela conta para as pessoas que você pode não ser completamente um Metapho? Seria a sua morte.
— E quem disse que não exatamente isso que quero para mim!
Suspiro e tento controlar a minha raiva e amenizar a minha voz. Eu sou tão agressiva e hoje percebi ao observar Elise que sou realmente bruta. Ela falou palavras correntes e duras para ele com a voz suave e doce e sem perder a compostura e eu no lugar dela teria feito um escândalo.
— É claro que quer viver! Como pode dizer o contrário quando nem mesmo começou a viver? Achas que não sei vive se sabotando? Que não sei como seguiu essas marcas de queimadura a ferro que tem em seu corpo?
— Isso te interessa, e se quer conversar sobre cicatrizes podemos falar sobre as suas! As feitas por sua mãe e as feitas por ti mesma.
Ele puxa o meu braço levantando as mangas do meu vestido deixando as marcas em minha pele visíveis, elas eram finas e discretas, quase invisíveis a olho nu.
No entanto, ao chegar bem perto, era possível notar os cortes delicados que a pedra havia deixado.
As linhas eram como traços de um pincel fino, desenhando um mapa de cicatrizes tênues em meu corpo. O mapa de minhas dores e amarguras.
A pele, ligeiramente avermelhada ao redor das marcas, que quase não se podia notar por causa do meu tom de pele dourado, uma tonalidade que chega quase a ser bronze.
Eram marcas descontrole, marcas de quando minha dor emocional chegava ruptura, ao um ponto em que eu precisava sentir algo físico para deixar de sentir.
Sinto a raiva se poderá de mim como ondas em meio as tempestades no oceano, os olhos deles estavam fixo nas minhas marcas.
— Que interessante! Gosta de mostrar os pontos fracos dos outros, não é? — Puxo o meu braço e olho em seus olhos e tenho quase certeza que vi culpa neles por um momento. — Então vamos... vamos ser justos, mostre as suas também. — Bato em seu peito e o empurro, mas ele permanece no mesmo lugar como uma rocha. — Me mostre.. mostre as suas cicatrizes, vamos mostre elas, não queres falar sobre cicatrizes e momentos dolorosos? — A minha voz é trêmulas assim como meu corpo. Já não sei se estou temendo de raiva ou emoção por ter minhas dores expostos. Seguro com força em sua camisa, tocando em seu peito que é repleto de marcas em que ele assim como eu tentou amenizar a sua dor. — Mostre.. mostre as suas, aquelas que você fez com ferro quente. Aquelas... aquelas com as quais você queimou sua própria pele.
As palavras dele foram como reabrir as minhas feridas e depois jogar sal sobre elas. O olhar dele estava com misto de raiva e tristeza profunda e eu não preciso ver o meu rosto para ter certeza que os meus olhos refletiam o mesmo.
— Perdão! Descontei em ti as minhas frustrações. Sinto muito Lilja, tens razão todos nós temos nossas cicatrizes. Algumas são visíveis, outras não. Mas todas elas contam uma história. E as minhas é um conto de terror.
— Apesar de que as minhas não sejam tão triste quantos as suas, Arauan eu não posso evitar que elas sejam profundas. E sei e não preciso que me lembre que não posso reclamar, que existem outros piores! O meu irmão já me fala isso diariamente, mas essas palavras não diminuem o que sinto e só me trazem mais angústia. Então mesmo que engolir o que sinto por algo pouco comparado ao que outros sentes? A dor agora é algo que se pode medir e comparar.
Ele ficou ali parada sem dizer uma única palavra! E eu não faço nenhuma tentativa de me aproximar. Conheço ele melhor do que conheço a mim mesma, e sei que toque em formas de agressão é aceito por ele, mas carinho e consolo não são bem recebidos.
Ele tem aversão a toques que não sejam para lhe causar dor. O que é um mostra de quanto quebrado ele estava. E eu só vi outra pessoa ter uma reação parecida hoje e foi Elise.
Ter sido tocada por Arauan mesmo que não tenha sido intencional a desestabilizou de uma firma chocante. E algo que eu não esperava! Ela não me pareceu avessa a toques naquele chá juntos com as mulheres. Mas talvez essa seja a questão era mulheres.
Um batida forte na porto nos interrompem! Arauan me olhava com intensidade como se ainda estivesse tentando decidir o que fazer. Eu sinceramente também não sei o que fazer, temos um plano e essas reação dele são a povo que Arauan não pode saber da gravidez de Blanche e que devemos mantê-la em Diamond. Eu preciso Tirá-lo de cena para pode ajudar ela. E as batidas eram cada vez mais fortes e intensas.
— Estão batendo na porta! Não vai atender? Pode para nos avisar que chegou o momento de ir para o ritual.
Sua expressão muda completamente e agora ele estava desconfiando.— Tem muito interesse nesse ritual, não é? O que sua cabecinha de vento estar aprontando?
Ele vai ate a porta e eu mordo os meus lábios para não dizer a ele quem era a cabecinha de vente aqui. A mesma criada que acompanhou Elise estava lá.
— Perdão senhor! Mas a rainha Sahara pediu a presença dos dois na sala. O mensageiro do conde chegou e estão lhe esperando para ir até a propriedade de Fortitude.
— Eu agradeço por avisar, Emma! Esse o seu nome, não é?
Ele olhava para ele em misto de facínora e temor! Eu reviro os meus olhos, apesar de não demonstrar qualquer interesse por mulheres elas ainda se jogam aos pés dele, sem pudor algum.
— Sim, minha senhora sou Emma Cygnus.
— Diga a rainha que estaremos lá em alguns segundos.
Quando ela saiu ele fechou a porta e me olhou! Eu estava surpresa e não gostei de sua resposta.
— Ira também? Não foste convidado.
— Não vejo problema a senhora MacLeod também não foi e ela estará lá, então por que não posso ir?
— Porque chateou a senhora Van Dicky!
— Isto não me importo!
— Blanche foi convidada pela rainha e o vos não.
— Então se esse é pré-requisitos o rei Lucius fez o convite.
— O rei Lucius não tem poder em Diamond! E sabe disto.
— Assim como a rainha Sahara! Não importa o que diga eu estarei ao seu lado para evitar que tenha encontros com pessoas indesejadas. E essas foram ordena de seu pai.
Então é isso? Papai já desconfia de mim e de Henrik! Ele não acredita que aquele tenha sido o nosso primeiro encontro e quer evitar outro.
— Não ouviste a irmã dele? Ele estará em reunião e não participará, então porque em vez de me atormenta não vai contar isso para meu pai e os outros ou mesmo vá atrás de saber o que eles estarão fazendo e discutindo. Já que foram deixados de fora.
— Isso é algo que vou sim contar ao seu pai! Mas nesse momento quero saber o que estar aprontando. Não se faça despendida vejo em seus olhos que tem algo em mente e no que depender de mim não dará certo.
Ele não esperou por uma resposta abriu a porta e saiu me deixando para trás. Eu bato o pé com força no chão e tenho vontade e gritar.
Vou atrás dele e o acompanho quando ele estava no final da escada! Desço e paro em frente as Elise, Blanche e Sahara e ao lado de Arauan.
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Laço do destino
FantasyApós um trágico acontecimento em sua vida, Lilja vê seus planos de casamento e felicidade desmoronarem diante de seus olhos. E agora, em meio a perdas, dores e desafios, ela terá que descobrir se o destino pode lhe reservar um novo caminho para a su...