All For LOVE: Next Generation

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Existiam muitas coisas engraçadas em Konoha, e uma delas era a grande hipocrisia de seus líderes em tomarem atitudes relevantes quando se tratava do Clã Uchiha; quando essas atitudes os prejudicavam, eram tomadas de imediato, e quando deveriam lhes ajudar... Seria um grande milagre que elas saíssem em pouco tempo.

Mas depois de tantos anos sendo silenciado, o Clã Uchiha finalmente estava pronto para se vingarem da opressão, iriam enfim aplicar seu golpe de estado e tomar as rédeas do poder naquela vila. Mas nada daquilo era da sua conta, afinal... O Clã Namikaze não iria se envolver como aquilo, não quando seu precioso filho de sangue puro estava desaparecido. A prioridade era trazer Boruto de volta para casa o mais rápido possível, e a ordem... Tinha partido diretamente dele, Mitsuki Namikaze, o herdeiro de todo aquele Clã. Seu sol deveria voltar para casa, não importava o preço que precisasse pagar por isso.

Conseguia sentir que ele estava vivo, a cicatriz na palma de sua mão dizia isso, sua ligação de sangue com ele, a única forma que haviam encontrado de unir suas almas em meio a todo aquele desespero, e se segurava firmemente nessa ligação para seguir as buscas, mesmo quando ela oscilava, sentia seu sangue pulsar e simplesmente esfriava, o que acontecera pelo menos três vezes durante aquelas horas em que ele estava desaparecido.

Enquanto corria entre árvores, sentiu uma kunai cortar o ar a sua esquerda, e antes que conseguisse desviar, sangue quente escorreu por sua bochecha, o que o fez se distrair do caminho e acabar perdendo velocidade, segurou firme a arma que tinha contra seu corpo e se preparou para atacar, mas acabou sendo derrubado no chão antes que conseguisse se mexer.

— Rápido, inteligente, mas não o suficiente para superar um mestre — Ouviu a voz de seu tio enquanto encarava o chão e suspirou aliviado — O que você está fazendo aqui? Os rastros somem para o outro lado da floresta, deveria fazer como os outros e procurar naqueles arredores.

— Eu não... Não estou seguindo os rastros — Era a pior hora para pensar sobre aquilo, não queria ter que explicar a alguém, então apenas aceitou a mão do parente e ficou de pé, continuando o caminho em alta velocidade com ele ao seu lado — O que o traz aqui, Naruto?

— Tem um lugar... Eu fui lá apenas uma vez, a vinte anos atrás, e se minhas suspeitas estiverem certas... Eu sei exatamente quem está com meu filho — Observou melhor o loiro, ele estava completamente armado, preparado para qualquer luta que fosse conveniente — E você, Mitsuki? Não vai me contar o que está fazendo por aqui?

— Eu... Boruto e eu temos algum tipo de ligação especial, entende? Acho que talvez seja desde a infância ou..

— Ou fizeram a droga de um pacto de sangue — O loiro puxou a mão do albino e riu ao ver a ferida cicatrizando que estava ali — O que esperar dessa família? São todos terríveis. Você sabe que isso poderia impedir que se casassem, não é? Causaria uma guerra gigante.

— Meu acordo de casamento não exigia pactos de sangue, por isso nós...

— O seu com certeza não, mas o dele sim — Os olhos azuis brilhantes daquele homem o inundaram numa tristeza profunda ao saber que poderia estar fazendo mal a quem tanto amava, mas em seus lábios tinha um sorriso satisfeito — Não importa, o acordo de casamento foi desfeito, a vida é dele para que faça o que bem entender.

E nenhuma aprovação era mais importante do que aquela.

Pouca foi sua aproximação com Naruto durante toda sua vida, apesar de uma grande convivência, ele era apenas alguém 20 anos mais velho que seu pai tinha grande estima, e um dia fora herdeiro do Clã que herdaria um dia. Durante sua infância ele vivera em aldeias vizinhas aquela que nascera, tendo os melhores professores e mestres que seus pais pudessem contratar para que sua educação não fosse menos que impecável, enquanto Naruto estivera ocupado demais comandando um Clã e criando seus filhos, e embora existisse uma pequena parte de sua infância onde eles estiveram juntos porque Boruto era completamente apegado ao primo, mas ainda sim seu contato se resumia em pequenas visitas para que seu pequeno pudesse babar no primo mais velho enquanto o loiro dedicava algum tempo a seus pais.