Friends - Chase Atlantic

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Na segunda-feira retorno ao trabalho e como sempre está tudo igual, algumas pessoas não vem para o escritório no primeiro dia da semana, mas eu prefiro ir já que passei o final de semana inteiro escrevendo e estou ansiosa para ver o que meu orientador tem a dizer.

— Como prometido. — Dylan diz surgindo do nada sentando na beirada da minha mesa.

— Isso não parece um parágrafo. — respondo mexendo nas folhas que ele deixou em cima da minha mesa.

— É uma capitulo.

— Uau! Estou muito animada para ler! — digo sorrindo.

— Só não leia aqui. Pode ser? — ele pergunta com as sobrancelhas erguidas.

— Tudo bem. Obrigada.

— Alguma novidade do seu orientador?

— Acho que ele vai demorar pra responder já que mandei mais páginas no final de semana.

— Inspirei você?

— Com certeza não. — respondo sorrindo.

— Em que universidade está fazendo o doutorado? — pergunta ele cruzando os braços.

— Universidade de Nova York.

— NYU? — aceno que sim — Impressionante. — diz baixinho.

— Obrigada.

— Me avise o que ele vai dizer sobre o que já escreveu.

— Aviso.

— Volte ao trabalho. — finaliza ele e sai da minha mesa eu reviro os olhos mas vejo ele sorrindo antes de sair.

Minha caneta marcadora começou a falhar, ou seja, está acabando junto com várias outras, gasto essas canetas com mais frequência do que os outros, uso muito para marcações e revisões, prefiro ler os manuscritos em papel do que pelo computador, acho melhor.

— Você tem marcador? — pergunto para Sophie.

— Caneta? — pergunta ela e eu aceno que sim — Não, eu tô zerada também.

— Tudo bem eu vou no estoque buscar.

— Aproveita e trás clips e grampos também, por favor?

— Claro.

— E não esqueça do seu crachá para abrir a porta. — Sophie me lembra e eu pego.

Desço até o terceiro andar onde tem uma porta minúscula chamada estoque, não entendo porque isso fica aqui e não tem um em cada andar no mínimo. Passo meu crachá para a porta abrir e quando ela abre vejo uma camisa social vestida em uma costa larga e forte de um corpo alto que se vira só um pouco para trás, entro no espaço apertado e a porta se fecha atrás de nós.

— Acho que aqui não é o banheiro! — brinco e Dylan não responde — Veio aqui para chorar?

— Não. — responde ele se virando com uma folha de papel na mão e se senta na beirada da mesa.

— Ah, tá! Então veio matar o tempo no trabalho?

— O quê? Não, as pessoas fazem isso? — pergunta ele franzindo o cenho.

— Todo mundo faz isso. — dou de ombros. — Sabia que as pessoas vem aqui pra transar?

— Isso não pode ser verdade.

— Mas é. Este lugar é super sexual. Você não acha? É tão apertado. — digo sorrindo sussurrando para provocar ele.

— Talvez, mas ainda não acredito no que disse. — diz Dylan.

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