In My Blood - Shawn Mendes

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Praticamente um mês se passa desde que mudei pra cá, minha rotina é chata, todos os dias eu faço exatamente a mesma coisa, o tempo que eu passo socializando na casa no Luke, com os amigos eu fico com o notebook aberto e fazendo anotações.

Estou saindo do estágio, mas me deparo com Luke na recepção conversando com a Kate, ambos dando risadas de algo que um dos dois tenha falado.

— Mabi, oi! — diz ela sorrindo — Eu falei pro Luke que você já ia sair, como um relógio, sempre no horário.

— Oi, Luke. — cumprimento me aproximando.

— Oi. — responde ele.

— Vocês são tão fofos, o amor na juventude. — ela suspira dramática e coloca a mão no peito sorrindo.

— Eu já estou indo, até amanhã, Kate.

— Até amanhã jovens, se cuidem.

Nós saímos chegamos na garagem e entramos no meu carro, dou um abraço e um beijo em Luke, feliz por ele estar aqui.

— Ficou surpresa?

— Muito!

— Esses últimos dias tem sido difícil ver você, então eu resolvi vir até aqui.

— Obrigada, foi muito bom!

— Vamos comer alguma coisa?

— Eu preciso ir para aula. — respondo receosa e vejo o semblante dele mudar e ele fica mais cabisbaixo — Acho que não tem problema se eu não for hoje. — sorrio.

— Legal!. — responde ele e eu começo a dirigir. — Então alguma novidade? Como andam as coisas?

— Estou pensando em parar a terapia.

— Por quê? — pergunta ele e eu franzo os lábios — Já sei, não tem tempo?

— Isso.

— Eu acho que não deveria parar exatamente por isso.

— Como assim?

— Você é viciada em se manter ocupada, Mabi.

— Não vou viciada, eu só prefero ter coisas pra fazer do que ficar a toa. — dou de ombros.

— Tá, então você já foi ao cinema? — pergunta ele.

— Não. — respondo e ele responde junto comigo.

— Vamos agora, vamos assistir o filme mais longo que tiver.

— O que é isso? Você acha que eu não consigo assistir um filme?

— Quero que você assista por diversão e não escreva resenhas sobre ele, nem preste atenção nas falhas do roteiro ou erros de continuidade como faz quando vemos um filme em casa.

— O desafio está aceito.

Mas eu perdi, em 20 minutos de filme já tinha arrancado todas as minhas unhas. 50 minutos e eu já tinha ido no banheiro 2 vezes, mesmo sem vontade, minha perna não para de balançar e minha bochecha está sangrando por dentro de ficar mordendo. Finalmente o filme acabou e vamos embora.

— Isso foi tortura. — digo e Luke dá risada.

— Acho que nem prestou atenção no filme.

— Eu prestei sim, e posso fazer uma resenha dele.

— Acho que se você ficar muito tempo sem escrever nada vai explodir. — ele continua rindo.

— Por que você me odeia? — começo a rir também.

MARIA Onde histórias criam vida. Descubra agora