Heart (LIVRO 2)

ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 31 | ᴠᴏʟᴛᴀ ᴠɪᴅᴀ

ɴᴏᴀʜ
sᴀ̃ᴏ ᴘᴀᴜʟᴏ, ʙʀᴀsɪʟ

_Que droga está acontecendo, Noah?

Suspirei, tinha me esquecido que o telefone continuava no meu ouvido. Apesar de ser algo inevitável eu pretendia ter essa conversa em outro momento, em outro local e horário. E escutar a voz do Branko a essa hora da noite não fazia meus futuros sonhos virarem contos de fadas, ele estava a um passo de me matar e eu a um passo de matar ele. Por ter matado o ex chefe daqueles canalhas e provavelmente ocasionar uma guerra me perturbar se tornou o seu passatempo preferido. E ele sabia que se ela entrasse no meio da confusão eu queimaria o céu, a terra e o inferno.

Às vezes acho que a preocupação é mais comigo do que com os nossos inimigos.

Levando em conta que se o desgraçado souber que ela é a minha garota e fizer algo com ela, eu de fato faço o mundo virar um inferno, com ou sem a autorização do Branko. O tempo que passei sendo seu braço direito me trouxe o privilégio de conhecer inúmeras pessoas que não se incomodaria de me prestar uns favores.

Eu um extrovertido que sabe muito bem usar esse poder.

_Até agora nada. - Passei as mãos de forma desesperada pelos meus cabelos, foi inevitável a careta quando percebi que precisava fazer uma hidratação urgente.

_Não me deixe nervoso, garoto. Você tem uma missão e quero ela completa em menos de um mês.- Conte uma novidade, querido. Ouvi essas palavras repetidas vezes desde que saí da Inglaterra uma semana atrás, precisava me preparar antes de vim direto para SP, então, dei uma passada no Ceará somente para vê o estado do meu apartamento que gosto bastante. O segurança se mudou para SP quando ela também fez isso, então o imóvel está sem cuidados. - E não em uma guerra em menos de um mês! - Nem processei o que ele disse, tava divagando muito pleno para ficar escutando as mesmas coisas, na verdade só o atendi por educação e amor a vida.

Minha moto chegou ontem em São Paulo, o Branko fica indignado que eu precise ficar a transportando pelo mundo, afinal, eu poderia ter a mesma moto em todos os lugares desse planeta fodido. Mas ele não entende que sou possessivo e minhas coisas não são substituídas facilmente.

Meus olhos estavam inquietos e preocupados, não era por menos, me encontrava no meio do covil de lobos ferozes que querem a minha cabeça em uma bandeja dourada e ornamentada de diamantes.

E o meu cabelo nem estaria hidratado suficiente para ficar bonito nisso. Se alguém me reconhecer ou aquele estúpido do Jules passar no seu querido lar de diversões estou lascado, me encontro sozinho e ainda tive que vim desarmado.

_Aí tu me fode, porra. - Rosnei. Ele sabia exatamente o que iria acontecer e ainda me pressionava de forma chata e inconveniente.

_O problema não é meu.

Desligo o celular mesmo sabendo das consequências que essa ação irá me trazer mais tarde. Mas ela adentrou a porra do local subindo em seguida no palco sem olhar para a plateia totalmente masculina em sua volta, 1 ano e alguns meses depois e minha garota continuou seguindo a vida. Vi um cara a minha direita ajeitar o pau dentro das calças e tive que me segurar para não avançar e matar esse desgraçado.

Mais que porra! Eu acho que vou infartar antes da noite acabar. Pior que ela tá uma gostosa.

Não sei se fico feliz ou triste com isso.